Mia Bradley retorna a seu país natal após dois anos sem sequer ter notícias de lá, sem ânimo para fazer o que amava, sem disposição para viver fora de ser quarto, e não conseguindo tirar a visão daquele que ela realmente amou chorando enquanto ela o...
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Flashes eram jogados em minha direção por onde eu passava, junto de mãos com canetas e fotos minhas para que eu autografasse elas. Eu estava na parte onde os artistas podem interagir com os fãs, uma das melhores parte em minha opinião.
Eu sempre busquei ser gentil e amigável com os meus fãs, a maioria nunca havia me dado motivos para que eu mostrasse meu lado ruim e sarcástico, aquele que eu geralmente mostro para paparazzis e entrevistadores intrometidos e fofoqueiros. Óbvio que sempre tinha um sem noção de merda em minha cola, me perseguindo e bancando o maluco perto de mim, mas nada que o lado mal educado de uma garota bonita não resolva.
- Está maravilhosa essa noite, sabia? - eu estava autografando uma capa do meu álbum quando escutei uma voz masculina em meu ouvido do meu lado da grade. Olhei para onde o homem estava e não acreditei quando o vi.
- Que merda está fazendo aqui? - pergunto me afastando devido ao pequeno choque.
- Isso não é jeito de se falar com um fã, meu bem - ele diz se aproximando, mesmo com meu desconforto evidente e minha tentativa de me distanciar.
- Fã ou stalker? - digo sarcástica, terminando de autografar uma última foto na qual eu estava junto a Bill e me retirando do local.
- Eu disse que iríamos nos reencontrar, você não colocou fé, não é? - o rapaz dizia me seguindo, eu apertava meu passo tentando achar alguém que pudesse me salvar daquele jumento, eu não acredito que ele realmente me achou... A gente só tinha de visto uma vez na vida, na porra de um avião! - Não precisa fugir de mim assim meu bem, eu não mordo... Só se você quiser. - mas que porra...?
- Olha, eu não te conheço, nos vimos uma vez no caralho de um avião e eu estou ficando extremamente desconfortável com você aqui cara, vaza! - eu digo parando em sua frente e me virando para ele, rude e grossa... Tenho que admitir, ele é muito atraente.
- Não nos conhecemos, certo? Mas o que impede de que isso aconteça? - ele insistia se aproximando de mim, deixando nossos corpos tão próximos que eu podia sentir sua respiração quente em meu rosto.
- Minha falta de interesse em um macho escroto como você... - logo juntei toda a saliva que tinha em minha boca e cuspi com toda a vontade que eu senti no rosto do rapaz, acho que nunca me senti tão satisfeita em toda minha vida.
Dei as costas e andei quase correndo em direção a Christina, que estava a alguns metros de onde eu estava, porém de costas, enquanto o rapaz de olhos azuis limpava seu rosto, que estava vermelho de fúria. Que cara maluco.
- Christina, graças e Deus... - eu digo parando ao seu lado, colocando a mão no peitoral e me recuperando - Você não sabe o que acabou de aconte- - paro a frase quando vejo que a mesma me olhou surpresa, logo ela olhou para frente me indicando para que eu a acompanhasse com o olhar, e assim eu fiz. A alguns metros, vi Tom junto com uma garota de longos cabelos ruivos, sorrindo do que o rapaz falava em seu ouvido. Eles estavam adentrando o local fechado da premiação, Tom estava com uma de suas mãos na cintura da garota, enquanto ela estava com uma de suas mãos em seu ombro, subindo as escadas devagar.
