Eu não sabia como fazer, mas sabia que tinha que ser feito...
Quando cheguei ao local, e Léo estava sentado em uma pedra, logo que me aproximei ele disse:
- E ai, o que temos?
- Eu vou matar Deus... - disse serenamente.
- Como assim? - disse Léo inconformado.
- É que, tudo foi um plano de Deus, contra a minha família...
- Ta, mas por que quer mata-lo? Sei que sua vida foi horrível, mas mesmo assim, isso não é motivo...
- Logo você irá entender perfeitamente... - disse à ele - Mas agora, temos que falar com um de seus tios...
- Qual? - ele respondeu com incerteza.
- O terceiro.
- Por que ele?
- Por que ele deu a ordem de matar a minha irmã...
- Ahh, isso explica muita coisa.
Logo ele levantou e disse:
- Melhor irmos, ele fica um pouco longe daqui...
Ele saiu voando, e o segui, ainda era novo no lance de voar, era como se eu tivesse asas invisíveis, o que era muito estranho, comparado a tudo que eu conhecia (Será que todos os vampiros voavam assim?). Léo estava muito na minha frente então decidi parar com o lance de voar, e voltei a correr. Aquilo podia ser bom em uma luta, com voos pequenos e rápidos, mas para longas distancias era horrível.
Após pouco tempo em terra, e já o tinha alcançado, ele parecia bem cansado. Não era pra menos, havia sugado um exército inteiro. Ele começou a ficar mais devagar, e começou a descer. Logo após caiu desmaiado, senão o tivesse pegado, ele estaria cravado na terra, de um jeito, no mínimo, "estranho". Estávamos em uma floresta um pouco densa, então seria fácil, conseguir abrigo e comida para alguns dias. O coloquei-o encostado em uma arvore, e fui construir um abrigo temporário.
Após uma meia hora pegando recursos, voltei onde Léo estava. Ele ainda dormia como se nada tivesse acontecido. Montei o abrigo, uma barraca de folhas pra mim, e uma para ele. Cada uma ficou com quase um metro de altura, e dois de comprimento.
Deitei Léo em sua respectiva barraca, e fui terminar o resto do acampamento temporário, montei uma fogueira, e usei dois tocos de madeira de quase 50 cm para fazer dois banquinhos. Logo após isso, acendi a fogueira e sai a caça.
Corri uns 50 metros para longe do acampamento, e fiquei parado, e quieto, apenas na espera para dar o bote no primeiro animal que passasse...
Foi quando um javali apareceu correndo, e se chocou contra mim, que estava no meio de alguns arbustos. Em um rápido movimento, saquei a lamina de Zeus, e a enfiei em seu pulmão, fazendo que ele começasse a chiar freneticamente, até que por fim parasse de vez.
Fiquei todo sujo de sangue, me levantei, e vi o tamanho do animal, era um javali bem grande, o peguei e o joguei sobre os ombros, ele devia pesar perto dos 60 quilos, após apagar os rastros do ataque com os pés, iniciei o caminho de volta. Já era por volta das nove da noite quando cheguei, vim numa caminha da boa e tranquila.
Quando cheguei lá, vi que Léo estava sentado em um dos tocos que eu havia preparado, e brinquei:
- Agora que terminei de caçar a mocinha pode começar a preparar a janta - e nós rimos, até que ele sentiu uma pontada de dor, e continuei - brincadeiras à parte, mas acho que é melhor você descansar mais...
- Ei, se você quiser, eu já posso fazer isso... - ele disse
- Não, dorme logo, e tente se recuperar, pois pretendo seguir caminho em no máximo quatro dias.
Logo Léo dormiu, então preparei o assado de javali, enquanto esperava ficar pronto, peguei o diário e comecei a ler, estava procurando algo sobre a como matar um rei demônio. Mas não achei nada...
Depois que o assado ficou pronto, deixei a parte de Léo dentro de sua barraca, e fui para a minha comer.
Quando consegui dormir, tive um flashback de uma dos meus dias na ilha.
Foi de um dos meus primeiros dias na ilha. Ainda não sabia caçar nem nada, dependia de Zeus pra tudo, mas numa noite Zeus ficou muito cansado, e tive que me virar, tentei caçar algo para comer, mas não conseguia. Então tive que improvisar. Fiz o maior barulho que pude, para atrair algum predador.
Se eu não pegasse alguma presa, ia pegar o predador, já estava de saco cheio de esperar, até que, uma pantera voou em cima de mim. E a única coisa que consegui fazer foi chuta-la para longe. Então peguei as espadas e as deixei no chão, saquei a faca, e fui pra cima, eu pensava em Zeus deitado cansado, e isso me dava motivação para lutar. E quando a pantera veio em minha direção num pulo monstruoso, me joguei pra cima dela com a faca em direção do seu coração, como ela era muito mais pesada que eu, quando caímos, arfei sem ar, tentava respirar, mas estava difícil. Até que reuni forças para joga-la de lado, para que pudesse sair. Enquanto arrastava o animal para perto de onde Zeus estava, tinha acabado de me tocar que havia sido a primeira vez que matava algo...
De repente, acordo com Léo me cutucando...
- Vamos, já consigo ir, mas temos que ir com cuidado. - ele disse como se não aguentasse ficar parado.
- Se você acha... - Levantei e comecei a desmontar o acampamento
Foi bem rápido, pois antes de me acordar Léo já havia desmontado grande parte sozinho. Quando terminamos, e fomos a rumo da cidade mais próxima. Ela era bem pequena, mas já era algo. Logo de cara já havia avistado um barzinho.
- Ali tem um bar, vamos - disse.
- Você quer beber agora? - ele retrucou.
- Claro que não, agora vem logo. - Quando chegamos na entrada do bar, perguntei a ele - Você não prefere que eu consiga um carro, e ai continuamos, até você ficar 100%?
- Pode ser, mas não seja chamativo. - ele disse.
- Você vem me dizer, você quase iluminou uma cidade inteira com a sua super nova... - disse revirando os olhos.
- Ah, não enche, e consegue logo esse carro. - ele disse
- Esta, espere aqui, vou ver o que consigo. E vê se não arranja confusão.
- Isso não lhe garanto - ele disse sorrindo.
Não havia muitas opções de carro por la, afinal era uma cidade rural. Então avistei o que eu precisava uma grande picape Ford. Parecia que o dono não estava por perto, então o "peguei emprestado", o que não foi muito difícil, pois o carro não tinha alarme.
Rapidamente, voltei ao bar, e não vi Léo, e presumi que ele estava la dentro. Estacionei o carro e desci, quando entrei no bar, vi Léo sentado no balcão. E cheguei a estranhar, pois ele nunca ficava assim calmo, quando ele olhou pra mim, lhe disse:
- Vamos, já to com tudo pronto. - assim até parecia que éramos normais.
Ele levantou tranquilamente e veio até a porta, então saímos, e fomos até a picape. Quando entramos lhe perguntei:
- E agora, como achamos o terceiro?
- Você ainda não precisa saber, apenas siga o caminho. Quando chegarmos em um bom local eu te aviso.
- Se você diz... - e seguimos caminho.
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Dark Hunter
خيال (فانتازيا)Com intuito inovador e longe da normalidade, este livro trás a historia de Jake Collins, um caçador que tinha tudo pra dar errado, e deu mais certo do que poderia ser esperado, e acaba por ter uma equipe mais inesperada do que ele mesmo poderia imag...