HENRY.
Ver Margot com Brian me deixou desconfortável, como se o nosso beijo tivesse tido um significado apenas para mim.
Eu deveria estar feliz pelo meu irmão ter arrumado uma mulher que ele ame e que ame o filho dele, mas não estou, eu queria estar no lugar dele, sou egoísta pra caralho por não estar feliz pelo meu irmão estar se tornando uma pessoa melhor.
Margot é mais velha que eu, estou tentando usar isso como argumento para tira ela da minha cabeça, e é óbvio que não está funcionando, e não vai funcionar porque ela está literalmente morando aqui, não tem como parar de gostar de uma mulher daquelas do dia pra noite.
Preciso dela, eu preciso beijar ela, e não estou nem aí se isso vai fazer Brian ganhar um par de chifres, ele também já traiu tantas mulheres que amavam ele.
Ultimamente Brian anda estranho, indo para o casarão toda hora e falando em códigos com Matt, imagino que ele não queira me contar, deve ser mais algum plano totalmente maluco que aquele cabeça de vento está tramando, mas eu tenho medo, tenho medo de que ele passe dos limites com esse plano, assim como ele passou dos limites alguns anos atrás.
São uma da manhã e eu estou na beirada da piscina fumando e tentando afastar pensamentos ruins da minha cabeça, esse é um dos problemas dos Stanford, sempre achamos que beber e fumar vai ajudar, e nunca ajuda.
— Henry? Tá fazendo o que aí? — escuto a voz de Margot.
— Fumando? — respondo apagando o cigarro e ficando cara a cara com a mais baixa.
Seu olhar me lembra o mesmo de quando nós nos beijamos, porra.
Dias antes...
— Foi divertido assistir com você! — ela me abraça.
— É, eu adoro esse filme! — me ajeito no puff.
Margot olhou para meus olhos e depois voltou seu olhar para meus lábios, senti meu coração bater mais rápido assim que ela se sentou com uma perna de cada lado do meu corpo e segurou meu rosto com suas duas delicadas mãos.
Agora...
Eu sabia que Brian estava olhando, sabia que ele iria descontar sua raiva de uma possível traição em sexo, porque ele não iria bater nela, não diretamente, ele iria arrumar uma maneira de machucar ela, como bater na hora do sexo, assim ele colocaria na cabeça que não bateu nela de verdade, que foram apenas coisas sexuais.
— Já tá tarde, você vai ficar doente. — ela cruza os braços.
Deve ser efeito da maconha, mas eu quero beijar ela, não só quero, eu vou beijar ela.
A segurei pela cintura e a agarrei, com uma mão segurando a sua cintura puxei ela mais para perto de mim, como se ela fosse entrar em meu corpo a qualquer momento, com a outra estou segurando o queixo de Margot, ela cedeu por um minuto, um minuto que eu passei no céu, o melhor um minuto da minha vida.
Margot me empurrou e me fez cambalear para trás, seus olhos refletem pena, ela sente pena de mim, por que? Porque ela sente pena de mim?
— Entra pra dentro de casa, você vai ficar resfriado. — ela pega meu saquinho com maconha do chão e entra pra dentro.
Que ótimo, ela me rejeitou e ainda levou minha maconha com ela.

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Desire
Fanfiction- Está obra é um dark romance! [Finalizada.] Margot e Brian. Num mundo onde o poder é medida pela capacidade de manter o controle, Brian Stanford, líder incontestável de uma dinastia sombria, encontra-se em território desconhecido. Margot Delyons, u...