🌸| Confusão- Posso? - Sorrio.
Ela abre espaço no chuveiro, e amarro meu cabelo para não molhar tanto. Ocupo o pouco espaço dado, e consequentemente nossos corpos se grudam, e a água morna entre a gente começa a ferver sob minha pele.
Seus olhos não se desprendem de mim, e timidamente percorro minhas mãos por seus braços, sentindo o leve relevo de suas cicatrizes e a definição dos seus músculos, até chegar em suas mãos, e as levantar para desferir um beijo em cada uma.
- Por que está machucada? - Passo meu polegar pelas feridas.
Ela desvia um pouco o olhar, e parece pensativa sobre o que dizer, mas logo volta a me encarar e solta um suspiro cansado.
- Bati em uma porta. - Ergo uma sobrancelha ao ouvir sua resposta. - Antes a porta do que a cara daquele velho. - Acrescenta.
- Tu brigaste com seu chefe? - Pergunto surpresa.
- Ele me tirou do sério, eu juro que tentei. - Aperta minhas mãos. - E foi só uma discussão...
- Uma discussão que machucou sua mão. - Acrescento preocupada.
- Não vai acontecer de novo. - Tira alguns fios de meu rosto.
- É, acho que ele não vai se arriscar em brigar contigo. - Rimos juntas.
Abaixamos nossas mãos e a ruiva encosta nossas testas, fazendo com que seu cabelo molhado escorra uns pingos de água por meu rosto, e eu possa encarar as íris verdes de perto, que se destacavam ainda mais por conta de sua maquiagem escura que não saiu completamente pela água.
- Você é tão linda. - Murmura. - Seus olhos me fazem querer gritar o quanto a amo.
Sua confissão faz meu peito palpitar, e um sorriso bobo se formar em meus lábios. Suas mãos já estavam em volta de minha cintura, e passo a subir as minhas até sua clavícula para passear meus dedos.
Não conseguia responder quando estava tentando manter o foco em seus olhos, mas quando ela desviava para meus lábios, eu engolia a saliva ansiando por teu beijo. Tenho certeza de que ela está esperando que eu a beije, e faço o tão esperado, agarrando seu rosto e quebrando nossa única distância.
A forma com que me beijava era extremante romântica, calma e devagar para aproveitar cada beirada de nossas bocas e saborear seus lábios doces. Sentia seus dígitos deslizarem por minha cintura e apertar cada vez que aprofundamos nossos beijos, me arrancando alguns suspiros inesperados.
Separamos nossos lábios em busca de ar, e Dahlia deita em meu ombro, me fazendo sentir sua respiração calma em meu pescoço. Sentir ela de qualquer forma me traz uma paz incondicional, um sentimento que preenche meu peito e que a todo momento tenho que por para fora e mostrar o que ela causa dentro de mim.
- Eu te amo tanto, Dahlia. - Passo minha mão por seus cabelos molhados.
Ela fica alguns instantes em silêncio, ergue o rosto para me olhar e noto que esteja querendo dizer algo. Antes que eu pergunte, ela decide falar.
- Você pararia de me amar?
Sua pergunta repentina me faz afastar um pouco o rosto espantada.
- Como? - Franzo levemente o cenho.
- Se você me amaria sob qualquer hipótese. - Abaixa um pouco o olhar.
- Entendi o que disse, eu quero saber o intuito. - Toco em seu rosto, fazendo-a me olhar.
- Eu só queria saber se algo fosse capaz de fazer você parar de me amar. - Seu olhar tristonho me faz suspirar.
- Nem se eu quisesse eu pararia de te amar. - Acaricio seu rosto. - O amor é instalado inconscientemente em nossos corações, e não é tão simples remover ele. - Tiro minha mão de seu rosto. - É até difícil ignorar ele quando se torna tão intenso.
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Laços Proibidos
Romance[EM REVISÃO] Em um reino celestial, uma - anjo -designada para uma importante missão. Celeste, uma criatura divina encarregada de proteger o destino das almas na Terra. Sua tarefa era impedir que um demônio da luxúria, chamado Dahlia, corrompesse e...