Sempre foi você || (Marichat-Adrienette-Miraculous)

35 - Capa de Revista - Parte 1

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"Nada sobre a maneira como você foi tratado parecia alarmante até agora. E então você prende o cabelo e sorri como se não fosse grande coisa. "
Matilda - Harry Styles
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Adrien's pov:

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Fiquei a manhã toda em meu qaurto. Na cama, tentando não pensar em nada.

Assisti uns filmes antigos, joguei um pouco de videogame e escrevei no meu "Diário dos medos" que a Nathalie me deu. O último item da lista já estava se tornando algo corriqueiro, inclusive.

Minha atenção é quebrada quando olho para a janela. Levo um susto. Não pelo fato de presenciar o por do Sol, o que significava que meu dia foi inteiro improdutivo. Mas sim, por ter visto algo inesperado...

- Marinette? - questiono.

Abro a vidraçaria e chamo-a para entrar. Ela adentra, com uma expressão sem graça.

- Isso está ficando comum demais. - ela diz, rindo.

Retribuo a risada. Provavelmente era a primeira que eu dava desde ontem.

- Você quer uma água ou alguma coisa... - pergunto sem saber ao certo o que estava fazendo.

Sua visita era só... meio repentina.

- Eu quero saber como você está. - ela argumenta, destransformando-se. - Tá melhor?

Ela usava suas roupas casuais e exibia um semblante gentil.

Respiro fundo.

- Eu estou bem.

- Não minta... - a azulada segura em minhas mãos.

Não posso deixar de ficar um pouco surpreso.

Que tipo de sinal eu poderia ter dado para que ela desconfiasse?

- Bom a queda foi forte... - desconverso - Mas eu já recebi alta e estou bem, juro.

Minha namorada semicerra os olhos como se me investigasse.

- Eu conheço você, Adrien. Sei que tem algo que não quer me falar...

Finjo não escutar e então ela completa:

- Você não me mandou mensagem, faltou na escola e... - me encara de cima a baixo. - Você parece péssimo.

Desvio o olhar, numa tentativa de escapar do assunto.

Mesmo com minha relutância, ela segura em minha mão, demonstrando que não iria desistir.

- Adrien... - ela diz quase desesperada por minha atenção, e curiosa por não tê-la.

Bufo.

- É o seu pai? Sua carreira? Ou você tá me escondendo alguma doença terminal? - ela questiona, o que me arranca uma risadinha abafada.

Não respondo.

- Me deixa ajudar como você tá me ajudando... - pede.

- Eu não sei o que te dizer, meu amor. Não estou escondendo nada.

Seus olhos pareciam decepcionados, porém ao mesmo tempo, era quase como se tentassem convencer-se de que eu estava falando a verdade.

Não importa.
Quero manter ela fora dos meus problemas.

Em um espasmo, foi como se sua tristeza saísse de seu corpo. Ela parecia determinada, agora.

Sem que eu entendesse, deu alguns passos para trás e passou a mexer na sua bolsa.