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《 Verdadeira Face 》

-- Como foi seu primeiro dia?. -- Mia pergunta cortando tomates ao meu lado.

-- Eu adorei! A maioria dos clientes são simpáticos, e até ganhei gorjetas. -- Respondo mexendo o macarrão na panela.

-- Nossa, os franceses devem estar te paquerando. -- Me cutuca com o cotovelo. -- Geralmente são ignorantes.

-- Não, imagina. -- Discordo convicta. -- São apenas gentis. Humanos não são tão ruins... -- Arregalo os olhos pela forma que falei, mas parece que Mia não notou.

-- E aquele buquê na varanda?. -- Pergunta sugestiva.

-- Um homem que conheci ontem me deu. -- Sorrio de canto.

-- Ulalá, mal chegou e está arrasando á todos. -- Termina de preparar a salada.

-- Não é para tanto. -- Digo sem graça.

    Na real, já estou á espera de alguém.

-- Continue assim, minhas vendas vão bombar. -- Diz brincalhona.

-- Estou me sentindo usada. -- Digo irônica, e dou risada com ela.

    Terminamos de preparar o jantar, e se sentamos para se servir. Conversamos descontraídas, com um ótimo clima entre a gente.

    Depois de alguns minutos, escutamos miados vindo da varanda. Olhamos na mesma direção curiosas, e pela brecha da porta de vidro, um gato preto e gordinho passa com dificuldade por ela.

-- Que fofinho... -- Me viro na cadeira e esfrego os dedos o chamando.

-- Nossa que gatinho aventureiro. Como chegou até aqui em cima?. -- Observa o animal se aproximar.

-- Que gatinho esperto!. -- Afino a voz, e acario o pelo macio. -- Está perdido amiguinho?. -- Dou risada assim que o gato mia respondendo. -- Que lindo, será que tem dono?. -- Me direciono á Mia.

-- Não sei... Me parece ser bem cuidado. -- Analisa o gato, que logo mostra suas pressas agressivo. -- Eita, acho que ele não gostou de mim.

-- Deve estar com medo. -- Pego ele no colo, que logo se aconchega em minhas pernas.

-- Vai ficar com ele?.

-- Talvez... -- Falo pensativa, e sinto o gatinho ronronar. -- Ter um companheiro seria legal.

-- Está tão carente assim?. -- Pergunta rindo. -- O moço do buquê pode te ajudar. -- Fala maliciosa.

-- Mia!. -- A repreendo, sentindo  minhas bochechas esquentarem.

-- Desculpe, vou parar. -- Solta uma curta risada.

    Terminamos de comer, e ela volta para casa por já estar estar tarde. O gatinho havia adormecido em meu colo, e fico com dó de se levantar, mas o deito na cadeira, porém ele levanta rapidamente. Lavo as louças, e sinto ele passando entre minhas pernas.

-- O que foi gatinho?. -- Olho para baixo, e ele mia.

    Não entendo nada apenas termino de lavar a louça, e vou até á varanda abrindo mais.

-- Vou deixar aberto, tabom?. -- Me abaixo para acariciar ele.

    Ele se senta em cima do muro, e dou de ombros. Quando me viro para vê-lo novamente ele já não estava mais ali. Estranho, porém ainda deixarei a varanda aberta, caso ele volte. Tomo meu banho noturno, e me deito para dormir.

    Pensei que seria uma noite tranquila, mas acordo no meio da noite ofegante novamente. Decido beber uma água, e vou até a cozinha. Não ligo as luzes por achar a iluminação da noite o suficiente para eu enxergar.

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