21 - Tarde demais

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"Minha família diz que eu decidi viver essa vida... Oh vocês acham que eu sou incapaz? Por que eu fui confeccionado para isso"
The family Jewels - Marina

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Félix's pov:

Kyoko estava em pé observando eu pegar um documento na gaveta do meu quarto. Na verdade... Do quarto de hóspedes da casa do Adrien.

- Eu tava com saudades de você, sabia? - digo aproximando-me dela e deixando folha de papel que eu pegara em minha cama.

- Eu também. - responde com certa timidez.

Não cesso minha aproximação, até que seu corpo encostasse na parede.

Percebo a morena olhando para meus olhos e então para minha boca. Pouso uma mão sobre sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim.

Ela arfa, com a visão ainda direcionada para meus lábios. Demonstro um sorriso de canto.

- Você tá tão linda hoje...

- Então estou feia o resto dos dias? - ela questiona brincando.

Solto um riso anasalado, agarro seu pescoço com a outra mão, apertando-o um pouco.

- Você sabe que não. - sussurro em seu ouvido.

Vejo suas bochechas corarem.

Sem cerimônias, inicio um beijo calmo, porém intenso. Suas mãos pararam em minha nuca, em contradição, as minhas passeavam por sua silhueta deixando apertos aqui e ali.

Seus dedos fisgavam os fios de cabelo presentes em minha nuca, fazendo-me arrepiar. Então, subo um pouco sua blusa, permitindo que minhas mãos explorassem seu corpo sem nenhuma camada.

Alcanço a alça de seu sutiã e desfaço o fecho em suas costas. Ela suspira, mas então põe sua mão em meu peito e me afasta.

- Temos pouco tempo, amor... - ela diz sem fôlego.

Lamento, com um suspiro. Então, levanto seu queixo com os dedos.

- Me lembre de dar continuidade a isso depois.

Lanço-lhe um olhar malicioso. Ela fica corada, novamente.

Volto-me para os lençóis onde eu deixei o documento. Pego-o e entrego em suas mãos.

Ela se senta na poltrona ao seu lado e o encara por alguns minutos.

Estalava os dedos e virava a folha de papel hora ou outra.

- Olha eu... - ela comprime os olhos, como se isso fosse melhorar sua visão. - Não consigo entender nada disso, querido.

Levanto-me e ajoelho em sua frente.

- É a planta dessa casa.

- Sim isso eu vejo. - ela revira a folha, endireitando-a. - Mas aonde quer chegar com isso?

- Eu já fui no covil do meu tio uma vez, por acidente. Sei que é lá que ele guarda os miraculous, os aneis de IA e a porra toda.

A garota leva uma mão á nuca.

- Eu não sei... Parece arriscado.

- Tenho tudo preparado e calculado, não se preocupe. - pego em sua mão, acariciando seus dedos.

- Mas como faríamos isso sem chamar atenção?

Bufo, vendo que precisaria abrir o jogo.

- Eu já cuidei disso.

Sempre foi você || (Marichat-Adrienette-Miraculous)Onde histórias criam vida. Descubra agora