A víbora de Dorne

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" You don't need a weapon at all, when you born one"

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" You don't need a weapon at all, when you born one"

Anne sabia que aquele era um jogo delicado. Brincar com o interesse de alguém só podia ser feito com algumas pessoas, pois qualquer homem racional teria desistido dela em prol da honra e da confusão que ela seria. Jacaerys Velaryon não. Havia um tipo de intensidade nele que Anne reconhecia pelo rancor desde que era jovem... Ele a odiava, mas esse ódio fazia com que ele desejasse consumi-la para si. Ele queria tudo que ela tinha e era.

Bem, ela queria o mesmo dele.

Então, o jogo era mutuo. Anne precisava de mais do que o desejo sexual dele. Agora, começara a criar nele empatia. Vê-la como alguém que precisava dele além de que em sua cama. Criou o desejo, o charme e agora ela começava a brincar com o emocional. A mente ficava confundida pelos sinais contraditórios. Jacaerys precisava desejar cuidar, ser o unico que podia fazer isso, para além de seu ódio.

Seu coração estava disparado e sua pele estava sensível pelo toque dele. Anne foi pelo caminho passando as unhas com força por cima da parte onde Jacaerys a mordera. O local ficaria vermelho, mas devia ser com a marca de sua unha. Tivera uma alergia e coçara demais. Seria isso.

Quando chegou em sua área de acomodações, encontrou com Sabitha e Aly falando de forma agitadas em tom baixo na frente da porta. As duas pareciam para além de apenas aflitas.

— O que fazem do lado de fora do quarto? — Anne questionou ao se aproximar. As duas saltaram — Já é quase a hora de eu começar a me arrumar para o banquete. Já fiscalizaram as roupas e o trabalho das aias com meu banho?

— Nós tentamos explicar isso para ele, alteza. — Sabitha tinha sido a primeira a se adaptar aos modos da corte. Ela sabia que não podia ser informal com Anne publicamente. — Ele insistiu em falar contigo sozinho.

— Absolutamente que não. É inadequado. — A voz dela foi dura, então ela hesitou olhando para a porta fechada. Sua voz soou baixa e suave quando continuou — Quem está no meu quarto?

— Seu irmão, o príncipe Aemond. — Aly foi quem falou e a forma que ela olhou a porta denotou raiva. Anne suspirou pesadamente e olhou para o teto. Ainda não encontrara com Aemond desde que chegara. Uma bênção que ela não poderia manter, aparentemente.

— Fiquem do lado de fora até que eu mande-as entrar. — Anne disse em voz dura e abriu a porta. Entrou com calma, mas seus olhos encontraram Aemond rapidamente. Ele mudara tanto, senão mais, do que ela. Estava absurdamente alto, ombros largos e o corpo apenas relativamente mostrava os músculos claramente. Os cabelos platinados eram longos, bem abaixo dos ombros, e o olho que perdera estava oculto por um tapa olho. — Você assustou minhas acompanhantes, irmão. O que faz aqui?

— Pensei em recepciona-la. Ainda não nos vimos desde que chegou. — Aemond estava na mesa dela, bebendo de um de seus vinhos favoritos, e ela quis gritar. Seu irmão sempre a tratara com desdém e impaciência. Ela sempre soubera que era pelo fato dele acreditar no veneno de Otto. Naquele instante, enquanto ele a observava fria e minuciosamente, Anne sabia que ele fora informado sobre o casamento. — Você mudou. Muito.

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