Uma carta sem destinatário

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I look at you and i just love you

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I look at you and i just love you. And it terrifies me me. It terrifies me what i would do for you.

Alicent virou entre os dedos a carta que Helaena lhe dera. A letra floreada e linda de Anne por toda a pagina repleta dos últimos relatos dela de seu período de tutelagem com os Hightower, sua visita a Rochedo Casterly e um baile que organizara junto de Lady Samantha. Havia uma pequena nota sobre como Asaprata tinha assustado um grupo de aprendizes de Meisters que acharam que tentar entrar no covil sob a torre sede dos Hightower seria mais fácil para estudo do que ir até pedra do dragão, fato para o qual nenhum jamais teria permissão.

Asaprata era uma dragão dócil, mas era apenas o quão um dragão podia ser dócil. Aqueles homens, todos severamente queimados, tinham sorte de estarem vivos. Alicent lembrava quando Anne domara aquela dragão, como a noticia a preocupara até a alma, pois era certamente muito poder para uma garotinha... Asaprata não era uma dragão jovem como fora Syrax quando Rhaenyra a montara... Mas Anne demonstrara sempre muita alegria e controle com sua dragão.

Agora, olhar para aquela carta era a única coisa que possuía de sua filha. Anne não escrevia para ela. Helaena, Aegon e Baela recebiam cartas frequentes de Anne, mas não ela. Isso frustrava Alicent. Sabia que Anne não a perdoara por tomar o partido de Otto, mas isso já fazia mais de um ano. Anne não estava com a fé e não havia motivo para guardar rancores.

—Você leu o relatório dos espiões em Vila velha? —A voz de seu pai tirou-a das memórias e tentativas de se reaproximar da filha. — Alysanne está passando tempo no septo acompanhada daquela maldita septã de Volantis!

Alicent ergueu os olhos, incomodada pois não o ouvira ser anunciado, mas Otto parecia extremamente perturbado e consternado.

—A septa Carmen é uma ótima devota. Ela foi quem me ensinou minhas primeiras orações. Eu deveria tê-la trago para porto real para educar Anne quando ela era criança, ao invés de confiar nos meisters. —Alicent um cálice de vinho aos lábios, já imaginando que aquela conversa lhe daria dores de cabeça. — É ótimo que Anne esteja desenvolvendo interesse na fé dos sete voluntariamente. Ela precisa de bons exemplos.

—Carmen era conhecida na corte Volantina pela qualidade de seus favores. Ela só entrou para a fé dos sete pois eu disse a sua mãe que mandaria aquela prostituta de luxo de volta a Volantis. — Otto esbravejou e então esfregou o rosto. Alicent ergueu as sobrancelhas — Ela tinha o hábito de se deitar com outras mulheres, também. Para o inferno com a boa influência, ela vai incentivar tudo que há de ruim em Alysanne.

—Ela me criou. Você reclamava que Lady Samantha não era adequada para a tutela de Anne e que não havia nenhuma septa cuidando da educação dela lá já que ela rejeitou a interferência da fé. Pronto. Problema resolvido. —Alicent lembrou e Otto a encarou contrariado — Nem todas as pessoas veem a mamãe quando olham para Alysanne, pai. É só você quem não consegue parar de fazer isso.

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