Beatrice Brooks
Hoje é oficialmenteo meu segundo dia de namoro! A doença por enquanto não está dando nem um "Oi", sinal de que eu não estou sentindo dor.
Bem agora eu e o Th...meu namorado, estamos no corredor da escola nos despedindo já que não teremos aula juntos.
- Tchau mio piccolo lettore. - Diz ele.
- Tchau. - Falo.
Nos afastamos, decidimos que por agora não iremos deixar nosso relacionamento aberto, vamos esperar um pouco.
Estou a caminho da aula de História, assim que acho a sala entro procurando o "meu lugar". Mais especificamente onde eu sempre sento, hoje infelizmente na primeira aula não tenho aula com ninguém que eu fale diariamente.
O professor de história entra pela porta.
- Bom dia classe! - Diz ele.
- Bom dia Mrs. Bruce! - Respondemos ele.
Ele coloca suas coisas na mesa e começa dar aula, temos duas aulas seguidas dele, então será uma longa jornada.
Estou fazendo minha atividade mas estou muito encomodada, sinto olhos queimando em mim, resolvo finalmente olhar ao redor, é o Barry. Ele está fitando meu anel de namoro com um olhar colérico...ele já sabe...porque ele tem que ser tao esperto? Merda...
Termino a atividade e levo para o professor, ele parabeniza por ter sido a primeira a terminar e a acertar tudo, agradeço o elogio e me sento novamente, ele parece de bom humor!
- Classe! Graças a Beatrice estou de bom humor, podem ir beber água e ir ao banheiro. - Diz ele, todos olham para mim e me agradecem.
Assim que todos se levantam eu percebi a merda que eu fiz...o Barry vai querer falar comigo, eu olho para ele mas ele já estava me olhando, e a única coisa quem vem a mente é: correr para o banheiro feminino.
Entro lá e me tranco tentando recuperar o meu fôlego, meda porque eu fui correr? Agora eu estou tonta, vou até a pia e jogo água em meu rosto, fecho meus olhos e espero um pouco. Nossa muito melhor! Tomo coragem e saio do banheiro, Barry está do lado de fora me esperando.
- No meio da próxima aula peça para ir no banheiro! Fale que está passando mal ou algo assim! Me entre no quartinho proibido! - Diz ele. Sei que isso foi uma ordem oque me deixa com medo. Assento com a cabeça e vou direto para a sala, essa aula passou rápido demais, assim que percebo o sinal já bateu á trinta minutos e Barry saiu da sala, é sinal para eu ir também. Me preparo para o meu mini teatro...
- Professor... - Começo.
- Sim, Brooks? - Diz ele
- Eu não estou me sentindo muito bem! Será que eu posso ir ao banheiro?! - Pergunto.
- Mais é claro! Se precisar de ajuda é só chamar! - Diz ele parecendo preocupado. Eu saio da sala e vou o mais rápido possível para o quartinho proibido...aquele lugar me dá calafrios.
Assim que chego lá a porta está levemente entreaberta, abro o resto e entro, está tudo escuro, mas não ouso fazer nada, só faço uma única coisa.
- Barry? Você está aqui? - Pergunto, a luz ascende do nada é eu me viro para trás. E ali está ele com aquele olhar que dá medo, aquele mesmo olhar que ele olhava quando eu tinha apenas 14 anos...
- Meu amor...como você pode começar a namorar aquele mesquinho? - Pergunta ele colocando as suas mãos em minha cintura...trauma...
Resolvo ser direta e clara com ele, nem que aconteça algo comigo, eu não me importo, não vou mentir sobre o amor que eu sinto pelo Theo, e de que adianta sendo que eu vou morrer mesmo?
- Porque eu quis! Porque ele não é imprestável igual você! Porque eu o amo! - Falo por fim.
Ele parte para cima de mim, a partir desse momento só sinto dores. São chutes na costela, socos no meu maxilar e chutes nas minhas pernas. Tento levantar mas sou atingida por mais chutes, começo a chorar de desespero e de dor.
