46 - Subindo

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"Podemos ser tão próximos assim, para sempre? E, ah, me leve para sair, me leve para casa"
Lover - Taylor Swift
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Marinette's pov:

-

Com a cabeça apoiada na janela, observo o trajeto que fazíamos.

Meus olhos na rua e minha mente nos dias passados.
Nessas últimas duas semanas e nos desafios que passei.

Que eu e Adrien passamos.

Queria poder dizer que ele está bem, mas no máximo posso dizer que não está mais triste. Pelo menos não o tempo todo.

Não bebemos, eu não usei nada e ele está saudável. É pouco tempo, mas isso não significa que foi e está sendo fácil.
Porque não está.

Ás vezes minha cabeça me tortura. Eu penso em tudo que fiz e que poderia ter feito diferente. Penso em Félix, no nosso plano. E da forma cruel, apesar de necessária, que excluíamos Adrien dele.

Eu só espero que nada seja em vão.

Apesar de tudo, foram semanas felizes.
Eu estive com o garoto que amo o tempo todo.

E... Esse era o pior.

Eu estou tão feliz que sinto medo que isso acabe.
Porque existe essa possibilidade.

Eu só...

- Chegamos. - a voz aveludada dele ecoa pelo carro.

Assinto me abstraindo de qualquer outro evento intrusivo.

Saímos do automóvel de mãos dadas. O motorista vai embora logo que nos vê chegar na frente da casa de Juleka.

Meu namorado dá dois soquinhos na porta e depois toca a campainha.

A porta abre-se quase instantaneamente, divulgando a imagem da famigerada anfitriã:

- Meus pombinhos favoritos!

Nos entreolhamos com um sorrisinho.

- Perdemos muita coisa? - o loiro pergunta, meio sem jeito.

- Só o Nathaniel vomitando.

- Em só duas horas? - questiono.

Ela segura nossos pulsos, fazendo-nos entrar.

- Sabe de quem estamos falando, né? - ela ri, fechando o portão com a ponta dos pés. Estava com a mão ocupada com uma garrafa de Gin pela metade.

Todos pareciam se divertir, como sempre.
Havia um karaokê e um Twister.
Jogar isso bêbado era provavelmente uma das minhas atividades favoritas, mas não faríamos isso hoje.

Eu e Adrian prometemos a nós mesmos que iríamos testar nosso autocontrole, mantendo-nos longe de álcool.

Só hoje, pelo menos.

- Aí, seu noia! - sem que eu reparasse, Nino chega até nós - Você some, mas só aparece em festa, né, seu otario?!

Alya fica ao meu lado.

Ele ri e agarra no ombro do modelo. Parecia alterado.

- É claro! - ele disfarça, lançando-me um olhar um tanto ansioso - Pra que mais eu apareceria?

O rapaz abraça o melhor amigo, largando o copo que segurava. A ruiva pega a bebida e vira em sua garganta sem pensar duas vezes.

- Mari, deixa eu roubar esse loirinho gostoso rapidinho? - questiona o moreno.

Sempre foi você || (Marichat-Adrienette-Miraculous)Onde histórias criam vida. Descubra agora