𝐗𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈. 𝐑𝐞𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐚𝐫

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Ninguém havia falado uma palavra sequer, não nos olhamos nem por três segundos, a única coisa que fazíamos era olhar o céu sem nenhuma estrela, com uma brisa esfriando as últimas partes quentes de nosso exterior, e a frieza que era nossos corpos s...

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Ninguém havia falado uma palavra sequer, não nos olhamos nem por três segundos, a única coisa que fazíamos era olhar o céu sem nenhuma estrela, com uma brisa esfriando as últimas partes quentes de nosso exterior, e a frieza que era nossos corpos se tocando de leve e não se aproveitando.

- Vamos ficar somente olhando esse céu ou vai falar porque está aqui? - a voz de Tom saiu baixa, porém firme.

- Eu só... - a realidade era que nem mesmo eu sabia porque estava aqui, talvez eu quisesse me despedir, ou só esclarecer as coisas pra finalmente conseguir viver sem ele - Só quero saber porque, Tom... Me diga e prometo que será como se nunca tivesse existido em sua vida.

Eu disse com firmeza, tentando parecer calma e grossa, mas a realidade era que eu estava surtando como um bebê por dentro, implorando para que ele ficasse comigo, para que sejamos as almas mais impuras e apaixonadas que há.

- Alguém tinha que acabar de causar dor entre todos - senti seu olhar sobre mim, mas eu apenas baixei minha cabeça e olhei a rua, imaginando como ele iria reagir se meu corpo estivesse lá, não suportando a dor que era viver sem o seu - Cedo ou tarde iríamos acabar magoando ainda mais um ao outro, iríamos nos matar de tanta dor causada, porque não sabemos amar, Mia. Não sabemos como lidar com o amor, esse sentimento não passa de um fardo para nós, não passa de uma repulsa angustiante que nós reprimimos a todo custo, por medo.

Tive de respirar o mais fundo possível para evitar as lágrimas nessa conversa, eu já não aguentava mais senti-las em meu rosto.

- Não é amor pra você... - eu digo o olhando,  vendo seus olhos castanhos e brilhantes sobre mim - Não vou mais atrapalhar seu caminho, Tom. Não vou mais ser um fardo angustiante para você, assim como você não será uma maldição para mim, mas me prometa uma coisa...

Ele me olhou sério, esperando que eu dissesse e com seus olhos já cheios de lágrimas.

- Vamos ter de recomeçar como estranhos, mas tirar totalmente a parte da paixão nessa relação - digo com o aperto no coração, não acreditando que isso estava mesmo a acontecer - Não tem como nós simplesmente deixarmos de nos ver, porque eu estou aqui de novo, mas já que essa foi a decisão tomada por você, quero que nunca mais volte atrás nela, quero que permaneça com essa decisão até o dia de sua morte.

Uma lágrima cai do rosto de Tom, mas deu rosto ainda era rígido e firme.

- Eu prometo nunca mais te amar, Bradley - ele disse firme, e suas palavras me cravaram como uma adaga nas costas.

- Eu prometo nunca mais te amar, Kaulitz - digo não evitando que uma única lágrima caísse do meu rosto, a lágrima que continha uma mortalidade infinita, que era a mais deprimente e solitária já sentida.

Tom levou seus braços até meus ombros enquanto voltava a olhar o céu, me trouxe para perto e me aconchegou em seu corpo. Depositei minha cabeça sobre seu peitoral, já sabendo que esse seria provavelmente a última vez em que sentiria seu corpo tão próximo do meu.

- Prazer, sou Tom Kaulitz - ele disse deixando um beijo em minha cabeça.

- Mia Bradley - eu digo no mesmo tom que ele, soltando mais algumas lágrimas por saber que o fim de "nós" havia chegado, e o recomeço dessa relação seria tão difícil quanto ama-lo.

[...]

I Tell You What is Love | Tom Kaulitz (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora