🥀1.33

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《Volto logo》

    Depois de alguns minutos fazendo carinho em Dahlia, meu corpo adormece e me permito descansar.

    Escuto um ruído alto e abro meus olhos de uma vez e tudo estava escuro, olho ao arredor e não havia nada além da escuridão, é um sonho?

    Me ergo do chão, e dou passos devagar causando um eco a cada vez que eu andava. Aquilo me causava angústia, todo aquele silêncio apenas o som da minha respiração me incomodava, e cada vez se intensifica como se o oxigênio estivesse acabando aos poucos. Minha cabeça doía, e minha pele suava trazendo um calor insuportável por todo meu corpo.

   Caio de joelhos no chão, e sinto pontadas em meu peito me fazendo grunhir de dor. Cerro os dentes, e começo a orar para poder acordar daquele sonho, até que uma risada me interrompe.

-- Se levante, Celeste. -- A voz baixa e com tom sarcástico soa. Olho em volta e ainda não enxergo nada. -- Não me procure, não agora... -- Solta uma risada baixa.

    A voz não posso conhecer, mas a presença negativa presente é irreconhecível.

-- Não, tú não podes fazer mais nada contra mim. -- Murmuro.

-- Achou mesmo que sua namoradinha conseguiu me exorcizar de vez?!. -- Exclama caçoando. -- A única que podia me exorcizar era você... -- Amansa a voz. -- Mas você foi tola o suficiente e jogou fora todo seu poder. -- Diz em negação. -- Por que não volta a ser uma anjo, e vem atrás de mim?. -- Sugere.

-- Até parece. -- Solto uma curta risada. -- Seus planos articulasos não me atinge!. -- Exclamo, logo sentindo outra pontada me fazendo se curvar.

-- Que seja então. -- Sua voz se tornou fria. -- Voltarei para destruir a sua vida aos poucos, e Dahlia se tornará minha submissa.

    Assim que termina sua frase, uma rajada de vento me joga para trás e sinto meu pescoço ser apertado com força queimando minha pele aos poucos, me fazendo gritar e lacrimejar de dor.

    Como um rápido apagão, abro os olhos e Dahlia me segurava nos braços com uma expressão assustada. Pisco os olhos algumas vezes, e sinto meu rosto molhado por minhas lágrimas, e um incômodo ao arredor de meu pescoço, levo minhas mãos até lá e sinto arder, me fazendo dar um gemido baixo de dor.

    Dahlia joga meu cabelo para trás, e analisa meu pescoço com o cenho franzido.

-- O que aconteceu? você estava se debatendo e gritando. -- Me olha preocupada.

-- E-eu tive um pesadelo. -- Gaguejo com a voz chorosa. -- Era ele Dahlia, ele disse que vai tirar tú de mim. -- Abraço o pescoço dela, sentindo mais lágrimas sair.

-- Não, ele não vai. -- Me abraça e balança o corpo lentamente. -- Vai ficar tudo bem. -- Diz baixo beijando o topo de minha testa. -- Aqui tá com a energia pesada, purifique e coloque seus protetores.

-- Mas e tú?. -- Solto meus braços de si.

-- Deixe enquanto eu não voltar.

-- Tabom... -- Digo me sentindo pouco desconfiada.

   Escutamos batidas apressadas na porta, e se levantamos juntas para ver. Quando abro a porta, Mia me olhava preocupada e coloca as mãos em meu rosto.

-- Minha nossa o que aconteceu? Eu ouvi seus gritos e... -- Olha lentamente para Dahlia detrás de mim. -- O que fez com ela?!.

  Se aproxima agressiva para cima de Dahlia, sem se importar com a diferença de altura ou a encarada assustadora que a demônia lançava a ela. Me ponho entre as duas antes que uma tragédia aconteça e ergo os braços afastando elas.

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