𝐗𝐗𝐕𝐈. 𝐂𝐞𝐝𝐞𝐫 𝐨𝐮 𝐕𝐞𝐧𝐜𝐞𝐫

512 40 2
                                    

Me afastei de toda a bagunça depois de dançar com alguns amigos e beber até sentir minha barriga estufada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Me afastei de toda a bagunça depois de dançar com alguns amigos e beber até sentir minha barriga estufada. Depois que encerramos o primeiro jogo, as pessoas se animaram e se soltaram mais, com mais pegação e divertimento entre todos.

Notei que Tom me olhava frequentemente, me olhava com um olhar que eu não sabia decifrar, um olhar sombrio e que carregava o mais impuro desejo. Mas eu não iria voltar atrás, eu tinha duas opções disponíveis, ceder e continuar me magoando, ou vencer a vontade e seguir livre da praga de dreads e piercing no lábio. Não sabia ao certo o que sentia, por mais que eu dissesse que não queria mais nada com o loiro, no fundo, eu queria que fosse ele, queria que fosse ele como sempre era ele, minhas próprias palavras podiam enganar alguém, mas não me enganavam, e não enganavam o loiro. Ele sabe melhor do que ninguém que eu o quero quanto tanto ele, ele sabe que meu corpo e minha alma sempre serão dele, assim como ele sempre será meu, e por isso, ele não vai desistir até que eu aceite isso, não vai desistir até que eu seja inteiramente sua.

Saí da cozinha e fui até a parte de cima da casa, buscando um banheiro que estivesse usável e que de preferência, sem duas pessoas se comendo dentro dele. Meu corpo aguentou tempo demais sem nada que fosse mais forte do que o whisky e as cervejas que têm nessa festa, ele necessitava de suas doses diárias de ecstasy. Passei pelas pessoas que conversavam rapidamente, olhando envolta e buscando alguma porta que estivesse levemente aberta para que entrasse e visse se era o comodo que procurava.

Senti minhas mãos tremulas e o suor começou a descer pelas minhas costas e testa, a abstinência vinha ficado mais forte e frequente com a ausência das drogas, a luta para não as consumi-las era constante, e nem sempre acabava em vitória.

- Oi, é... - me aproximo de uma garota de longos cabelos pretos, com mechas verdes, que estava no começo do corredor cheio de portas - Sabe me informar onde o banheiro fica?

- Acho que... - ela para de beber sua cerveja e olha em direção ao corredor - Acho que é aquela última porta a esquerda, só bata antes de entrar, você sabe...

Agradeço com um toque leve em seus ombros e sigo rapidamente para onde a morena me indicou, respiro fundo tentando não acabar em um surto possessivo e agressivo. Passo as mãos pelo meu rosto, na intenção de me manter o mais calma possível enquanto esbarrava nas pessoas e tropeçava em meus próprios pés. A dependência das drogas era um dos piores e mais torturantes castigos que o ser humano impuro poderia pagar, era como se ela tivesse o controle absoluto sobre você, você a obedecia com troca de algo artificial e temporário, que lhe matava de dentro para fora quando o efeito de estar voando acabava, e esse ciclo se repetia em constância, lhe deixando presa em um carrossel sem fim.

Quando chego no comodo, bato na porta com ferocidade e eufórica, percebendo que a mesma estava trancada por dentro.

- Vai demorar? - pergunto tentando ser paciente.

- Já estamos saindo - uma voz masculina grita do lado de dentro. Bufo frustada ao ver a tamanha burrice das pessoas daqui, que preferem transar em um banheiro sujo e desconhecido ao invés de irem para um hotel ou algo assim.

I Tell You What is Love | Tom Kaulitz (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora