CAPÍTULO 34

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Beatrice Brooks

Bem, faz uma semana depois do ocorrido meu e do Theo, e durante esse tempo eu venho ajudado o meu irmão a superar o término, mas incrivelmente ele superou rápido, ainda nessa semana enquanto desabafava comigo ele acabou falando que acha que gosta de um menino da nossa escola, e eu fiquei super feliz por ele, só quero que ele seja feliz, e é isso que importa.
Enquanto isso tudo que eu faço me lembra dele, ou seja, do Theo. Sempre que abro o guarda-roupas vejo o seu moletom, sempre que abro a galeria vejo fotos nossas, sempre que olho para meus livros vejo os treze que ele me deu...
Mas para tentar esquecer de tudo isso eu estou lendo...os livros que ele me deu. Em uma semana eu já li cinco.
E eu estou completamente exausta de não conseguir tirá-lo da minha cabeça.
[...]
20 dias, faz 20 dias que estou em casa. E como hoje eu fui ao médico e já me recuperei da cirurgia amanhã vou para a escola. Oque me deixa mal, me deixa mal por ter que ver o Theo e não poder abraçá-lo, não poder beijá-lo, não poder tocá-lo...
Mas enquanto isso eu olho para a minha estante de livros, percebendo que falta apenas um. Me levanto e vou em direção à estante, até tocar no livro, Você ligou para o Sam.
Eu o pego, abrindo-o. Assim que o abro vejo a dedicatória com a letra do Theo, e começo a lê-la, logo que termino eu fico em choque, eu percebo a merda que estou fazendo, e a quem estou machucando. As lágrimas se formam em meus olhos começando a escorrerem.
"Mio piccolo, eu te amo, eu te amo! Eu sempre vou te amar, para mim nunca vai importar se você tem uma doença que pode te matar, não importa se você tem que tomar remédios, não importa se temos pouco tempo ,nada disso importa princesa, porque eu quero viver o tempo que nos resta com você, você Beatrice. Então por favor não me deixe."
Todo esse tempo em que eu estive "protegendo" o Theo, eu só estava magoando ele, eu estava tentando me convencer de que não o amava para eu não sofrer, magoando-o.
Várias emoções tomam conta de mim, sinto as lágrimas escorrerem, minhas mãos tremerem e derrubarem o livro que estava sobre elas.
E eu preciso resolver isso, eu preciso ver o Theo. Agora.
Saio do meu quarto correndo, desço as escadas dando de cara com o Jojo.
- Minha bebezinha? Oque aconteceu? - pergunta.
- Eu preciso ver o Theo.
Ele me olhar com um olhar compreensivo e preocupado.
- Aconteceu algo? - começa. - Esquece, vai lá, toma cuidado. Se a mamãe ou o papai perguntarem eu falo que você precisa resolver um problema de vida ou morte. - Diz ele dando um beijo na minha bochecha.
- Obrigada meu Jojo, te amo. - Grito saindo de casa e pegando a minha bicicleta. Pedalando sem parar, até que no meio do caminho eu perco o meu equilíbrio caindo igual uma batata no chão, olho para a bicicleta caída e para os meus joelhos ralados, mais lágrimas se formam nos meus olhos, mas meus pensamentos voltam a realidade. Eu tenho que falar que eu o amo! Me levanto sentando-me na bicicleta e agora sim, pedalando sem parar até chegar a casa do Theo
Quando chego na casa dele minha respiração está ofegante, meus olhos embaçados por conta das lágrimas que não param de sair e os meus joelhos ardem.
Tomo coragem e toco a campainha, aguardando ansiosamente ela ser aberta. Quando finalmente porta é aberta me deparo com a imagem do Sr.Jones.
- Olá Brooks! Minha nossa oque aconteceu com você? - pergunta assustado olhando para mim dos pés a cabeça. - Quer entrar?
- Não senhor, mas muito obrigada! Eu preciso falar com o Theo.
Ele assente com a cabeça e vai até a cozinha.
- Meu filho, a sua namorada quer falar com você! Ela parece...bem mal - fico surpresa com o termo "namorada" que acabo me distraindo e nem percebendo quando o Theo vem para fora e fecha a porta, porém agora que eu comecei a prestar mais atenção nele me encarando percebo o quão afetado está.
- Theo...
- Oi - ele me responde em um tom frio.
- Eu vim aqui porque... - tento achar as palavras. - porque eu fui uma idiota.
Ele ficar surpreso, parece mais interessado no que eu tenho a falar.
- Eu menti...
- Mentiu? - pergunta confuso.
- Sim, eu menti. Eu não te beijei por dó. Eu realmente queria te beijar, queria te abraçar, eu realmente queria e quero. - paro para recuperar meu fôlego, e ele não me interrompe.
- Não estou pedindo para você me desculpar ou algo assim. Eu vim aqui para falar que eu te amo! Eu te amo.
Eu fui uma idiota de ter falado tudo aquilo, mas na minha cabeça eu só estava te protegendo, me protegendo. Mas na verdade eu só estava te destruindo. - paro novamente, percebendo seu olhar em mim, um olhar de saudades.
- Theo, eu sinto muito por ter sido uma idiota. Mas eu te amo e sempre vou te amar. E agora é pra valer! - termino deixando apenas o completo silêncio sobre nós.
Até que, rapidamente o Theo vem a minha frente deixando nós com menos de 5 centímetros de distância.
- Beatrice Brooks...eu também te amo, e sempre vou te amar! - diz olhando nos meus olhos.
- E é agora que eu pergunto: "- Posso te beijar?". - pergunta.
Sinto a minha respiração acelerar, eu estava esperando por isso, eu quero isso.
- Não precisa perguntar - respondo.
Ele se inclina na minha direção, tocando dos nossos lábios, sinto o seu gosto de menta. Ele leva suas mãos para a minha cintura. Enquanto meus dedos estão afundados em seus cabelos. Esse é o beijo perfeito.
Eu o puxo para mais perto deixando nossos corpos colados. Pele contra pele e lábios conta lábios.
Ele me beija desesperadamente como se estivesse com medo de me perder, como se eu fosse abandoná-lo. E eu sei que isso jamais vai acontecer.
O beijo acaba e estamos sem fôlego.
- Mio piccolo...
- Oi.
- Eu te amo. - diz por fim.
- Theo...eu também te amo.
Ele beija minha testa carinhosamente e me envolve em um abraço quente e reconfortante. Eu o amo. E eu prometo não abandoná-lo nunca mais.

Fim

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