Sim, eu estava suando frio, mas isso não seria motivo para desistir, Ayla acabara de se afastar quando me virei para o rei, ele estava sem camisa e desejava sangue tanto quanto eu. Tirei a camisa que estava vestindo e a joguei no chão (pelo visto era um costume deles lutar sem camisa).
Peguei minhas espadas que até então estavam fincadas no chão e o rei rugiu dizendo:
- Vai se arrepender de ter passado pelos meus portões ser imundo!
- Olha se sou um ser imundo você também é, afinal nós dois somos vampiros.
- Você foi transformado por um impuro desertor, não se compare a mim.
- Que seja, lamente o quanto quiser, não haverá outro dia para isso na sua... - sem deixar que eu terminasse a frase, o vampiro investiu contra mim, deixando apenas um vulto par trás, e então senti o cabo da espada dele batendo em minhas têmporas.
- Vamos imundo, lute! - rosnou o rei, e seu pedido foi atendido...
Me concentrei novamente e dei-lhe uma joelhada em sua barriga, fazendo-o se afastar o suficiente de mim, para que pudesse lhe atacar com as espadas. Mas ele também era rápido, tanto que ele escapo do primeiro golpe de armageddon com certa facilidade.
Mas o mesmo não se repetiu para o golpe vindo de Sky Blast, que causou um grave ferimento no rei, um corte que descia de seu ombro direito até perto do abdômen o que fez com que ele se afastasse e me desse um tempo para criar uma estratégia. O que teria acontecido, se o maldito não fosse a droga de um vampiro que se regenerasse tão rápido.
Logo o rei estava pronto de novo sem nem se quer cicatriz, mas tinha ideia do que poderia fazer. pude sentir o mundo desacelerasse, e pude presar mais atenção em tudo, a ultima vez que me sentira assim, foi quando estava no céu e soube que o dragão assumiria...
Vlad avançou novamente com as espadas em punho, mas dessa vez sabia como responderia ao ataque, então investi contra o vampiro também com espadas em punho. Vlad tentou atacar primeiro, mas fui mais rápido e desviei sua espada direita com Armageddon enquanto o perfurava com Sky Blast repetidamente alterando para Armageddon, então ele parou de se mexer e protestar contra a dor, foi quando lhe dei um corte final com Sky Blast, rasgando-lhe por uma cicatriz antiga, que parecia ter sido fatal, fazendo-o cair no chão de cara.
Virei-me de costas para o vampiro e caminhei até Ayla (sim eu estava sorrindo, pois alem de ter vencido o grande rei dos vampiros, o supremo susserano, Vlad o Empalador, eu n tinha sofrido nenhum ferimento por corte em uma luta de espadas) que estava com uma expressão de espanto, e então eu entendi o que ela quis dizer e voltei-me para o vampiro.
- Você é bom garoto, mas deveria aprender a finalizar seus trabalhos... - disse Vlad, e em uma fração de segundos ele já estava me retaliando com suas espadas literalmente banhadas em je la nune. E aquilo queimava mais que acido sulfúrico em pele humana, sentia como se minha pele estivesse pegando fogo, e logo depois não sentia mais nada apenas uma dor branca. Apenas os pensamentos de dor e raiva me vieram.
Foi então que por mais que eu tentasse controlar, não foi possível, meu lado dragão entrou em ação, mesmo eu estando todo rasgado e jorrando sangue pra todos os lados,me livrei dele e me levantei, logo que escapei do alcance dele, lancei-me com as espadas em sua direção e o cravei no chão, larguei-as e comecei a soca-lo sem parar, foram tantos socos repetidos que já nem sentia minha mão, após algumas (varias) pancadas, saquei a lamina de Zeus tocando-a em seu rosto e disse:
- Me de um motivo pra você não morrer agora mesmo? - ele não quis falar nada, e sabia que ele não tinha o que falar.
E finquei a lamina de Zeus em sua garganta e dessa vez me preveni fiz questão de arrancar a cabeça do rei, para ter certeza que ele nunca voltaria a perturbar... Logo que a cabeça do rei caiu e rolou no chão todos ficaram em silencio, pude ouvir os passos de alguém se aproximando por trás de mim, e pela direção deduzi que fosse Sorin, quando me virei tive certeza, sim era ele, mas o que ele iria fazer, será que iria querer lutar também? Minhas condições não estão tao boas não sei se conseguiria ganhar...
