CAPÍTULO 25

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Beatrice Brooks

...oque ela faz aqui?! Estou em choque, não é possível que isso está realmente acontecendo, não é possível...
- Oque você faz aqui?! - Pergunto.
- Oque você acha? Eu e o Theozinho voltamos! - Diz ela rindo da minha cara.
- Vocês...voltaram? - Eu não sei oque fazer, será que eu grito com ela, será que eu corro para casa ou será que eu só sento e choro?
- Cadê o Theo? - Pergunto. - Quero falar com ele não com você. - Falo tentando não parecer abalada.
- Ah, o Theo? Ele foi no mercado comprar algumas coisas para a janta. Eu acho melhor você voltar outro dia. - Diz ela fazendo um sinal para eu sair dali. Não quero obedecê-la, só faço isso pois quero chorar, e ela não pode me ver chorar.
Pego a minha bicicleta e saio pedalando o mais rápido que eu posso dali. Isso só pode ser um pesadelo, olho o relógio 18:20. Mamãe e papai ainda não chegaram, isso me deixa aliviada. Estacionou minha bicicleta na garagem e subo as escadas chorando, assim que estou no corredor dou de cara com o meu irmão.
- Bebe? - Pergunta ele. - Oque houve? Não quero que ele me veja chorar, fecho a porta na cara dele, mas me arrependo logo em seguida.
- Bebe meu amor oque houve? - Pergunta. Eu não respondo. Estou chorando demais para conseguir responder. Sinto meu coração começar a bater mais rápido. Merda. Merda. Merda. Merda. De novo não...
Minhas mãos tremem, não consigo me controlar, foco na minha respiração. "1 e 2 e 3 e 4". "1 e 2 e 3 e 4". "1 e 2 e 3 e 4"...
Repito mas cada vez fica pior. Então é isso que a ansiedade pode fazer com nós?
Abro o meu guarda-roupas e procuro minha caixinha de remédios. Tomo 2 calmantes. Me sento no chão apoiando minhas costas na porta, sinto o corpo quente de Jojo também encostado sobre ela.
- Bebe? Está tudo bem aí? - Pergunta ele. Eu não respondo. Bato apenas duas vezes na porta para simbolizar que eu estou ali.
- Minha pequena abra a porta para mim. - Diz ele me fazendo chorar mais.
Faz um hora. Uma hora que parece uma eternidade. Ainda estou sentada no chão do meu quarto chorando, soluçando e tremendo. Jojo tenta falar comigo mas não respondo, até que sinto seus passo para longe e depois ele voltando para a minha porta.
A chave reserva. Eu tinha me esquecido dela. Sinto a chave girar, a porta destrancar e o Jojo abri-la. Assim que ele me vê vai correndo até mim.
- Bebe oque a onteceu? - Pergunta. Eu não consigo responder. Só começo a chorar mais e o abraço.
- Vai ficar tudo bem Bebe. - Diz ele.
- Jojo... - Começo.
- Oi.
- Eu o amo. Eu o amo de verdade! Mas porque tem que ser tão difícil? Porque eu tenho que morrer? Porque ele mentiu para mim? Porque eu me encontrei com a "ex" dele na casa dele? Porque ele tem que ser seu melhor amigo? Porque... - Não termino, não preciso terminar. Eu começo a chorar mais. Ele me abraça.
- Minha Bebe. É o Theo né? - Pergunta ele.
- Sim...desculpa maninho. Eu gosto dele, eu realmente gosto dele. Mas eu sei que ele é o seu melhor amigo e não quero estragar a sua amizade. - Falo chorando mais e mais.
- Não. Não é não! Bebe pense mais em você! Ele é sim meu melhor amigo, mas não me importo dele ser meu cunhado também, não me importo se você o ama. A única coisa que realmente importa é você. Você ser feliz. Você estar com quem você ama de verdade. - Diz ele me deixando emocionada e orgulhosa.
- Ah, Jojo... - Falo chorando mais.
- Mas...ele voltou com a ex. Ele voltou com a Tifanny. Ele voltou com ela mesmo prometendo me esperar... - Falo.
- Bebe... - Diz ele me abraçando.
- Jojo, porque eu tenho que ficar sofrendo? Porque se for para morrer porque eu não morro logo? - Falo chorando e chorando.
- Bebe não fale assim. - Fala ele. - Eu conheço uma pessoa que ficaria super triste se visse você chorando assim! - Diz ele.
- Quem? - Pergunto. Logo depois da minha pergunta a porta é pelo...
- Theo? - Pergunta surpresa e triste.
- Maninho, como você pode deixá-lo entrar aqui? Ele...ele mentiu para mim... - Meu coração volta a bater mais rápido. Merda. Merda. Merda. Merda. Agora não.
Minhas mãos voltam a tremer e eu volto a respirar com dificuldade. Minha visão está embaçada e sinto uma dor insuportável na minha cabeça. Glioblastoma. Essa dor na minha cabeça é um sintoma...
- Be? - Pergunta Theo, que provavelmente está ajoelhado ao meu lado. Não consigo falar muita coisa pois estou focando em respirar.
- Meu remédio...guarda-roupas! - Falo o mais alto que eu consigo. Sinto algum do dois ir lá e pegá-lo. Ajoelhando novamente ao meu lado.
- Dá...me dá 2! - Falo.
- 2? - Pergunta o Jojo.
- Só me dá a merda do remédio! - Falo pegando o remédio e engolido sem água mesmo. Faz 30 minutos que estamos sentados no chão sem falar nada.
- Oque você quer? - Pergunto para o Theo.
- Eu quero me explicar. - Diz.
- Você não precisa se explicar. A Tifanny já me falou. - Falo.
- Por isso mesmo. Ela só disse merda para você, era tudo mentira. - Diz ele.
- Oi? Como assim? Não me diz que vocês estão juntos faz tempo. - Falo.
- Não! Nós realmente terminamos. - Diz ele.
- Eu desbri que ela estava lá em casa agora a pouco quando eu cheguei lá. Ela disse ao meu pai e a minha mãe...minha madrasta que havíamos reatado. Eu fiquei muito bravo e disse a eles eu a pessoa que eu gosto é você Beatrice. - Diz ele me deixando chocada.
- Tudo oque a Tifanny falou é mentira. Eu ainda não tinha chegado em casa pois tinha ido comprar isso... - Diz ele mostrando um buquê de rosas vermelhas. Ele vem na minha direção e se ajoelha na minha frente.
- Um buquê de rosas vermelhas! - Diz ele.
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E aí meu povo tudo bom? Sumi e apareci de novo. Gostaram do capítulo de hoje?

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