𝐗𝐋. 𝐂𝐨𝐯𝐚𝐫𝐝𝐞

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Abro o saquinho com cocaína dentro e cheiro todo do produto ainda dentro do saco transparente, tentando manter a concentração na pista enquanto meu nariz se incomoda com a ardência que o produto causa

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Abro o saquinho com cocaína dentro e cheiro todo do produto ainda dentro do saco transparente, tentando manter a concentração na pista enquanto meu nariz se incomoda com a ardência que o produto causa. Acelero meu carro enquanto Christina reclama sobre como eu era um burro, babaca, mal amado e escroto por ter feito o que fiz com Mia.

- Eu te odeio pra cassete - ela dizia no banco de trás, dando tapas em minha cabeça enquanto Jac soltava maconha em meu rosto - Você é burro! Um doente burro que só pensa em si mesmo!

- Dá um ar Christina! - perco a paciência e faço a curva rápido e ferozmente, fazendo com que a loira caísse para o lado e se calasse por míseros três segundos - Já te expliquei o porquê de eu ter feito o que fiz, ENTÃO ME DÁ UM AR TEMPO!

- NÃO - ela grita no mesmo tom que eu, voltando a sua postura enquanto eu diminui a velocidade quando chegamos onde o show de Mia ocorreria amanhã - Ela te ama Tom, e você a ama também! Vocês agem feito crianças rebeldes e mimadas com esses jogos imbecis mas ainda se amam, e tem de ficar juntos.

- Você não entende Christina? - eu tento ao máximo não perder a paciência e me doendo para não a jogar para fora do carro enquanto adentrava o estacionamento do local - Mia é uma bomba prestes a explodir, e eu sou o fogo que faz com que ela se destrua. Se ficarmos juntos, ou vamos nos matar, ou vamos matar o mundo a nossa volta.

- Isso é desculpa porque você tem medo de que ela te abandone novamente - disse a garota sínica enquanto eu estacionava o veículo e tirava as chaves do guidão - Mesmo que você saiba que ela não vai fazer isso, ela não vai te deixar de novo.

- O que garante isso? - eu digo me virando para Chris, que se cala a minha dúvida sem ter uma resposta para ela - Foi o que eu pensei.

- Sabe... Acho que não é só o medo - Jac interrompe nosso clima entre gato e cão, jogando mai fumaça de maconha em nossos rostos enquanto abria a porta do passageiro - Acho que você só é covarde demais para aceitar que ama uma garota na qual não foi conhecida em um bar e logo foi embora da sua vida depois de uma noite pecadora, é covarde demais para levar essa garota consigo pelo resto da vida, é covarde demais.

Ele logo sai do carro e bate a porta, Christina o acompanha depois de me olhar debochada e mostrar a língua para mim. Respirei fundo sentindo a raiva pelas palavras idiotas e verdadeiras de Jacob, sabendo que cada uma delas foram verdade e me recusando a me rebaixar ao nível de aceita-las em minha mente.

Saio do carro quando vejo que meus amigos já adentraram o lugar, pegando mais alguns saquinhos dentro do porta-luvas e os colocando em meus bolsos, limpando meu nariz que escorria e respirando fundo, tentando ignorar o buraco que crescia cada vez mais dentro do meu peito, pelo fato de simplesmente ser fraco demais para aceitar amar a garota mais encantadora do mundo.

I Tell You What is Love | Tom Kaulitz (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora