capítulo 46

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BRIAN.

— VOCÊ É UM IMPRESTÁVEL! — ele gritou. — QUE MERDA VOCÊ FEZ?!

— EU NÃO TIVE CULPA! — gritei.

— VOCÊ É CULPADO POR TODAS AS RUÍNAS DA PORRA DESSA FAMÍLIA! VOCÊ NUNCA PENSA E ESTRAGA TUDO!

— Não grita com ele... — mamãe gritou.

— Eu não te chamei na conversa! A conversa é entre eu e a porra do teu filho que está fudendo com tudo!

Tudo o que eu sei é chorar, minha cabeça dói, meus ouvidos quase estourando por causa dos gritos dele e minha camisa cheia de sangue, meus óculos quebrados e meu rosto cortado da surra que levei.

Porra, eu só tenho vinte anos. Eu não sou jovem de mais para isso? Eu sinto como se eu não pudesse me mexer.

— QUE MERDA, EU AINDA ME PERGUNTO O PORQUE DE UM IMPRESTÁVEL COMO VOCÊ ESTAR VIVO! — meu pai fechou o pulso para me dar um soco, mas minha mãe entrou na frente.

— IDIOTA NÃO TOCA NELA! — parti para cima do meu pai e o derrubei no chão, começando a dar socos em seu rosto.

E mais uma vez fui dominado pela raiva, eu não parava de dar socos no rosto dele e minha mão estava ficando dolorida, cheia do sangue do meu pai, Henry não estava em casa, só tinham Kristen e Allysson para me impedir de matar ele, eu estava me controlando até ele machucar minha mãe, depois disso, foi tudo por água abaixo.

— Brian, solta ele! — Allysson gritou, enquanto chora, tentando me tirar de cima de Marco.

Continuei dando socos em seu rosto até que me dei conta do que eu estava fazendo minha irmã mais nova passar.

— BRIAN, VOCÊ VAI MATAR ELE! — ela continua tentando me tirar de cima do nosso pai, enquanto chora.

— Se encostar em minha mãe de novo, você morre, Marco! Eu mato você, seu desgraçado! QUEM MANDA NESSA PORRA DE CASA SOU EU E VOCÊ NÃO VAI MUDAR ISSO! — me levantei e chutei sua barriga, indo para o meu quarto e me sentando na cama.

Comecei a chorar, tristeza, raiva, tudo. Apoiei meus cotovelos nos joelhos e escondi meus olhos com as mãos.

Se eu não tivesse feito aquilo, isso não estaria acontecendo.

Eu precisava disso, precisava aliviar a minha dor e quando vi, meus pulsos estavam sangrando e ardia pra cacete, os cortes fundos não aliviaram minha dor, apenas causaram uma maior em Allysson quando ela entrou no quarto e me viu daquele jeito.

— Isso não vai te ajudar. — minha irmã de treze anos tentando me ajudar, já tenho vinte anos, não posso ser ajudado.

— Me perdoa, Allysson... — murmurei, jogando minha gillette para longe.

Allysson me abraçou e não se importou em estar se sujando com meu sangue, abracei ela e logo senti seu perfume maravilhoso ela consegue me acalmar, somente ela e minha mãe.

— Meu amor, eu te amo! — ela disse, enquanto está me abraçando.

— Eu te amo, Ally! Me desculpa por fazer você passar por isso. — minha voz falhou, indicando choro.

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