𝐗𝐈𝐈. 𝐑𝐚𝐜𝐡𝐚

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- Vocês terão que dar a volta nos dois quarteirões

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- Vocês terão que dar a volta nos dois quarteirões. Quem passar pela faixa de chegada primeiro, que é o mesmo lugar da partida, ganha a corrida. - Christina dizia para mim e Tom, que estava ao meu lado direito, dentro do carro e olhando fixamente a estrada. - Sem trapaças, escutaram?

- Sim - eu e Tom respondemos ao mesmo tempo, nos encaramos seriamente, ansiosos para que a corrida começasse e com o desejo da vitória nítido.

- No três, vocês podem ir... - a multidão gritava. - Um... - balancei a cabeça tentando ficar sã e consciente, agarrei o volante fortemente e não conti um sorriso sentido a adrenalina subir pelas minhas veias, o calor em todo o meu corpo, meu coração acelerado e uma sensação boa pra caralho - Dois... - Christina levantou a bandeira no alto, olhando para os dois carros e esperando nós sinalizamos para a corrida começar. Assenti com a cabeça, Tom me acompanhou, logo coloquei o pé no acelerador e minha mão na marcha, esperando que Christina desse partida. - Três! - ela balançou o braço e a única coisa que se podia ouvir eram os motores dos dois carros e os pneus cantando, enquanto a fumaça subia.

Tudo estava embaçado e nada era nítido em minha visão, mas eu não me importava e nem me preocupava, estava tão conectada com o carro e com a sensação de liberdade do momento que me entreguei. O vento que batia em meu rosto, o som do motor, cada pequeno detalhe significou muito para mim, cada pequena coisa era grande dentro de mim, a saudade e a angústia foram embora enquanto trocava a marcha para virar a primeira curva.

Olhei o retrovisor e pude ver que Tom estava um pouco mais atrás, fazendo a mesma curva pela qual eu passei, com um pouco de dificuldade pois a mesma era mais fechada do que as outras. Pisei mais fundo no acelerador quando vi o veículo do mesmo se aproximando, eu iria levar a vitória para casa!

Coloquei o pé na embreagem para trocar de marcha, mas senti uma pontada forte em minha cabeça e fechei fortemente meus olhos, na tentativa de diminuir a dor, isso foi suficiente para que Tom me ultrapassasse e ficasse em minha frente, o mesmo buzinou em vitória por ter me passado. Mordi meu lábio inferior tentando ignorar a dor e pisando no acelerador, cada vez mais fundo, cada vez mais perto do veículo preto de Tom. Nossos veículos ficaram lado a lado, mantive a velocidade para que ficasse do lado de Tom, que abaixou seu vidro e me olhou rapidamente.

- Qual o gosto da poeira que fiz você comer? - ele me disse rindo, intercalando seu olhar entre mim e a estrada.

- Não sei, me diz você, gatinho - digo sarcástica, acelerando novamente e me preparando para a próxima curva. Troquei a marcha novamente, mas a dor retornou mais forte em minha cabeça, mas que porra...? A curva não era arriscada e nem difícil de ser feita, mas me desconcentrei ao realizar a mesma, minha cabeça latejava em alguns momentos, como se alguém estivesse martelando lá dentro. Porém isso não me impediu de realizar a curva e ainda permanecer a frente.

A próxima curva era a última, olhei o retrovisor na esperança de que Tom estivesse bem atrás. Vi seu carro realizar a curva com rapidez, quase me alcançando. Novamente senti o acelerador mais fundo possível e o volante já devia estar com as marcas de meus dedos de tão forte que eu o apertava. Derrepente vi o carro de Tom passando por mim em uma velocidade na qual eu não havia percebido antes, isso que dá você usar qualquer merda que vê na sua frente antes de correr com a pessoa que você mais odeia e ama, imbecil!

I Tell You What is Love | Tom Kaulitz (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora