Beatrice Brooks
Depois do dia em que eu beijei o Theo, voltou tudo ao normal, nós só ficamos um pouco mais próximos!
Estamos fazendo várias coisas, como também ele está cuidando de mim. Ultimamente não estou muito bem, sinto dores de cabeça, falta de apetite e náuseas. Mas ainda sim convenci ele que ficaria bem depois de tomar alguns remédios, mas na verdade eu não melhorei não.
Estou sentada na sala enquanto ele traz dois copos de água e se senta ao meu lado me entregando um dos copos.
- Toma um pouco de água! - Diz ele
- Obrigada! - Respondo tentando ser educada. Ficamos ali conversando sobre várias coisas, como de livros por exemplo. Ele falou que está lendo Todas As Suas (im)Perfeições por minha causa, isso me deixou animada.
- Estou lendo Todas As Suas (im)Perfeições. - Diz ele me deixando surpresa. - Sei que tenho cara que não leio livros, e não leio mesmo. Mas ultimamente venho lendo alguns livro que você já leu! - Fala.
- Está gostando? - Pergunto curiosa
- Sim! No começo foi bem difícil de ler, mas agora é bem melhor! - Fala.
- Concor... - Não termino de falar, sinto ânsia de vômito, a única coisa que faço é correr para o banheiro. E é ali que eu quase coloco meu coração para fora. Vejo Theo correndo até eu com um olhar de preocupação. Oque será que está acontecendo comigo? Theo é a última coisa que eu vejo é esse é meu último pensamento. Quando eu acordo estou em um quarto de hospital, não vou ficar brava com o Theo, eu estava sentindo dor o suficiente para pedir que me trouxesse aqui.
- Minha princesa? Você acordou que alívio! - Fala. Fiquei tão entretida que nem percebi que ele falou minha princesa. Sinto minhas bochechas queimarem.
- Oii! - Respondo.
- O médico já vai vir te examinar! - Fala ele, como se tivesse uma bola de cristal pois assim que ele termina de falar o médico entra.
- Bom dia! - Fala o médico que pelo que eu vi em seu crachá se chama
Dr. William Tyler.
- Olá Beatrice! - Fala o doutor.
- Olá senhor Tyler! - Falo.
- Que educação a sua! Meu chame só de William! - Diz o Dr. Ty...William.
- Claro Dr. William. - Falo
- Posso examiná-la? - Pergunta é eu confirmo com a cabeça.
- Certo, inspire e expire! - Diz ele colocando o estetoscópio na parte inferior do tronco no meu peito.
- Certo, novamente inspire e expire! - Diz ele agora colocando o objeto na parte inferior do tronco nas minhas costas.
- Muito bem! - Diz ele. - Você poderia me dizer oque está sentindo? - Pergunta ele.
- Claro. Ultimamente sinto muita dor de cabeça, náuseas, perca de apetite e ânsia de vômito. - Falo.
- Certo. - Diz ele. - Que tal fazermos uma ressonância magnética? - Pergunta ele mais afirmando do que perguntando.
- Há algo de errado Doutor? - Pergunta o Theo.
- Bem, eu espero que não! - Diz ele. - Coloque a sua roupa de hospital, estarei te esperando logo ali. - Diz o médico saindo da sala. O Theo ainda fica nela. Mas não me importo, começo a tirar a minha blusa.
- Ah, quer que eu saia? - Diz ele desviando o olhar.
- Não precisa. - Falo.
- Certo, não irei olhar! - Diz ele se virando, eu rio. - Porque estás a rir? - Pergunta ele.
- Nada, é que você é fofo! - Afirmo terminando de colocar minha nova roupa e indo para a frente dele.
- Vamos? - Pergunto apontando para a porta.
- Eh...claro. - Diz ele me seguindo até a porta.
[...]
Assim que a ressonância magnética acabou o médico fala para irmos até a sala dele que ele já chegaria lá. E aqui estou eu cara a cara com o médico de mãos dadas com o Theo para eu não ficar nervosa.
- Betrice... - Começa o doutor.
- Oi. - Falo.
- Na sua ressonância apareceu que você está com um tumor celebral... - Continua ele.
- Oi? - Pergunto com centenas emoções diferentes.
- Você foi diagnosticada com glioblastoma, um tumor celebral! - Afirma ele, tenho vontade de chorar e sair correndo. Mas me esforço para continuar calma. E ele continua.
- Está multiforme, todos aqueles sintomas são da doença...podemos fazer um biópsia, mas não está nada bom...
- Entendi. - Falo tentando parecer calma. Ele me olha confuso e continua.
- Se você fazer a cirurgia terá entre 1 a 2 anos de vida, já sem ela...terá entre 3 a 4 meses...mas mesmo com a cirurgia você corre risco. - Termina ele. Theo olha para mim preocupado e eu só coloco um pequeno sorriso de canto.
- Como assim corro risco? - Pergunto. Ele não responde.
- Quer dizer que eu vou morrer? - Pergunto assustada por dentro e calma por fora.
- Vai. - Diz o médico. Eu...eu vou morrer com ou sem a cirurgia...eu só quero gritar, correr, chorar, fugir...
- Entendi. - Falo.
[...]
Eu e o Theo já saímos do hospital e estamos virando a esquina de casa, o caminho foi silencioso, assim que abro a porta de entrada cookie corre até mim. Eu abaixo e o abraço. Eu começo a chorar. Theo abaixa e me pega no colo, me colocando em cima do balcão, e me abraça. É um abraço sincero, um abraço quente, um abraço que eu não largaria por nada.
- Pequena, chore, chore o quanto quiser na minha frente. Não vinja ser forte na minha frente, seja apenas você! - Diz ele me abraçando mais forte ainda, não o respondo pois o choro piora e começo a soluçar e a tremer.
- Theo...eu...eu vou morrer... - Falo chorando e chorando.
- Meu bem... - Diz ele mas está sem palavras.
- Theo. - Chamo.
- Oi querida. - Diz ele
- Meus pais vão chegar amanhã, você vai ficar do meu lado né? - Pergunto.
- Mas é claro. - Diz ele depositando um beijo na minha testa.
- Agora que eu vou morrer...não vou poder ficar com você... - Falo chorando mais.
- Pequena não fale assim... - Diz ele.
[...]5:00 am
Esse é o horário que eu acordo, Theo está dormindo no meu quarto pois não estava conseguindo dormir sozinha. Daqui 1 hora meus pais vão chegar, eu me levanto e vou para o banheiro tomar um banho desde o momento que eu entro lá eu começo a chorar, lavo o meu cabelo, faço minha skin care, me enrolo na toalha e saio do banheiro, assim que saio de lá ainda estou chorando abro o quando roupa e procuro uma caixinha de remédios, pego um e engulo sem água e nada. Começo a chorar no chão do meu quarto enrolada em uma tolha abafando o som do choro com a mão. Até que eu sinto mãos me pegando e colocando na cama, depois me abraçando e sussurrando no meu ouvido:
- Vai ficar tudo bem! - É a voz do Theo. Ele vai até o meu guarda-roupas e pega um camisa larga, uma calça de moletom e o moletom dele. Que não eu ainda não devolvi e pretendo não devolver.
- Olha só se não é meu moletom. - Diz ele provavelmente tentando me fazer rir. E ele conseguiu, começo a rir.
- Se você acha que vou devolvê-lo pata você, está muito enganado! - Falo.
- Eu já sabia. - Diz ele me entregando a roupa e se virando. - Se troque, não olharei! - Diz. E eu confio. Começo a me trocar e assim que termino dou duas batidinhas nas costas dele.
Eu não falo nada. Ele também não, mas ele me abraça e fala:
- Vai ficar tudo bem! Você é incrível.
Quando ele termina escuto a buzina do carro dos meus pais. Eles chegaram. A guerra começou.
Eu e o Theo descemos as escadas e meus pais a Kat e o Jojo entram pela porta de entrada. Jojo começa a falar mas para quando é atingido por um tapa de Kat. Eles perceberam que não estamos rindo.
- Oque houve? - Pergunta minha mãe.
- É melhor vocês se sentarem. - Falo me sentando em uma das duas banquetas do lado direito do balcão. Theo vem logo atrás de mim se sentando do meu lado. E os outros se sentam nas outras quatro banquesas do lado esquerdo.
Theo pega a minha mão, ele percebe que estou evidentemente nervosa.
- Mãe, pai, Jojo e Kat... - Começo.
- Quando vocês foram viajar os primeiros dias foram normais, até chegar á alguns dias atrás, eu comecei a sentir alguns sintomas como: tontura,dores de cabeça e perca de apetite. Até que eu estava conversando com o Theo e eu corri para o banheiro, eu vomitei e logo depois desmaiei. O Theo ficou preocupado e me levou até o hospital... - Falo dando uma pausa para respirar um pouco.
- O doutor resolveu fazer uma ressonância magnética, e ele descobriu oque eu tinha...eu Beatrice Brooks fui diagnosticada com glioblastoma... - Fali percebendo o olhar confuso dos quatro.
- Eu fui diagnosticada com um tumor celebral multiforme. - Falo percebendo o olhar de choque de todos para mim, minha mãe começa a chorar e meu pai a abraça, eu aperto a mão de Theo e ele acaricia minha coxa.
- Eu só tenho entre 3 a 4 meses de vida. - Falo. É aí que minha mãe desaba.
- Não tem cirurgia? Não dá para você viver?! - Pergunta. Theo olha para mim e eu olho para ele.
- Há cirurgia e tratamentos! - Falo, e minha mãe começa a parar de chorar. Não tenho vontade de falar que vou morrer da mesma maneira, mas tenho que falar.
- Mas mesmo com a cirurgia eu irei morrer...eu teria entre 1 a 2 anos de vida com ela e os tratamentos... - Falo, vendo minha mãe começar a chorar novamente.
- Mãe eu sinto muito...a culpa é minha... - Falo.
- Não filha a culpa não é sua. - Eu sei que ela está mentindo, está evidente nos olhos dela.
Sinto uma dor na minha cabeça, uma dor insuportável, começo a me desequilibrar da banqueta, seguro a mão de Theo.
- Ajuda. Por favor. - Falo. Ele me pega no colo, e de repente estou dentro do carro, minha mãe segurando minha mão do banco da frente, meu pais dirigindo, Theo me segurando, Kat e Jojo estão nos bancos de trás.
Será que eu vou morrer agora. Essa é a morte? Eu não sou nova demis para isso?!
Antes de desmaiar por completo escuto Theo sussurar:
- Non morirai tesoro, fidati di me...
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• Non morirai tesoro, fidati di me [Você não vai morrer querida, confie em mim...]
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Oi gente, sofreram ou foi de boa? Desculpa se você chorou ;(
Mas, pegaram um pouco da referência da doença? Se não, tudo bem, mas se sim que bom!
Se você tiver chorado ou estiver chorando um abraço para você. E saiba não acabou ainda! Há uma longa jornada para eu escrever!
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Mais Que Inimigos?
RomanceBeatrice Brooks é uma jovem brasileira de 16 anos que mora com a sua família em Orlando na Flórida, ela é aquele tipo de garota quieta que não arruma briga com ninguém, ela é a melhor aluna do GD (Garden Davis High School), sendo até mesmo represent...