CAPÍTULO 12

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Beatrice Brooks

...Oi? Você oque?!
- Foi oque você ouviu seu surdo! - Falo porque não é possível que ele seja tão surdo assim!
- Mas...tem certeza?! - Pergunta ele, oque já está tirando a paciência que eu não tenho
- Velho eu já disse que sim! - Falo
- Tá, eu vou! - Diz ele começando a pegar seu travesseiro e sua coberta. Subimos as escadas na direção do quarto, assim que entramos nele ele puxa um colchão debaixo da cama e coloca ele ao lado.
- Oque você está fazendo?! - Pergunto desentendida
- Oque você acha?! Arrumando o colchão para eu dormir. - Diz ele oque me deixa surpresa, se ele vai dormir aqui ele com certeza não vai dormir no chão, ainda mais hoje que está frio!
- Theo...pode dormir aqui na cama! - Falo, mesmo sabendo que a cama é dele
- Oi?! Você não vai ficar encomodada? - Pergunta ele surpreso
- Se eu estou falando é porque está tudo bem! Pode vir. - Digo tentando manter a calma
- Beleza! - Diz ele colocando o colchão para baixo da cama novamente e pulando para cima dela, ele deita do meu lado e agora estamos frente a frente! Nós nos entre olhamos e quando percebemos desviamos o olhar, acabo me virando mas ele não, sinto seu olhar queimar nas minhas costas como sua respiração também. Não sei porque mas sinto meu coração dar uma leve acelerada (deve ser de medo), certeza já que não faz muito tempo que tive uma crise... Faz literalmente 1 hora que eu ainda estou acordada, não sei qual é o motivo mas eu não consigo dormir, então resolvo ver se o Theo está acordado.
- Theo? - Pergunto baixo o suficiente para que ele consiga escutar
- Oi. - Diz ele baixo também, ainda bem que ele está acordado não queria ficar sozinha.
- Não está conseguindo dormir também? - Pergunto
- Sim! - Afirma ele
- Quer fazer alguma coisa? - Pergunto me levantando
- Hmm...pode ser! - Diz ele se levantando também
- Vamos assistir alguma coisa de novo? - Pergunto esperando que ele diga sim
- Pode ser, mas oque? - Pergunta ele indo pegar o controle da TV
- Hmm... - Eu tenho uma ideia mas tenho medo de que ele não goste
- Quer assistir algum...dorama? - Pergunto ainda meio insegura
- Você gosta?! Que legal vamos! - Diz ele
- Ebaa! - Digo animada
- Mas qual vamos assistir? - Pergunto indecisa
- Já assistiu Amor rural? - Pergunta ele
- Sim! É muito bom! Vamos assistir ele de novo? - Pergunto
- Sim velho é muito bom! Claro, porque não. - Diz ele abrindo na Netflix e colocando, mas ele pausa.
- Que tal irmos pegar algumas coisas para comer?! - Ela dá a  ideia, eu gostaria, eu realmente gostaria mas...
- Eu acho melhor nã... - Antes que eu possa terminar ele me interrompe
- Pequena... - Diz ele se sentando na minha frente e pegando as minhas mãos.
- Você é linda! Do seu jeito. - Diz ele fazendo escapar uma lágrima, como ele sabe? Também não sei mas é bom
- Você é você, tu és linda! Seu corpo é lindo do jeitinho que ele é! Não a nada que mudar em você. - Quando ele fala isso foi a gota d'água, eu não consegui conter as lágrimas.
- Eu te entendo, mas cobrar de si mesma não vai ajudar, você tem que saber se por no seu lugar e pensar: eu posso, eu consigo, eu sou capaz! Pois ficar se comprando acaba que não ajuda de nada, mas oque podemos fazer é reparar no problema e pensar: Eu sou forte, e não mereço estar passando por isso! Você é perfeita do seu jeitinho, parar de comer pode aliviar mas depois só vai piorar amor, eu posso reparar! Se os outros te chamam de feia, de gorda, que chamem é só inveja! Tem muitas garotas que querem ser vc princesa! - Diz ele me abraçando me deixando grata e surpresa ao mesmo tempo
- Agora vamos fazer algumas coisinhas para comer? - Pergunta ele
- Sim! E obrigada Theo! - Digo
- Não foi nada pequena! Diz ele, tudo que ele disse foi perfeito, ele me fez pensar melhor e me fez ver ele de uma maneira melhor também! Saímos do quarto e fomos em direção da cozinha, ele estoura a pipoca já que eu não sei, e eu vou pegando chocolate e tônica.
