《Bem e o Mal》
Aquele pano não estava me esquentando, e como eu precisava de forças para se levantar, eu oro para Deus pedindo com que me ajudasse. Minha conexão com ele é forte, e orar é como se eu estivesse deitada sobre seu colo.
Encho meu pulmão de ar, e sentia que ele havia me escutado e sinto meu corpo energizado. Me levanto e vou para dentro da casa, que agora estava iluminada com alguns lustres.
Aquela demônio disso que havia tudo que precisasse, então decido explorar a casa e ver o que tem. A cozinha e a sala estão no mesmo cômodo enorme, então vou para o corredor, e abro uma porta que dá acesso á um quarto. Entro nele e vejo o quanto é espaçoso e bonito, e vou até outra porta nele, e encontro um banheiro. Eu preciso de roupas, então olho ao arredor do quarto e vejo portas enormes de madeiras, e vou até elas abrindo. Algumas roupas estavam empilhadas, e pego uma calça e uma blusa de lã, ambas da cor preta, e todas as outras roupas tinham essa cor. Em um canto havia peças íntimas, e mesmo não tendo o costume de usar, como humana eu acho que deveria.
Pego as roupas e vou até o banheiro do quarto. Ligo o chuveiro, e me assusto o quão rápido a água caia, e sorrio ao sentir ela quente cair em minha pele. Era primeira vez que tomava banho como um humano, contando que anjos não precisam por não terem odores igual aos humanos. Mas acho uma pena, porque acho divertida a textura do sabão em minhas mãos, e o cheiro principalmente.
Eu queria encostar a cabeça na parede e se lamentar da situação que estou, mas esse banho tirava toda essa idéia, e mostra que mesmo em um mal momento posso tentar reverter.
Não faço idéia quanto tempo fiquei debaixo do chuveiro brincando com o sabonete, mas resolvi desligar assim que vi meus dedos se enrrugarem. Não sei todo meu rosto pode ficar assim. Me seco e visto a roupa, que serviu perfeitamente em mim. Saio do banheiro, e noto o quanto estava nublado lá dentro.
Olho ao arredor do quarto, e aquele baque de realidade me acerta, me fazendo lembrar do que está acontecendo. Dahlia está na Terra sem ninguém para impedi-la, até que os anjos reparem o meu sumiço. O conhecimento que eu tenho com gaiolas é que podem prender um anjo, e só se desfaz quando o criador querer. Espero que seja verdade eu ficar apenas temporariamente.
Sinto um incômodo na barriga, e logo um som estranho emitir. Isso deve ser a fome, então vou direto para a cozinha. Nunca cozinhei ou comi algo em minha vida. Vejo uma cesta de frutas no balcão, e todas pareciam convidativas, e resolvo experimentar todas.
O gosto e textura distintas de uma e outra me surpreende, e percebo que comi todas as frutas que estavam ali. Me sinto satisfeita, e por mais que houvesse coisas diferentes e chamativas na geladeira, prefiro deixar para depois. A gula é um pecado, e não sei se Dahlia vai trazer comida se acabar, não espero muita gentileza vindo dela.
Vou até a sala e me sento no sofá, vendo uma tela preta á minha frente. Na mesa de centro estava um controle, e decido pegar ele para tentar ligá-la. Aperto um botão vermelho, e liga a grande tela aparecendo humanos nela. Navego pelos canais em busca do canal que louva a Deus, que já foi comentado no céu e me deixou curiosa em ver. Encontro e me remexo empolgada, e mesmo estando pouco tempo longe do céu, já sinto falta de estar lá.
Suspiro, e tento espantar a solidão que estava sentindo assim que me vem a memória de estar se divertindo entre os anjos. Sacudi a cabeça, e presto atenção no que o padre dizia. Aos poucos sinto meus olhos pesarem, e meu corpo de desligar, por um momento achei que estava morrendo, mas me lembro que sempre sentimos quando a morte chega. Me rendo ao cansaço, e fecho os olhos relaxando.
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Laços Proibidos
Romance[EM REVISÃO] Em um reino celestial, uma - anjo -designada para uma importante missão. Celeste, uma criatura divina encarregada de proteger o destino das almas na Terra. Sua tarefa era impedir que um demônio da luxúria, chamado Dahlia, corrompesse e...