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《A gaiola dos anjos》

A música que esbanjava sensualidade, fazia as mulheres dançarem ao arredor da barra. Algumas vezes homens me chamavam para dançar, porém dizia que já tinha outro cliente. Assim foi minha forma de escapar.

Não achava a figura de Dahlia em nenhum lugar. Passei por todo o salão, e nada de encontra-lá. A áurea do lugar conseguia camuflar, e seus rastros desaparece. Os lugares que não olhei, foram as salas particulares.

Respiro fundo e decido dar uma espiada em cada uma. Abria apenas uma brecha da porta, e na primeira, havia pessoas, menos quem procurava. Assim se seguiu, e quando perdi as esperanças, ainda havia uma última porta. Abro ela devagar, e espio lá dentro, mas fecho rapidamente ao ver uma mulher nua.

Agora me encontro deslocada, sem saber para aonde ir. Até que a mesma idosa de mais cedo me avista, e se aproxima de mim.

-- Querida o que está fazendo parada? Vá para alguma mesa privada. -- Segura em meus ombros, me instruindo para ir na direção que quer.

-- Eu já tenho uma cliente, estou a procura dela. -- Tento explicar, mas sou empurrada para dentro de um espaço, e ela fecha a cortina tampando toda a visão externa, antes de eu poder se pronunciar.

Bufo já irritada, de tanto ser puxada para lá e para cá. Me viro em direção á mesa e fico surpresa ao ver quem está sentada do outro lado dela.

-- Boa noite. -- Sorri enquanto balançava sua perna cruzada, deixando seus braços apoiados em cima do sofá.

Era minha hora de entrar no personagem, e tentar encontrar uma brecha para prendê-la. Espero que ela não descubra quem sou eu.

-- Boa noite, como devo chamá-la?. -- Me aproximo sedutoramente, e me sento na mesa á sua frente cruzando minhas pernas, atraindo seu olhar afiado.

-- Não precisamos de apresentações. -- Se inclina para frente, na tentativa de tocar em minha perna, mas desvio, a vendo passar a língua entre os dentes frustada.

-- Certo. -- Sorrio com cinismo. -- Eu estabeleço quando podes me tocar.

-- Te daria o que quiser para isso. -- Descruza as pernas, deixando elas mais abertas.

Solto um pequeno riso, e desço da mesa ficando entre suas pernas. Coloco minhas mãos poucos trêmulas por nervosismo em seus joelhos, inclinando meu corpo em sua direção. Ela me encara descaradamente, e toco em seu queixo fazendo seu olhar subir para meus olhos.

-- Posso dançar para ti, se desejares. -- Sugiro com a voz aveludada e baixa.

-- Me mostre o que sabe fazer, docinho.

Após sua resposta, ergo meu corpo novamente, e ainda entre suas pernas, começou a me mover lentamente, ao ritmo da música que tocava no salão. Não sabia muito o que fazer, mas pelo o que havia aprendido com ela, deveria mover os quadris e mexer as mãos em harmonia, e até tocar em mim mesma. Giro meu corpo ficando de costas para ela, e passo minhas mãos por meu quadril, enquanto eu subia e descia devagar. Olho por cima do ombro, e ela estava me acompanhando com o olhar, deixando estampado em seu rosto a satisfação em me ver. Sentia seus olhos me perfurando, e me viro novamente.

Coloco uma perna ao seu lado, e passo meu dedo de baixo pra cima, fazendo ela segui-lo com o olhar com um sorriso de lado formado. Até que ela me encara fazendo uma expressão de cachorro pidão, e eu sentia que ela estava sedenta para me tocar.

Me sento em seu colo, e quando suas mãos se direcionaram até minha cintura, as seguro, e ergo para cima, e ela solta outro sorriso, mas de frustração.

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