🥀1.29

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《 Vingança 》

      Um dos deveres mais importantes de um ser humano com á sua casa, é a limpeza. E me encontro exausta depois de limpar tudo para receber a visita do meu grupo de resgate á almas. Eu, e as três mulheres que conheci no templo, iremos sair essa noite entregando marmitas para pessoas necessitadas, e oferecendo um convite para a casa de Deus, que receberá a todos. Elas virão aqui para fazer a comida, e mesmo que vai fazer uma sujeira, prefiro recepcionar elas com a casa limpa.

    Estamos fazendo isso deste o mês passado, aonde cozinhamos apenas na casa de Loren, mas hoje ofereci minha casa. Aprendi a lidar com o sentimento de ser deixada, e posso estar em um relacionamento comigo mesma, tendo somente a mim, e é normal uma humana não ter alguém ao seu lado, e já aceitei essa idéia.

    Finalmente tenho um celular, e as meninas já me ligaram avisando que estariam chegando. Cinco minutos depois alguém bate na porta, e com um grande sorriso e passos animados vou até ela, e abro rapidamente.

-- Que bom que chegaram!. -- Meus olhos focam no semblante á minha frente, e meu sorriso despenca. -- D-dahlia?. -- Franzo levemente o cenho.

    Meus batimentos travam, e fixo em seu rosto me recordando de seus detalhes, e sua forte presença e energia negativa que se choca contra a minha. Depois que me aprofundei na igreja me descobri como espírita, e posso ver uma fina áurea escura ao arredor de seu corpo. Ela me olhava com seus olhos brilhando, porém seu rosto mostrava estar preocupada e nervosa, com sua mão tremendo enquanto segurava um lindo buquê de lírios. Meu peito vibrava de felicidade ao ver que estava viva diante de meus olhos, mas todo o sentimento do mês passado me tomba novamente, me fazendo esquecer que já havia me aceitado estar sozinha, acarretando em minha reação que foi fechar a porta com força, e encostar minhas costas tentando raciocinar toda a situação.

-- Celeste! Me deixe falar com você!. -- Exclama do outro lado, dando leves batidas na porta. -- Tem total direito de estar brava, mas me deixa te explicar.

-- Vai embora. -- Murmuro com a voz chorosa.

-- Celeste... -- Me chama baixo.

    Abro a porta á encarando irritada.

-- Eu ia me declarar para ti, mas tú não me deu um sinal de vida! Á sua intenção era apenas usufruir de minha virtude?.

-- Não! Eu jamais iria te usar pra isso. -- Responde séria. -- Eu estive ocupada durante esse tempo.

-- Um demônio da luxúria estaria muito ocupado durante um mês. -- Ameaço fechar a porta, e coloca a mão impedindo.

-- Nem você acredita no que está falando.

     Não sei o que está dando em mim, mas está acontecendo uma confusão em minha cabeça.

-- Eu tenho visitas... -- Abaixo o olhar e á expulso com um aperto.

    Fecho a porta devagar, e ela não impede. Me encosto novamente e deslizo lentamente até o chão, e depois de alguns segundos escuto seus passos se afastando. Ao mesmo tempo que estou irritada e não querer vê-la, eu queria abraçá-la e comemorar por estar de volta. Me levanto e sinto um pouco de energia do outro lado da porta, e abro uma brecha para espiar, e dou de cara com o buquê flutuando. Me apresso para pegá-lo antes que outra pessoa veja e entra em um surto ao ver isso. 

    Abraço o buquê sentindo o aroma, e sorrio instantaneamente. A sensação de ganhar ele esquentava meu corpo, entrando em conflito com minha mágoa.

《🥀》


Submundo- Inferno da Luxúria

um mês atrás...

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