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Quando comecei a recobrar os sentidos, não sentia minha perna doer tanto quanto antes. Contrapartida, meus ossos pesavam como se cada um carregasse mil toneladas.
Um martelar me veio rápido na cabeça, levei o braço para massagear a testa, por instinto, mas a sensação física de ser arremessada longe alcançou meu corpo rapidamente enquanto soltei um som agudo. Cada parte, desde os joelhos até a tempora, parecendo estarem sendo usadas como saco de pancadas.
ㅡ Vá com calma, vá com calma! ㅡ Ouvi uma voz feminina dizer e a mão tocar meu ombro.
Rapidamente abri os olhos, segurei seu punho e ergui meu torço. A dor ainda era presente, mas fiz um esforço para mantê-la em meu controle e eu pudesse reagir a algo.
ㅡ Quem é você? ㅡ Analisei sua feição assustada.
ㅡ Me solta! Salvamos você! ㅡ Ela gritou, puxando a mão presa a minha.
ㅡ Ei, ei, ei, calma! Diana, está tudo bem. ㅡ Era a voz de Joel, ele se aproximou de mim e tocou a mão que segurava o punho da garota.
Capturar seus olhos foi como recobrar de um trauma. Senti como se todas as cores vivas que compõem meu corpo voltassem para mim, que outrora era preto e branco.
ㅡ Joel! ㅡ Depressa, puxei seu rosto e o abracei, enrolando meus braços ali onde sempre me senti confortável. ㅡ Eu não vi você, achei que...
ㅡ Estou bem. Nós estamos bem. Graças á elas. ㅡ Ele direcionou seu olhar para a garota e uma mulher de meia idade.
ㅡ Me desculpem. ㅡ Falei, as cumprimentando da forma mais educada que eu podia.
E então finalmente comecei a observar meu redor: não chovia mais, pelo contrário, um sol fortíssimo estava lá fora. Estou deitada no sofá com um cobertor até a altura da barriga.
Foi quando olhei novamente para Joel que lembrei da minha família.
ㅡ Atlanta. ㅡ Tentei me levantar, mas fui impedida pela ardência de uma perfuração que se espalhou por toda espinha, fazendo-me quase gritar.
ㅡ Por que ela ainda sente essas dores? Já deveria ter melhorado com o tempo. ㅡ Ele me ajudou a sentar corretamente no sofá enquanto falava com a senhora.
ㅡ É apenas passageira, ela ficou desacordada por bastante tempo após o acidente, precisa se exercitar para que a dor passe. Mas lembre-se em ir devagar, não sabemos o motivo do desmaio. Não se preocupe, ela ficará bem. ㅡ Ela falou convicta.
ㅡ Precisamos ir para Atlanta, Joel. Podem estar precisando da nossa ajuda. ㅡ Quase supliquei atravéz de um gemido de dor, querendo me levantar e correr para a cidade.
ㅡ Mortos não precisam de ajuda. ㅡ A menina disse.
ㅡ Cyndie! ㅡ A mulher repreendeu.
ㅡ Mortos? ㅡ Olhei nos olhos de Joel, pronta para receber uma da piores notícias da minha vida.
Ele respirou fundo e se sentou ao meu lado, relaxando um pouco antes de dizer que Atlanta havia sido consumida pelos mortos. Ele me disse que não tem notícias de Lori ou Shane, queria ir até lá mas a cidade estava tomada e não havia como saí de lá vivo. Além de não haver o que procurar.
ㅡ Não. ㅡ Falei firme, negando qualquer coisa ou pessoa que me dissesse que a minha única família estava morta. ㅡ Eu vou acha-los. Cada um deles. Eles estão vivos, eu sei que estão.
ㅡ Diana...
ㅡ Melhor você calar a boca em relação a isso. Vamos acha-los, fim de papo. ㅡ Me levantei de uma vez, apertando meu joelho pelo impacto de está de pé após alguns dias. ㅡ Quanto tempo eu fiquei desacordada?
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Zombie Heart l • TWD
Hayran Kurgu• Primeira temporada! ★☆☆ ❝ Colocada sem aviso prévio, Diana terá que enfrentar os novos perigos que é estar respirando no mundo dos Walking Dead, enquanto tem ao seu lado os desafios julgadores do próprio subconsciente. ❞ ☠ Antes de iniciar a leitu...