𝐗𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈. 𝐏𝐢𝐨𝐫 𝐐𝐮𝐞 𝐨 𝐈𝐧𝐟𝐞𝐫𝐧𝐨

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Sigo sem rumo em alta velocidade pelas ruas de Lipsia, tentando me perdoar por jogar uma oportunidade de ser feliz com a pessoa que amo no lixo

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Sigo sem rumo em alta velocidade pelas ruas de Lipsia, tentando me perdoar por jogar uma oportunidade de ser feliz com a pessoa que amo no lixo. Pisava fundo no acelerador sentindo a raiva crescendo em mim, junto com a tristeza que me dominava por completo, escurecendo a pouca luz que restava em mim.

Limpo meu nariz que escorria em minha manga, devido ao pó que usei para tentar aliviar meu estresse, mas vendo que ele não estava fazendo efeito, abro com brutalidade meu porta-luvas e procuro com as mãos algum saquinho, sem desviar o olhar da estrada. A dor da culpa só aumentava em meu peito, as lágrimas desciam incontroláveis pelo meu rosto, minhas mãos tremiam e a única coisa que se passava em minha mente era a cena de Mia paralisada na porta do lugar do onde o ensaio ainda estava acontecendo, não acreditando no karma que a mesma estava passando.

Fecho o porta-luvas com força ao ver que não havia nada ali, minha respiração aumenta cada vez mais... Seus olhos azuis tristes e desesperados corrompiam minha mente, seu toque ficou cravado em meu corpo, sua voz se prendeu em meus ouvidos. Mia Bradley me perseguiu por dois anos, sem nem mesmo estar perto, e agora, me prendi definitivamente na maldição que era amar alguém que não sabe amar, estava condenado a algo que era pior que o inferno, ter uma alma rastejante, procurando por aquela que eu rejeitei por medo de ama-la.

O motor de meu carro era alto e chamativo, causando insultos por cada carro que eu passava, mas era irrelevante e quase inexistente, não pelo barulho, mas pelo meu cérebro focado totalmente na loira que apareceria em meus sonhos por muito tempo.

Deixei que meu interior me guiasse ao primeiro lugar que veio a minha mente, festas, discotecas, cassinos, clandestinas, nada me atraia, somente minha casa. Só queria o conforto que meu lar trazia, só queria um colo para me cobrir como se fosse uma criança de cinco anos que havia ficado gripado, com minha mãe me dando colo por um problema simples que na minha realidade era o pior de todos.

Podia escutar meu telefone tocar no banco do meu carro, olho de relance o objeto enquanto diminuo a velocidade do carro e vejo o nome de Bill na tela. Não queria ignorar sua ligação, mas eu sabia que nada além de xingamentos e sermões seriam ditos por ele, mas pego e atendo a ligação mesmo assim.

- Fala logo - digo tentando disfarçar minha voz falhando e abafada.

- O que caralhos aconteceu? - seu tom de voz não era raivoso, só preocupado e decepcionante - Eu achei que... Achei que vocês iriam se resolver, Tom! Por que- -

- "Por que"!? - a raiva disse pela tristeza - Porque eu não aguentava mais sentir saudades daquela garota mesmo com ela estando do meu lado, eu não aguentava mais não poder toca-la como antes, não aguentava mais amar alguém que me repreendia e não admitia sentir a mesma merda que eu sentia!

Eu berrava sentindo mais e mais lágrimas, gritava desejando que a dor passasse, gritava implorando para que aquela tortura acabasse de vez, implorando para que aquela coisa que se chamava "amor" sumisse por Mia.

I Tell You What is Love | Tom Kaulitz (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora