Sabe aquelas horas que você não tem animo nem para levantar da cama e pensa, porra meu dia vai ser um lixo, quero virar parte da cama.
Então, só de pensar que hoje estarei a caminho da minha antiga prisão para encontrar mamãe, nossa isso até me "anima" mais ainda para sair da cama.
Respirei fundo e lembrei que Léo esta bravinho comigo e esta de graça sem querer olhar na minha cara, mais um extra para o meu lindo dia. Levantei-me sem coragem e tomei um banho rápido, provavelmente Leo esta dormindo ainda por que este garoto só dorme. Coloquei uma calça jeans surrada, um all star preto e uma blusa branca simples com um moletom preto por cima.
Como não tinha roupas a mais e nem nada, coloquei meus poucos pertences em uma mochila velha que encontrei um dia desses no porão da casa de Galdor. Arrumei meus cabelos negros e sai do quarto indo para a cozinha e fiquei surpresa quando vi Leo acordado e já arrumado com um jeans preto e uma blusa azul, calçando coturnos negros.
Como sempre ele nem olhou na minha cara, que maravilha. Galdor estava preparando o café e me cumprimentou assim que entrei.
-Bom dia, Kate. – ele disse sorrindo com os seus cabelos prateados esvoaçantes, deuses era muito interessante ver o cabelo daquele homem, parecia ter vida própria.
--Bom dia Galdor, bom dia Leonard. – falei arqueando as sobrancelhas para Leo e me sentei-me à mesa, não ia comer nada daquilo, mas como Galdor era um instrutor muito legal consegue me arranjar uma garrafa térmica com um pouco de sangue, não é tão saboroso quanto o fresco, mas quem sou eu para reclamar.
--Bom dia, Katherine. – Disse Leo enquanto esperava o café e me lançou um olhar penetrante que não pude parar de encarar, não sei descrever como rolou esse lance, mas me deu muita vontade voltar a falar com ele como antes e o mesmo me abraçar, sussurrando-me que tudo ficará bem.
Galdor serviu o café de Leo e me deu a garrafa prateada que a sequei em segundos, digamos que neste fim de mundo não tem ninguém, estou há alguns dias sem me alimentar direito.
Depois de Galdor e Leo se empanturrarem de comida, saímos da cabana e fomos em direção aos nossos automóveis, Jake e Ayla (a anja que trouxera com ele) ja tinham saido de madrugada, nos despedimos de Galdor que saiu em disparata com sua moto, logo fomos para o carro de Leo, que praticamente fundiu a porta do carro com o resto da lataria de tão forte que foi a batida.
Acomodei-me no carro, joguei minha mochila velha atrás do banco e encarei Leo antes do mesmo ligar o carro.
--Então você vai continuar me ignorando ou vamos voltar a conversar iguais pessoas normais? – Perguntei sem paciência nenhuma.
--Não somos pessoas, eu sou um demônio e você é uma vampira.—ele disse e deu partida no carro, logo estávamos na estrada com Leo correndo feito um louco.
--Ok, desisto. Se quiser conversar me chama!—disse cansada das graças de Leo e abri o porta luvas do carro, do qual encontrei um Ray-Ban preto normal com a armação dourada, fazia tempos que não usava um daquele.
Digamos que a viagem foi silenciosa até que quando estava anoitecendo ele falou comigo.
--Kate, irei abastecer o carro que já esta quase ficando sem gasosa e ai vamos parar em um hotel para descansar, okay? – ele falou normalmente sem nenhum sarcasmo na voz ou ironia, fazia tempo que ele não fala comigo daquele jeito. Ele me olhou com certa ternura e retribui com um sorriso.
--Ok Leo, na parada do posto irei ao banheiro, meu cabelo deve estar um desastre. –Falei esfregando os olhos, meus olhos estavam ardendo e aquilo significava que precisaria me alimentar em pouco tempo.
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Dark Hunter
FantastikCom intuito inovador e longe da normalidade, este livro trás a historia de Jake Collins, um caçador que tinha tudo pra dar errado, e deu mais certo do que poderia ser esperado, e acaba por ter uma equipe mais inesperada do que ele mesmo poderia imag...