Mas então ele fez algo inesperado, ele se curvou diante de mim, não sabia se era para um desafio ou se era uma reverencia, e logo ele disse...
- Como posso servi-lo meu rei? - suas palavras ficaram pelo ar, e deixaram o clima mais pesado ainda, mas não podia perder tempo com isso agora, tinha que achar logo algo na biblioteca que pudesse tirar essa parte vampira nojenta de mim.
- Onde fica a biblioteca? - perguntei com a voz meio falhando, droga, eu tinha que me tornar rei deste povo, logo nessa hora.
- Assim que for possível o levarei até la, mas acho que antes o senhor queira um banho - disse ele.
- É você tem razão... - me voltei para o corpo decapitado de Vlad, e recolhi minhas espadas que ainda estavam, cravando-o no chão e as pus nas costas. Virei-me para Ayla e examinei-a, ele parecia estar abismada, segui em sua direção e sussurrei - Tudo bem?
- Você é cruel... - ela disse desviando os olhos de mim... Aquilo doeu, e muito, mas não seria o suficiente para tirar meu foco do objetivo... Ainda olhando pra ela perguntei à Sorin - Onde posso tomar um banho?
- Venha - disse ele e peguei a mão de Ayla e o segui por entre os vampiros, que me olhavam com nojo e logo após se curvavam. Sim, isso é estranho.
Adentramos novamente na mansão pela mesma porta enorme que saímos, não sei porque o hall estava maior dessa vez, acho que era porque eu tava mais calmo e pude prestar mais atenção mas tanto faz. Ele nos conduziu por um longo corredor muito mal iluminado, que mais parecia uma caverna de tão escuro. Ayla apertou minha mãe com força, não entendi o porque, até que finalmente pude enxergar um pouco melhor, percebi que as paredes era feitas de crânios e outros restos de ossadas.
Pouco depois comecei a ver uma luz amarelada e muito forte vindo do final do corredor, e quando saímos demos de cara com uma sala de banho enorme e toda feita de marfim e âmbar, eu ainda estava sem camisa, Ayla tinha segurado minha jaqueta, mas a camisa já era, pelo menos seria fácil conseguir outra agora.
- Senhor, os deixarei em paz agora, logo mandarei trazerem roupas novas e sais de banho para vocês - disse Sorin com certo receio.
Sorin nos deixou andando de costas enquanto fazia uma reverencia e saiu ainda de costas fechando aporta.
- E ai, como vamos fazer? - perguntei a Ayla expondo alguns de meus ferimentos.
- Não sei como você quer fazer isso? - ela disse
- Bom, gostaria que me costurasse, mas não tempos agulha e linha, então vamos fazer no ferro quente mesmo, o que acha? Vai conseguir?
- Mas Jake, eu posso te curar usando meus poderes...
- É melhor não, sei que os anjos não estão te achando por que esta comigo, mas você não usou nenhum de seus poderes ainda, mas pode ser que se usar eles nos achem, melhor não... - parei de falar assim que a porta se abriu com uma vampira trazendo uma bandeja, com alguma ferramenta de ferro, deixou a bandeja do lado de Ayla e foi embora pela mesma porta da qual veio.
Peguei o ferro e o esquentei com o bracelete que era do meu pai, e dei a haste fria a Ayla e ela começou a queimar minha pele no local de cada ferimento, para que os cortes ainda abertos pelo je la nune se fechassem, e logo estava com enorme bolhas, mas não sangrava mais.
Olhei para a enorme piscina de água quente, e comecei a me despir. Não liguei se Ayla via ou não, precisava daquele banho, estava exausto...
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Dark Hunter
FantasyCom intuito inovador e longe da normalidade, este livro trás a historia de Jake Collins, um caçador que tinha tudo pra dar errado, e deu mais certo do que poderia ser esperado, e acaba por ter uma equipe mais inesperada do que ele mesmo poderia imag...