Sempre foi você || (Marichat-Adrienette-Miraculous)

24 - Confiança

"Esperança é uma coisa perigosa para uma mulher como eu."
Hope is a dangerous thing - Lana Del Rey

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Marinette's pov:

Sou acordada pelos raios solares que invadem a janela desprotegida de Adrien.

Coço os olhos e dou uma leve espreguiçada. Quando sinto-me despertar,não posso evitar que um sorriso se forme em meu rosto.

Eu simplesmente estava deitada ao lado dele. Meu rosto estava encostado em seu peito e o seu braço me rodeava em um abraço.
Era... um sonho.

O sonho que eu tanto sonhei durante os últimos anos.

O loiro ainda dormia, parecendo um verdadeiro anjo. Os seus fios estavam desarrumados pelo travesseiro e suas bochechas rosadas, dando contraste á suas pequenas sardas. Aqui, admirando-o sabendo que estava aconchegado em mim, sinto uma onda de calor percorrer meu coração. E... isso foi o suficiente para que eu tivesse certeza que queria acordar assim o resto da minha vida.

Seus braços se movem um pouco e seus olhos abriam-se gradualmente. Ele acorda meio desnorteado nos primeiros segundos, mas então abre um sorrisinho ao direcionar sua visão para baixo e me ver apoiada em seu corpo.

- Bom dia. - digo, passeando meus dedos por seu abdômen.

- Bom dia.

Ele coça os olhos e então vira-se para o criado mudo, fazendo com que eu levantasse minha cabeça por um instante.

-Falta uma hora pra começar a aula ainda. - ele diz com uma voz preguiçosa e então me agarra, colocando-me mais próxima de si.

- Quer dormir mais? - questiono apoiando meus braços em sua barriga, de forma que eu ficasse com a cabeça erguida.

O garoto segura em minha nuca colando minha testa na sua e conduz um beijo lento em meus lábios.

Afasto nossos rostos. Tudo que eu conseguia pensar era em como ele estava lindo. Principalmente nessa circunstância tão... íntima. Nós dois sorríamos.

Repentinamente, a voz aguda de Nathalie surge pelas redondezas da porta:

- Adrien! - ela deu dois tapinhas na porta. - Acorde, meu querido!

E então passos apressados são ouvidos, anunciando sua saída.

- É melhor a gente já ir se arrumando, na verdade. - ele diz, bufando.

Dou uma risada, mas então questiono um pouco preocupada por não ter pensado no problema em questão:

- Como vamos fazer para ir para a escola?

- Tá tranquilo. - ele responde naturalmente. - A Nathalie já tá indo trabalhar com meu pai, nem nos verá. E... O Gorilla é gente fina.

Suspiro, com certo alívio.

- Bom, então vamos. - levanto-me da cama, assentando-me nos lençóis. - Levanta, loirinho

Ele exprime uma careta desanimada, me tirando uma sutil gargalhada.

- Vamos! - retiro o cobertor de cima dele.

Assim que o faço, meus olhos arregalam um pouco e meus lábios proferem um "Oh" silenciosamente.

Havia um volume considerável em seus países baixos.

O garoto pega parte do cobertor que estava em minhas mãos e cobre somente seu quadril, com uma feição sem graça.