CAPÍTULO 28

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Beatrice Brooks

Aqui estou eu no hospital, porque o exagerado do meu namorado acha que é algo sério, até eu descobrir que é classificamente sério. Durante esses últimos dez minutos o médico não para de como a situação é grave e eu poderia ter morrido, e que o meu tumor cresceu mais e tenho que fazer a cirurgia logo.
Eu acabei descobrindo que estou com uma costela quase fraturada, um braço e uma perna trincados, uma clavícula deslocada, dois olhos rochos e um maxilar super inchado. - é, eu estou em uma situação um tanto quanto horrível.
Nunca fiquei nesse estado, ao ponto de receber um atestado médico de dois meses...merda. - até lá já vou ter ido de americanas mesmo - tá bom parei.
O médico me avisa para eu falar para os meus pais que está perto do dia 13 e é melhor nos prepararmos, na verdade, eu já estou preparada. Na verdade bem mais do que eu imaginava.
Assim que saímos do hospital vamos direto para a delegacia, fazer um coisa um tanto quanto óbvia. Logo quando entramos lá sinto um cheiro horrível que me dá ânsia de vômito. Chegamos mais perto do balcão e o Theo cumprimenta.
- Olá, bom dia! - Começa completamente impaciente.
- Olá, bom dia! Como posso ajudar? - Pergunta a moça do balcão que parece ter aproximadamente uns quarenta e poucos anos de idade, pois está evidente os pequenos fios brancos surgindo em seus cabelos médios e castanhos. Ela é bonita, percebo também suas olheiras oque quer dizer que não dormiu direito - porque eu estou reparando em uma adulta? - me pego pensando nisso após um tempo.
- Nós queríamos fazer uma denúncia de abuso e violência. - Diz o Theo aparentemente tentando parecer alguém maduro. A moça arruma a postura, olhas para mim e lança um olhar de: "sinto muito pelo oque passou" e eu lanço a ela um de: "sem problemas".
- Oh, qual o nome da pessoa no qual querem denunciar? - Pergunta.
- Barry. - Começo. - Barry Hall. - Termino lembrando de falar o nome inteiro.
[...]
Já faz aproximadamente uma semana que não vou a escola, e ouvi falar que Barry também não está indo. Ainda não sabemos oque aconteceu com ele, mas a polícia ainda está o procurando, descobrimos que eu não era a única pessoa - mulher - que ele fazia merda.
Mas isso já passou, neste momento estou relaxando no ombro do meu namorado na sala de TV. Meu tempo pode até estar acabando, mas, pelo menos ele está acabando com a companhia de uma ótima pessoa, como também, de ótimos livros.
Estou feliz de passar um tempo sem me preocupar com muita coisa, fora, o pensamento de que eu posso morrer a qualquer momento. Uma hora ou outra alguém acaba indo na cozinha buscar um remédio para mim, pois, estou com dores mortais, literalmente. Só hoje eu tive que tomar umas duas ou três vezes remédios para me ajudar a dormir para não me entupir de remédios, se não, daqui a pouco eu morro por conta deles e não pela doença.
Meu médico me falou que não posso tomar muitos remédios também, e que é melhor fazer a cirurgia logo. Mas ultimamente eu ando ignorando tudo, até mesmo a doença.
[...]
Eu realmente não quis cumprir todo aquele tempo do atestado, aqui estou eu, na escola. Faz uma semana e meia desde o ocorrido, e não conseguiram achá-lo ainda.
Estou na aula de ciências agora, até que, meu telefone começa a tocar. Eu recuso a chamada até ele tocar novamente - quem será?
- Ah, desculpa professor, eu posso atender essa ligação? Parece ser importante. - Pergunto apontando para fora da sala.
- Claro, mas não demore!
Saio da sala e atendo a ligação.
- Olá, bom dia! Estou falando com a Beatrice Brooks? - Pergunta um voz que aparentemente é moça a qual eu não reconheço.
- Oi, sim sou eu.
- Gostaríamos de informá-la que Barry Hall a pessoa na qual você denunciou acabou de ser pega e está aqui na delegacia. - quando ela fala sinto meus ombros relaxarem e um certa alegria subir no meu peito.
- Sério? - Pergunto ainda com uma certa dúvida, mas escuto risadas na ligação, será que é trote? Mas quem será?
- Hahaha, sua idiota caiu direitinho. - depois disso reconheço a voz da pessoa...é a Tifanny!
- Tifanny oque você tem na cabeça? - Pergunto, mas ninguém me responde, espero alguns minutos até perceber que agora quem fala é o Barry.
- Oi linda! Estava com saudade? - Pergunta, assim que escuto sua voz fico mais nervosa.
- OQUE VOCÊ QUER? ME DEIXA EM PAZ... - Falo começando a chorar, sento-me no chão, estou nervosa demais, tento respirar mas é difícil.
- Nada não só queria deixa um recado... - começa.
- "Eu vou atrás de você, e você vai ter oque merece!" - Fala desligando a ligação.
Estou assustada, minha visão está embaçada e minha respiração ofegante.
- Eu...eu..eu preciso do Theo...
Sinto uma pontada na minha cabeça e ela começa a rodar, a dor começa a se espalhar. Me levanto do chão com dificuldade e entro na sala, todos olham para mim com um olhar preocupado, mas o que parece mais preocupado é o Theo.
- Pequena? - começa a falar, tentando me equilibrar.
- Oque aconteceu? - sinto olhares e fico mais nervosa.
- Me dá...meu remédio...por favor... - Falo caindo no chão.
Não escuto e não vejo mais nada depois disso, será que essa seria a morte?
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Demorei né?! Mas prometo que erou planejando muitas coisas, só que tenho que esperar as provas acabarem.
Ass: Bia

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