capítulo 27.

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MARGOT.

Após Brian sair, fiquei brincando com Ethan até ele dormir, são nove horas da noite, ainda me pergunto o que está acontecendo na cabana dos Stanford nesse momento, estou com um frio na barriga, estou realmente preocupada.

Tentei dormir e esperar Brian chegar, claro que tentei, mas falhei. Me virei para um lado, me virei para o outro, tentei encontrar algum remédio para dormir, apenas achei umas drogas de Brian na gaveta que provavelmente me deixariam sem dormir caso eu usasse.

Desci para a cozinha para tomar água, e encontrei Juan um dos seguranças que fazem ronda na casa a noite para checar se está tudo bem, ele aparenta estar nervoso, e tenho certeza que é algo sobre o motivo de Brian e Henry estarem a quatro horas fora sem nenhuma notícia.

— Certo, já mandei 57 homens para a cabana, Don. – ele diz no telefone e desliga, dando de cara comigo.

— Senhora Delyons, boa noite. – ele faz uma reverência, provavelmente coisa da máfia.

— Era Brian? O que aconteceu?

— Não tenho permissão para isso, senhora. Me desculpe. – ele abaixa a cabeça e sai.

Fui para a cozinha, continuei procurando remédios para dormir, preciso descansar para o aniversário de Ethan depois de amanhã e estou igual uma louca por uma coisa que deve der normal na máfia.

Não encontrei nada, nenhum calmante, que seja saudável, não os que Brian e Henry usam. Tomei uma água e subi para o quarto novamente, Ethan não está bem, e não é problema com a saúde dele, ele… está sentindo algo. Deitei do seu lado tentando tirar pensamentos ruins de minha mente, pensamentos como: Ele está sentindo a morte do pai, ou até do tio.

Ethan voltou a dormir tranquilamente, fui para sacada tomar um pouco de ar, já que não estou conseguindo respirar direito, mesmo tendo tentado recuperar o ar como minha mãe me ensinou durante o treinamento, caso eu levasse um tiro ou algo assim.

— um… dois… três. – puxo o ar.

Se alguém me falasse a dois meses atrás que eu me preocuparia com Brian e Henry, eu iria passar mal de rir.

Me encostei na sacada tentando me acalmar enquanto olho para lua, de repente, senti um arrepio por todo meu corpo e uma dor insuportável no peito, dei um grunhido de dor e tentei controlar minha respiração mais uma vez, até que me toquei do que pode ser.

— Brian… – meus olhos marejaram e meu coração se apertou.

Corri para o quarto e vesti uma calça jeans, uma bota e um moletom, óbvio que coloquei um colete a prova de balas. Abri a gaveta desesperadamente e peguei uma bersa 83 e escondi na calça junto com um punhal. Liguei para Diogo ficar com Ethan, mas não expliquei nada.

Assim que ele chegou, peguei as chaves da suv mitsubishi preta e blindada do Brian, não que eu seja uma bisbilhoteira, mas descobri onde ficam as quatro cabanas de Brian, estou nesse momento dirigindo até a Tueurs, assim como Brian fala.

É um pouco afastado, Brian é muito calculista e escolheu um lugar bom para ficar fora da vista da polícia e não colocar os negócios em risco.

Estacionei o carro uns metros antes da casa, fui com o farol desligado para não chamar atenção da coisa que está aí dentro, não estou nervosa como antes, não é a primeira vez que vou me meter em encrenca.

A casa é enorme, coloquei um boné preto e um lenço amarrado em meu rosto, meu pai me ensinou que pessoas que trabalham nesse ramo, são bons pra cacete em decorar os rostos das pessoas, não quero ser perseguida caso o que quer que esteja aí dentro seja inteligente como o povo da máfia dos Castillo.

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