BRIAN.
Me sinto aliviado por ter assuntos na cabana hoje, aquele clima ruim lá em casa com meu irmão e Margot estava me enlouquecendo. Ela não falou muito comigo, afinal, ela estava certa, a raiva tomou conta de metade de mim e eu quase a matei por ciúmes.
Henry e eu apostamos racha até chegarmos na cabana, pensei em ralar meu carro no dele como uma vingança não direta por ele ter beijado minha mulher, não posso matar ou torturar meu irmão, isso está fora de cogitação e também iria danificar meu carro.
— Boa tarde, Don. — disse o segurança.
Acenei com a cabeça e adentrei a sala, e todos os homens armados arrumaram a postura e alguns fizeram barulho para chamar a atenção dos que não perceberam a minha presença pararem de bagunçar.
— Descobri o endereço de Daniel, chefe, os carregamentos do senhor estão lá. — Matt fala, descendo as escadas.
— Vamos recuperar tudo, mas antes, preciso de uma estratégia. — respondo, entrando no elevador.
...
— Eu sei que você está tramando algo, Brian, e eu tenho medo de que possa ser algo igual ou pior de quando você descobriu a morte da Allysson. — Henry fecha a porta da minha sala e se senta.
"E eu também sei da sua regra de nunca falar o nome dela, sei que posso levar um soco por estar falando o nome da Ally em voz alta, você ainda não vingou a morte dela, aquilo que você fez no passado foi apenas uma ameaça, Brian... você é meu irmão, cara. Eu te conheço mais do que ninguém conhece, você não vai viver em paz até não vingar a morte da Ally."
Mesmo quando eu terminar minha vingança, não vou viver em paz, a culpa da morte da minha irmã foi culpa minha e eu nunca vou me perdoar por isso, tenho a cede de vingança a quatro meses desde a morte da minha irmã.
E surpresa, tem um terceiro Stanford, na verdade, uma terceira. Allysson Leroy Stanford, minha falecida irmã.
— Brian, não foi culpa sua! Você tem que parar de se culpar por isso.
Foi culpa minha sim.
Quatro meses atrás, minha irmã e eu estávamos indo se encontrar com uma tia nossa para buscar Henry, não sei que porra deu nela, mas ela queria porque queria ir sozinha em seu carro. Eu cedi, peguei meu carro e deixei minha irmã de dezessete anos ir de Provence até Lyon de carro, sozinha.
Eu estava na frente dela, gosto de dirigir rápido e eu estava apressado para me encontrar com Henry, nesse dia me mandaram uma carta para mim ameaçando meu irmão de morte, era uma puta mentira, o foco não era Henry, era Ally. Ela era inocente, porra! Ela não gostava dos crimes da nossa família, ela queria uma vida normal, longe dos problemas da Famille.
Já estávamos perto de Lyon quando eu vi três SUV blindadas me ultrapassando, uma atrás da outra, a última baixou o vidro e jogou uma lata no vidro do meu carro com um bilhete amarrado nela, parei meu carro e peguei o papel para ler o que estava escrito.
"Achava que eu mataria Henry? Bobinho, eu sei quem é tua âncora, sei que tua irmã mais nova é a tua queridinha porque ela tem a aparência da tua mãe morta, as duas tem tanta semelhança, até tem a morte em comum..."
Eu não sabia qual distância o carro da Ally estava de mim, corri dois quilômetros sem parar, corri como se o mundo atrás de mim estivesse acabando e eu precisasse chegar logo no fim. Vi o carro de minha irmã parado e assim que me aproximei meu mundo todo ficou em silêncio, tudo ficou silencioso quando eu vi minha irmã com uma arma enfiada na boca dela e o para-brisa cheio de sangue, do sangue dela, do sangue da minha irmã.

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Desire
Fanfiction- Está obra é um dark romance! [Finalizada.] Margot e Brian. Num mundo onde o poder é medida pela capacidade de manter o controle, Brian Stanford, líder incontestável de uma dinastia sombria, encontra-se em território desconhecido. Margot Delyons, u...