She's thunderstorms battle scars and laughter
Alysanne Targaryen, a montadora de Asaprata. Esse conto não trás nenhuma lembrança da Boa Rainha, pois a adoravel filha caçula do Rei Viserys Targaryen em nada se parecia com sua homonima.
Uma adoravél...
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Her Angel eyes saw good in many devils
Baela queria desesperadamente se iludir de que agora elas teriam as coisas como eram antes de Anne partir, mas ela sabia que não era verdade. Ela odiava isso. Passara anos em Porto Real e Pedra do Dragão esperando quando Anne iria visitar ou ser chamada de volta a corte, mas nada disso foi feito. Agora, sua amiga estava quase irreconhecível, mas ainda era ela. Ainda havia aquele prazer poderoso em sua risada, a energia contagiosa enquanto dançava, o brilho competitivo feroz nos olhos verdes... Tudo que Baela Targaryen amava ainda vivia em Alysanne Targaryen, mas ela ainda sentia que a perdera.
Sentia que a perdera, pois vira a mudança em Jacaerys.
Desde criança, Baela percebera o interesse de Jace em Anne. Era inevitável, é claro. Jacaerys era um maldito mártir, sempre profundamente paranoico com tudo que ele era inadequado segundo os boatos... Sempre com muita fúria reprimida, muito desejo amordaçado e um temperamento infernal ocultado sob uma máscara de perfeição que ele esculpia cuidadosamente.
Conforme os anos passaram, Baela começou a entender melhor o homem que sua família decidira que deveria ser seu marido. Isso a aterrorizava até a alma. Havia algo de sombrio em Jace que Baela sentia que iria sufocá-la, mas isso ficava oculto no fundo dos olhos escuros dele quase o tempo inteiro.
Aquilo ganhara vida enquanto ele olhava Anne naquele baile.
Não era atração. Não era admiração.
Baela não sabia definir tudo que tinha ali.
Talvez, caso não tivesse que conviver com ambos naquele local, Baela pudesse continuar se mantendo em sua fantasia por mais tempo, mas ela sentia que estava se afogando e se engasgando. Rhaena a achava tola, mas Baela preferia viver em suas fantasias tolas a viver de jogos. Isso não significava que ela era cega.
— Jace gosta de você. — Baela disse baixo para Anne uma semana depois. No dia seguinte, elas pegariam a estrada para Porto Real e Anne estava dormindo apenas com Baela. Dispensara as outras damas, então eram apenas as duas naquele cômodo semivazio, pois boa parte de suas coisas já fora despachada para Porto Real.
Os olhos verdes sonolentos abriram-se levemente.
— Gosta? — A voz dela estava fraca, então com o silencio de Baela, ela pareceu se despertar um pouco. — Baela, por que está falando disso?
— Eu... — Baela hesitou, então negou — Esqueça.
Anne a encarou gravemente, então se sentou na cama. Baela suspirou encarando os cabelos longos e ondulados de Anne, escuros como o céu noturno, em suas costas. Queria enroscar os dedos naqueles cabelos enquanto a beijava. Na infância, sua paixão pela amiga era terrivelmente inocente. Agora, não era mais uma criança e ela queria mais do que apenas abraçar Anne.