Thomas

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Acordei de uma noite de sono muito pesada e quando abri não tinha ninguém comigo na cama mas era possível ouvir barulho do banheiro. Levantei ainda meio sonolento e parei na porta quando vi o que estava acontecendo

— você acha que ele gosta de banho, mamãe?

— nenhum gato gosta de banho, meu amor

As duas estavam sentadas no chão ao lado da banheira dando banho no gatinho. Ele estava com o pelo todo molhado e uma cara nada boa

— agora vou pegar uma toalha pra tirarmos ele

Quando a Lina virou ela me viu parado na porta e sorriu

— bom dia

— bom dia — sorri de volta

— papai, olha só como ele está limpinho

— você tem que escolher um nome

— mas não sabemos se é um menino ou uma menina

— escolha um nome que sirva para os dois

— miau

— miau?

— sim, ele falou miau

— tudo bem então

As duas secaram o gato e depois a Ayla o levou até um pote de ração

— ela vai carregar esse gato para todo lado agora

— pode admitir que foi um ótimo presente

— vai sobrar para eu cuidar

— você também gostou dele

— confesso que é fofo

Passamos quase a manhã toda no quarto conversando sobre a vida enquanto a Ayla brincava de chá da tarde. Ela colocou uma xícara para ela e uma para o gato, o que nos fez rir muito. Passar um tempo com elas era bom. Nós dois estávamos nos conhecendo de verdade agora que não havia mais mentiras e traições

— eu preciso voltar para casa

— está cedo

— já é quase a hora do almoço

— quando você vai voltar?

— eu não sei, viajei muito nos últimos dias e tenho muito trabalho acumulado

A Lina estava usando uma camisola ainda e pela posição que estava eu conseguia ver perfeitamente a curva de seus seios. Engoli seco com a visão e ela percebeu o que atraia a minha atenção

— meus olhos estão um pouco mais para cima

— eu sei, me desculpe

— tudo bem, eu também fico secando você

— ah fica? — questionei rindo

— óbvio, já se olhou no espelho?

Eu ainda estava sem camisa e ela passou as unhas de leve no meu abdômen

— não faça isso, eu sou muito fraco quando se diz respeito a você

Arrumei o volume que cresceu na minha calça e ela sorriu de uma forma provocativa

— preciso mesmo ir, mas volto quando poder

— tudo bem

Levantei e terminei de me vestir, depois fui até a Ayla para me despedir. Ela primeiro me fez tomar uma xícara de chá com o gato miau e em seguida a enchi de beijos e abraços

— eu vou ficar com saudades — falei — me prometa que quando eu voltar tomaremos mais chá

— vou deixar uma xícara e bolinhos para você, papai

AbominávelOnde histórias criam vida. Descubra agora