Uma guerra silenciosa

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" When did a dragon ever died from the poison of a snake?" 

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" When did a dragon ever died from the poison of a snake?" 

Daeron observou o quarto silencioso com suave odor de incenso. Estava escuro e ele observava a respiração lenta de Otto Hightower. O homem estava constantemente dopado de leite de papoula, pois sua recuperação seria severa. Anne o machucara gravemente. Suas costas ainda estavam completamente tomadas por hematomas pretos e roxos, mas os meisters tinham certeza que ele quebrara alguma, ou algumas, costelas. Puderam identificar uma grande fratura lombar, fora as diversas e profundas lacerações pelo tórax, costas e pernas por conta das coisas de vidro e cerâmica que Anne acertara nele. Havia uma lesão na cabeça também, mas ninguém perguntou a Anne a ordem das coisas que ela acertara nele. O meister chutara vinho, pelo cheiro nas roupas.

Sentado ali, Daeron estava repassando as memórias do homem enquanto girava um pequeno frasco em mãos. Anne talvez pense que ele fosse alheio, mas ele estivera ao lado dela na maior parte dos abusos que ela sofrera. Ele ouvira as insinuações na corte, então ouvira como os cortesões se sentiram confiantes para comentar sobre ela, pois Otto fazia. Ele era constantemente abordado pelo avô com todo tipo de pergunta sobre as ações de Anne, sobre as conversas deles, sobre como eles brincavam e como ela falava com as pessoas. Então, recebia sermões intermináveis sobre o tipo de coisa que ele não deveria aceitar perto dela. O tipo de pessoa. Sobre ao que ele deveria estar atento. Daeron nunca permitiu que o avô dominasse sua visão sobre Anne, já que estava constantemente com ela e via a forma como tudo aquilo a afetava, assim como era a forma que ela realmente agia.

Ele fizera coisa similar a Aemond. Bem, agora Aemond achava que mulheres se dividiam entre devotas e prostitutas. Daeron já não conseguia se desligar de Anne, por mais que soubesse que a irmã não precisava de sua proteção, mas ele simplesmente não podia não se preocupar. Tomara toda a força de seu corpo deixa-la aos cuidados das damas dela, mas ele sabia que Baela Targaryen estaria para ela.

No dia que Otto lhe dera um tapa, Daeron não foi capaz de encontrá-la, contudo Baela Targaryen aparecera com ela. Ambas com as cabeças erguidas e compostas. Mesmo que não gostasse da garota, Daeron sabia que Baela não deixaria Anne cair.

— O assassinato de parentes trás maldições. — Uma voz suave disse e tentou tomar o frasco dele, mas Daeron tinha reflexos rápidos. Ele trocou o frasco de mãos e ergueu-se da cadeira. Respirou profundamente em alivio ao perceber que era apenas Helaena. O rosto dela era amável, mas havia aquela preocupação honesta que Daeron estava acostumado em sua infância. Vira Helaena olhando Anne daquela forma em diversos momentos. Como lendo sua mente, Helaena sorriu com tristeza. — Eu a vi se transformar drasticamente por causa dele. É triste pensar que você está passando pelo mesmo agora.

— Você não sabe o que tem no frasco. — Daeron disse, mas a defensiva podia ser ouvida até por ele mesmo.

— Imagino que seja algum veneno que não deixa rastros. Ele teria um colapso de intestino? Não é incomum num momento onde ele pouco se alimenta, toma muitas medicações e está se recuperando de feridas que podem facilmente infeccionar. — Ela disse se sentando na cadeira para observar o avô — Eu sei o mal que ele fez para Anne e para você. Só que ele não era assim antes do nascimento de Anne e eu não consigo simplesmente deixar de ama-lo como meu avô. Sou cruel por isso?

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⏰ Última atualização: Sep 01 ⏰

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