Já deve fazer um longo tempo que ele está me batendo, pois ele confere o relógio fica assustado com oque vê e sai correndo, aquele idiota filho da mãe.
Tento me levantar mas caio novamente no chão sem força nenhuma. Começo a chorar mais ainda, porque tem que doer tanto? Me forço a levantar e ir até a sala de aula, assim que entro no corredor agradeço não ter ninguém, eu provavelmente estou com a aparência horrível, não que já não seja, mas está bem pior.
Chego na minha sala até três antes de pedir licença e desculpas pela demora.
1...2...3...é agora!
- Com licença, desculpe-me pela demora professor, eu passei muito mal. - Falo entrando na sala.
- Sem problemas, você melhor... - Ele não termina oque iria falar, pois assim que olha em minha direção fica assustado, eu sei que estou feia, mas será que está tão ruim assim? Acho que minha pergunta já foi respondida, além da dor e do cheiro de sangue paira no ar, vejo olhares assustados em minha direção.
Sento-me na minha cadeira e abro a câmera do meu celular quando eu me vejo...começo a chorar, a dor começa a bater, as pessoas começam a falar, pessoas começam a se juntar, o sinal bate e minha cabeça dói, não é uma dor qualquer, é uma dor insuportável, eu começo a chorar mais e mais, tentando inalar ar de meus pulmões mas tem muitas pessoas em cima de mim. Me abaixo e pego minha caixa de remédios e coloco dois sobre a minha boca e os engulo com água. Tento inalar o máximo de ar possível, mesmo sendo complicado. Até que eu escuto a multidão se calar e um caminho se abrir.
- É o Theo! - Escuto uma voz antes do silêncio. Ele veio, finalmente alguém para me ajudar.
- Pequena? Oque aconteceu? - Pergunta. Ele vem em minha direção e me coloca em cima da mesa. Mas antes de eu começar a falar e briga com todos ao nosso redor.
- Será que dá para você saírem da merda da sala ou não estão percebendo que ela está mal? - Diz ele irritado e todos saem da sala, mas ainda consigo ouvir eles pela parede que nos separa.
- Pequena quem foi o imbecil que fez essa merda com vo... - Ele não termina, ele já sabe quem foi.
- Foi o Barry né?! - Pergunta, é eu só assisto com a cabeça.
- Eu vou matar aquele desgraçado! - Diz ele.
Porém sinto uma dor insuportável na minha cabeça é eu tenho certeza que é por conta da doença.
- Theo... - começo sentindo aquela ânsia na garganta.
- Oi.
- Me leva ao hospital...por favor.
Ele não diz nada, apenas me pega no colo e saia da sala, assim que atravessamos a porta escuto cochichos baixos sobre nós, e isso está me deixando no momento um tanto quanto desconfortável, não só pelas minha dores, mas por estar com medo.
- Theo...será que você consegue mandar todos pararem de falar de nós? Eu realmente não estou bem. - Peço para ele. Ele me olha e se vira para a "multidão".
- Gente, atenção! - começa. - Mio piccolo lettore está com dor e está muito mal! Será que vocês poderiam colaborar e parar de falar sobre nós e sobre ela? Prometo que amanhã eu justifico tudo. - Termina ele e todos que estavam lá
- quase a escola inteira - o aplaudem.
Agora eu tenho certeza em que escolhi o menino certo.
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Ooi gente, gostaram do capítulo de hoje? Demorei mas entreguei :)
Hoje escrevi ele com 1200 palavras para recompensar!
Beijão da Bia ♡
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Mais Que Inimigos?
RomanceBeatrice Brooks é uma jovem brasileira de 16 anos que mora com a sua família em Orlando na Flórida, ela é aquele tipo de garota quieta que não arruma briga com ninguém, ela é a melhor aluna do GD (Garden Davis High School), sendo até mesmo represent...