𝐗𝐗𝐈𝐈. 𝐏𝐚𝐭𝐞́𝐭𝐢𝐜𝐨

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Eu passei o dia fazendo o que fiz durante a semana toda, três entrevistas, duas reuniões e marcações de eventos por uma hora, mas me senti aliviada, já que essa parte chata iria embora, e agora eu iria retornar ao palco novamente

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Eu passei o dia fazendo o que fiz durante a semana toda, três entrevistas, duas reuniões e marcações de eventos por uma hora, mas me senti aliviada, já que essa parte chata iria embora, e agora eu iria retornar ao palco novamente. Me sentia nervosa, desesperada e ansiosa com tudo isso, já não subia ao palco a pouco mais de um ano, e a ideia de retornar era assustadora, mas eu estava tão esperançosa e animada com isso, que nada iria me atrapalhar ou me impedir, nada.

- Vamos direto a festa da Zoe ou quer passar no seu apê? - perguntou Bill ao meu lado direito do táxi, mexendo no seu telefone.

- Pra casa, com certeza... - digo fechando meus olhos e me ajeitando no bando traseiro, estava cansada demais e precisava de pelo menos dez minutos para descansar os olhos - Preciso de um banho antes de ir, e uma dose de whisky também.

- Sem whisky por enquanto - ele desligou o objeto suspirando fundo, o guardando no bolso de sua calça e fazendo o mesmo que eu - Não quero ter que começar a cuidar de você tão cedo.

- Hoje vai ser ao contrário, querido - digo em tom provocativo, ainda de olhos fechados e deixando escapar um sorriso.

- Sei... - ele disse também deixando escapar um riso.

- Que horas são? - eu pergunto curiosa para saber, já que para mim, o dia passou em um piscar de olhos.

- 17h21 - ele disse direto. Suspirei fundo ao me imaginar encima do palco de novo, cantando meu antigo álbum e anunciando um novo, quem sabe... - Mia?

- Hum? - respondo seca, tentando pegar no sono por alguns minutos enquanto me imagino cantando "I Love You" junto com meu público, enquanto tento não chorar.

- Nós poderíamos realmente pensar naquela coisa de fazermos algo juntos, na carreira - ele disse meio receoso por algum motivo, abri meus olhos e os levei até Bill, que me olhava sério e esperançoso.

- Vamos com calma, né? Ainda nem retornei com a MINHA carreira - eu disse, Bill assentiu com a cabeça antes de voltar a fechar os olhos.

- Eu não tenho pressa alguma, sabe disso - ele disse em um tom mais calmo.

Eu realmente queria fazer tudo da minha vida com os garotos, mas eu não estava na banda, até podia ser da família, mas não da banda. Seria algo estranho pra mim reestrear com eles ao meu lado, já que eu sigo carreira solo, mas claro que eu queria fazer um show com eles ao meu lado, queria e iria fazer.

Afastei todos os pensamentos possíveis da minha mente, focando em apenas pegar no sono para não acabar dormindo encima da mesa no meio da festa de Zoe, já era muita humilhação estar na festa dela, já que ela aparentemente estava saindo com o Tom... O que!? Não Mia! Vocês não tem nada, lembra? Fodasse o Tom, fodasse a Zoe, fodasse todo mundo.

- Está pensando no que? - ouvi a voz de Bill ao meu lado.

- Em nada, só tentando dormir... - minto, quando percebo que eu estava fazendo tudo menos o que eu queria fazer.

- Mentira, suas pernas estão tremendo e está resmungando igual uma velha que acabou de perder no bingo - ele disse segurando uma risada.

- Não, eu não estou- - eu disse abrindo os olhos irritada, mas percebendo que minha perna levantava e descia rapidamente. Bufei ao notar que meu corpo sempre falava mais alto que eu. Bill abriu os olhos me olhando debochado e cruzando os braços - Se falar alguma coisa, raspo seu cabelo e dou para os pombinhos comerem...

Um silêncio absurdo se fez da parte do rapaz, tão rápido quando seu humor mudando rapidamente para "medo".

[...]

- O que acha dessa? - perguntei a Bill, lhe mostrando uma calça cargo beje, junto a uma camiseta da Metallica.

- Quer atrair quantas espécies de garotas diferentes? - ele perguntou debochando - Não!

- Porra Bill! Eu já mostrei tudo que eu tinha - eu jogo a roupa no chão, e logo me jogo encima de minha cama, bufando de ódio pois não tinha nenhuma roupa adequada, segundo Bill.

- Olha Mia, suas roupas são realmente encantadoras... - Bill se levantou da penteadeira e veio até mim, me olhando piedoso - Mas eu sei que tem um ser aí dentro de você que quer tanto quanto qualquer coisa jogar na cara de Zoe que é melhor que ela.

- Mas eu já sei que sou melhor que ela, não preciso mostrar isso - eu digo o olhando, cruzando os braços e tentando não demostrar que eu realmente queria mostrar isso pra Deus e o mundo.

- Mesmo assim quer jogar isso na cara da coitada - ele disse estendendo os braços para que eu os pegasse, e assim eu fiz, ele me levantou e me deixou de frente para si antes de terminar de falar - Você sabe seu valor Mia, e vai mostrar não só pra Zoe, mas sim pra todas as vadias daquela festa que é melhor que qualquer uma que cruzar seu caminho, vai mostrar que, com apenas um gesto, é capaz de destruir todas elas.

Sorri fraco a ele, achando meio brega, mas muito motivacional. Bill sabia que eu tinha certos problemas com minha autoestima, que eu escondia até do mostro que sempre ficava embaixo da minha cama, e sempre me ajudou com isso, me lembrando de como eu sou foda.

- Obrigada Lua... - eu disse dando um beijo rápido na ponta de seu nariz - Mas eu não me lembro de ter trazido minhas roupas justas e chamativas pra cá.

Bill soltou um longo suspiro, me pegando pela cintura e me trazendo para perto, sorrindo de canto e me olhando malicioso.

- Mas eu trouxe... - ele disse retribuindo o mesmo beijo que deixei em seu nariz. O olhei confusa enquanto arqueava minhas sobrancelhas. Ele se afastou de mim e saiu de meu quarto, o segui até o quarto de hóspedes, que ficava ao lado do meu, e o observei abrir o guarda-roupas de lá. Uma grande caixa de papelão estava nas mãos de Bill, escrito bem grande em suas laterais "Casos de emergência". - Como eu te conheço MUITO bem, sabia que iria deixar seus vestidos e saias na casa de seus pais... Então fui até lá, pessoalmente, para pegar tudo e trazer até aqui enquanto estava distraída mais cedo.

- Mas você não entrou com nenhuma caixa! - eu disse incrédula e extremamente surpresa.

- Eu não, mas Gustav sim... - ele me olhou malicioso novamente, abrindo a caixa com o maior prazer do mundo. - Finalmente o mundo vai ver como Mia Bradley fica gostosa em qualquer coisa...

- Isso é patético... - eu disse manhosa, sentindo minhas esperanças de usar minha calça favorita e um crooped simples indo embora.

[...]

I Tell You What is Love | Tom Kaulitz (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora