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Me recordo muito bem daquele dia cinzento e frio, eu e meu irmão mais velho tínhamos saído da casa de um senhor que havia nos acolhido, estava congelando lá fora, sempre gostei de neve mas acho que naquele dia não estava nevando, meu irmão me disse que ia compra comida e que eu deveria esperar em frente a uma loja que estava fechada. 

Lembro que naquela hora fiquei reparando nas pessoas que passavam e me olhavam indiferentemente como eu, um tipo de monstro, as criança eram acolhidas por seus pais que apertavam o passo quando me viam, acho desde criança a minha parte sentimental era bem fraca, mas nunca me intimidei ou senti medo de alguém, tampouco me incomodei com isso, mas eu estava lá em pé olhando paras as pessoas, quando vi um grupo de padres se aproximando com suas bíblias, terços e uma garrafa de agua benta, eles se aproximavam de mim rezando e tentando não olhar em meus olhos, não me senti assustado, mas sim curioso, lembro que sorri e um dos padres abriu uma daquelas garrafas e me molhou inteiro, após uns dois segundos minha pele começou a queimar e doer absurdamente.

Os outros padres começaram a fazer o mesmo, senti um ódio muito grande mas a dor me impossibilitava de levantar e correr daqueles clérigos nojentos, ergui minha cabeça e senti um tipo de energia oscilando em todo o meu corpo, parecia que ia explodir, observei que um homem alto e jovem sacou uma espada mais branca que a neve na qual já estava deitado, ele vinha caminhando lentamente para mim rezando quando meu irmão saio correndo da loja e veio em direção ao homem com a espada, acho que foi em desespero, meu irmão pulou e assustadoramente virou um monstro e com as garras rasgou a parte das costa do sobretudo daquele homem.

Quando meu irmão atacou o caçador, ele virou a espada em direção ao meu irmão e o acertou no meio do seu peito em cheio, fechei os meus olhos, senti um fogo sob minha pele que parou de arder, senti minha cauda crescendo, garras apareceram no lugar de minhas unhas sujas, minha pele ficou avermelhada, senti muito ódio então o fogo foi se expandindo então levantei o rosto e berrei com todo o meu ódio.

Sentia uma energia desconhecida, e minha pele emanava uma fraca luz escarlate, essa áurea parecia instável, e segundos depois, saiu do meu corpo uma onda de energia rubra, causando queimaduras e dor, e logo após ela voltou com tudo para mim, ao receber o impacto senti muita dor, parecia que ela estava sendo selada dentro de mim então vi o cara que tinha matado meu irmão orando com os olhos fechado então corri até ele soquei o rosto dele, então nesse instante minha energia saiu e destruiu as casas e as pessoas que tinha em um raio de 5km, mas aquele desgraçado ainda estava ileso então como a espada dele estava perto tentei pegar mais quando cheguei perto ela havia me jogado para longe então vi a outra que ainda estava na bainha então corri até ela e invés de me expelir ela parecia me chamar então a puxei, sua cor era um preto nos dois gumes, vermelho na parte perto do centro e a linha do centro parecia puxar a energia do meu corpo então a levantei com dificuldade e corri em direção do caçador que por sorte estava desacordado então finquei a espada no peito dele na qual a energia que a espada tinha puxado desfragmentou o corpo dele de dentro para fora que na qual sumiu completamente em uns cinco segundos, logo após o desaparecimento de seu corpo, as espadas sumiram também...

Esta foi a primeira vez que chorei na minha vida de mestiço, então me levantei e fui mancando para perto de meu irmão que ainda estava respirando, minha lagrima tocou o rosto dele ele se transformou em humano novamente, mas supreentemente a cauda dele ainda continuou, coloquei o minha mão em seu peito e senti o coração batendo muito rápido, então ele abriu a boca e disse:

- Pirralho, não queria que isso ocorresse com você, mais já que não pude evitar, quero que você faça um favor, se você puder me 

prometer.

Não sabia o que fazer então pensei que já que não era um humano e nunca seria aceito e não teria mais ninguém perto de mim jurei fazer o que ele pedisse.

- Mano quero que você procure o velho que nos cuidou e diga que sabem da existência de nós aqui então fuja e ele vai te ensinar a usar suas habilidades.

Ele me disse algumas coisas sobre não confiar nas pessoas e não sentir raiva dos seres do bem e do mal ou dos caçadores pois eles tem suas próprias convicções e blábláblá.

Então ele faleceu com um sorriso que nunca vou esquecer, e fui para a casa do senhor nos havia acolhido, então quando cheguei perto vi ele com tudo pronto na carroça para nos fugirmos dali, dei o recado do meu irmão e então ele deu a chicotada nos cavalos que começaram a nos levar para longe daquela vila, já estávamos fora da cidadezinha que ele parou a carroça tocou no meu braço, então ele se transformou em um cara jovem, musculoso com a cauda e uma aura meio amarelada, ele levantou o seu braço, que estava com enormes garras e com um buraco no meio da mão, e então quando ele desceu a mão começou a emanar uma forte energia, e essa energia virou uma bola, que foi lançada em direção da vila, que foi pulverizada.

Dark HunterWhere stories live. Discover now