《 Arrependimento 》
Depois do meu encontro com o dragão volto para o céu lunar. Caminho entre os anjos que conversavam entre si, alegres como sempre. Me sinto um pouco ranzinza por não estar sorrindo igual. Minha feição estava fechada, e não encontro razão para estar sorrindo. Mas não quero passar a impressão que sou infeliz aonde estou. Flynn foi para uma missão especial, e não tem data prevista para voltar, já estou sentindo muito a falta de sua presença.
Distraída em meus pensamentos me assusto ao sentir meu braço sendo puxado para um local mais afastado. Me solta fazendo minhas costas baterem em um pilar, e me deparo com Cristian me olhando feio.
-- O que houve?. -- Pergunto ainda assustada.
-- Vou ser direto. -- Se aproxima de mim, encarando o fundo de minha alma através de meus olhos. -- Qual a tua relação com a demônia?. -- Estreita os olhos.
Sinto meu corpo congelar e engulo seco travando minha respiração. Será que ele viu ou ouviu alguma coisa?
-- Que tipo de pergunta é essa?. -- Volto a me mover e desencosto do pilar, erguendo a postura.
-- Responde. -- Diz seco.
-- Nenhuma. -- Franzo o cenho. -- Agora, com licença. -- Tento passar por ele mas o mesmo segura em meu ombro, e me encurrala no pilar.
-- Por que ela nunca te machucou!?. -- Exclama agressivo
Odeio brigas, principalmente com outros anjos. Mas nunca irei tolerar que me tratem dessa forma sem eu ter feito nada. Franzo o cenho e o empurro com força para trás, fazendo o anjo cambalear, mesmo sendo forte e um pouco mais alto.
-- Cristian, jamais aceitarei que me trate novamente assim. -- Continuo com meu tom baixo, porém ainda firme. -- Se ponha em seu devido lugar, e pergunte normalmente. -- Ergo o queixo. -- Na próxima terei que agir com o mesmo nível de agressividade.
Ele trava a mandíbula e suspira, apoiando as mãos na cintura. Dá alguns passos descontraídos até que ele volta a sua atenção para mim.
-- Vamos começar denovo. -- Se pronúncia mais pacífico. -- Qual sua relação com a demônia?. -- Repete.
-- Nenhuma. -- Respondo sem esboçar nenhuma reação.
-- Por que ela nunca te machucou?.
-- Não sei. -- Levanto e a baixo os ombros.
-- Como conseguiu o sangue dela?. -- Cruza os braços.
-- Distrai ela, e depois mordi. -- Explico tranquila.
-- Mordeu ela?. -- Franze o cenho com estranheza.
-- É... -- Confirmo já sentindo meu rosto ferver. -- Acabou as perguntas?.
-- Sinto que tem algo entre vocês. -- Me olha desconfiado. -- Sabe o motivo dela ter me batido tanto?. -- Se refere á Dahlia, e nego com a cabeça. -- Eu falei de você, e ela não gostou nenhum pouco. -- Travo novamente a respiração.
-- Não sei porquê ela faria isso... -- Comprimo os lábios.
-- Que tipo de laços você criou com ela? Laços proibidos? Que jamais seriam perdoados por Deus?. -- Suas palavras me encurralam.
-- Suas conclusões são precipitadas. -- Tento me recompor.
-- Não é uma conclusão. -- Sorri de canto. -- Estou te perguntando, Celeste. A anjo mais deciplinada e santa dos céus.
-- Já disse, não temos nada. -- Abaixo as sobrancelhas.
-- Tabom. -- Finge estar convencido. -- Pode mentir para mim... menos para Deus. -- Dá alguns passos para trás. -- Ah! Não esqueça o que aconteceu com o anjo que quis trair vosso pai. -- Aponta para baixo, sinalizando o inferno.
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Laços Proibidos
Romance[EM REVISÃO] Em um reino celestial, uma - anjo -designada para uma importante missão. Celeste, uma criatura divina encarregada de proteger o destino das almas na Terra. Sua tarefa era impedir que um demônio da luxúria, chamado Dahlia, corrompesse e...