🥀1.10

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《 Vantagem sobre o bem 》

-- Flynn! Por favor. -- Insisto ajuntando as mãos.

-- Eu não posso. -- Sílaba pela milésima vez impaciente.

-- Apenas um dia, e verá que não é difícil. Sou eu e você. -- Coloco a mão em seu ombro.

-- Não é difícil? Celeste, aquela demônio deu trabalho para cinco anjos! Cinco!. -- Gesticula com a mão. -- Não quero perder minhas asas. -- Cruza os braços, dando de ombros.

    Bufo quase desistindo de pedir a ajuda de Flynn. Com a assistência de um anjo, eu não hesitaria em selar Dahlia.

-- Ela não vai te machucar, eu irei te proteger. -- Lanço um olhar pidão. -- Se conseguirmos, você se torna supervisor.

    O anjo fica em silêncio me encarando pensativo.

-- Mas isso é o que queria tanto. -- Diz confuso.

-- Não quero mais. -- Confirmo confiante de minha decisão.

-- O que!?. -- Se vira para mim assustado.

-- Eu descobri que não estou pronta para isso. -- Digo com um sorriso cabisbaixo nos lábios. -- Enfim, não irá me ajudar mesmo?. -- Flynn se move inquieto após minha pergunta.

-- Eu vou. -- Exclama. -- Não custa nada tentar. -- Comenta com ar inseguro.

-- Muito obrigada!. -- Lhe dou um abraço contente.

     Contei alguns detalhes sobre Dahlia para Flynn antes de irmos para a Terra. Chegando lá, eu e o anjo se transformamos em humanos e seguimos o rastro da demônio. Como esperado ela estava em uma boate, e entramos pelo fundo.

    Eu já havia me acostumado com a energia negativa que contém nesse local. Mas Flynn me olha espantado, depois de checar o espaço e ver a quantidade de espíritos obsessores e malignos, que vagavam pelo lugar.

-- Humanos realmente gostam disso?. -- Cochicha em meu ouvido.

-- Alguns usam como fórmula de escape de suas próprias mentes. -- Cochicho de volta, enquanto procurava pela demônio. -- Se sentir alguém com a áurea maligna, é ela. -- O oriento. -- Geralmente sua aparência é uma mulher de cabelos vermelhos, alta, curvilínea, olhar marcante, seduzente... Enfim. -- Descrevo distraída com a multidão.

-- Bem detalhado. -- Me lança um olhar sugestivo, e franzo o cenho.

-- Para tu não confundires. -- Reviro os olhos. -- Agora, vamos para o plano. Tu a cortejas, leva para um local afastado, e prendemos ela. -- Recapitulo e Flynn comprimi a face.

-- E tu me deixarás sozinho com ela?. -- Curva os lábios para baixo.

-- Não, eu estarei de longe olhando. -- O arrasto para a multidão.

-- Mas não seria melhor tu se disfarçares e seduzi-la?. -- Sugeri inquieto.

-- Ela descobre quem eu sou, talvez pela minha energia... sexual. -- Explico constrangida, e Flynn ergue as sobrancelhas. -- Agora vamos se separar, ela não pode ver nós dois juntos. -- Dou de ombros. -- Se achá-la eu irei saber, não se preocupe.

    O anjo suspira, e segue o caminho oposto do meu. Passo pela multidão, e ainda não avisto Dahlia, apenas sinto sua áurea vagando entre os humanos. Procuro deixar Flynn em meu campo de visão, e o encontro olhando para os lados confuso, mas logo avança em um determinado caminho confiante. Quando vou segui-lo um homem alto de terno esbarra em mim, e sinto uma leve puxada em meu cabelo. Observo ele se afastando e noto que ele não havia áurea e nem alma. Decido ir atrás dele, mas rapidamente o perco de vista me fazendo franzir o cenho com estranheza.

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