- Be, vê se tem sorvete no freezer! - Diz ele
- Tá! - Falo indo ver, assim que abro percebo que não tem
- Poxa...não tem! - Falo desanimada, ele percebe minha expressão e fala:
- Vamos lá comprar! Uma noite de maratonar dorama sem sorvete não é uma noite de maratona dorama! - Diz ele me deixando surpresa
- Mas...tem lugar aberto a essa hora? - Pergunto
- Tem! Há um mercadinho aqui na rua que é 24 horas. - Fala ele pegando a carteira e colocando no bolso da calça, ele vai na direção da sapateira e coloca seu crocs sigo ele e coloco meu tênis no qual eu vim. Ele pega um moletom que estava pendurado e coloca, eu só pego meu celular mesmo.
- Pequena você não vai ficar com frio não?! - Pergunta ele, talvez eu fique mas como não estou na minha casa...
- Não, pode deixar! - Falo
- Então tá bom! - Diz ele abrindo a porta deixando eu passar primeiro para depois ele passar, logo depois que ele passa ele tranca a porta e coloca a chave no  bolso. Durante o caminho foi silencioso, e eu não gosto de silêncio então resolvo brincar com ele!
- Theo! Tá com você. - Falo começando a correr
- Oque? Não vale assim! - Diz ele começando a correr atrás de mim, e ele chega mais rápido do que eu imaginava, a criatura parece até o flash! Ele coloca suas mãos na minha cintura e me pega colocando no seu ombro.
- Peguei você! - Diz ele
- Ah...assim não vale! Me solta. - Falo me debatendo. E ele me obedece, mais que pau mandado ele é.
[...]
Finalmente chegamos no mercadinho que fica LÁ NO BRASIL! Velho que mercadinho longe do caramba! Fica literalmente 10 minutos da casa dele (SIM, 10 MINUTOS!). Assim que chegamos lá eu já disse:
- Eu quero de chocolate, não eu quero de baunilha, não...eu quero de leite ninho com chocolat...
- Caraca velho escolhe um! - Diz ele.
- Tá eu vou querer de... - Enrolo só para irritar ele
- BAUNILHA! - Falamos juntos
- Pronto vai ser baunilha! - Fala ele pegando o sorvete
- Quer mais alguma coisa? - Pergunta ele
- Não, obrigada! - Falo, seguimos para o caixa e ele paga, pego a sacola e saio saltitando porém a cega aqui não viu o bendito do degrau e caiu!
- Aí, caraca quem coloca um degrau aqui? - Digo choramingando
- A pessoa que colocou o degrau aí! - Diz ele com ironismo
- Ah, sério?! Me ajuda a levantar seu chato! - Falo, ele vai até lá e me ajuda mas minha perna dói.
- Aí, cuidado tá doendo! - Digo tentando anda e só conseguindo mancar.
- Você está bem? - Pergunta ele
- Eu pareço bem para você?! - Pergunto
- Eh...não! Enfim...você não vai conseguir andar né?! - Pergunta ele
- Pelo visto não né! - Falo
- Hmm...sobe aqui nas minha costas! - Diz ele se abaixando
- Você é louco? Vai me carregar até sua casa nas costas?! - Pergunto
- Sim! Sobe logo, aqui você não pode ficar. - Fala ele
- Mas... - Tento falar mas sou interrompida
- Sem mais pequena só sobe! - Diz ele, e como ele mandou eu obedeço já que não vai dar para ir mancando até até casa dele.
- Eu sou pesada não sou?! - Pergunto a ele
- Que nada! Quanto você pesa ein?!
- Eh...49,5! Porque? - Pergunto
- Caraca você é mais leve doque a Tifanny! - Diz ele oque me deixa surpresa
- Oque? Quanto ela pesa? Me fala! Me fala! - Digo toda animada
- Você não precisa saber! - Diz ele me provocando
- Fala logo! - Insisto
- Não vou! - Fala ele
- Seu chato! - Afirmo
- Você que é uma chata! - Rebate ele, dando a obrigação de dar um soco nas costas dele.
- Aí, velho! - Diz ele
- Mereceu! - Falo, começando a rir porém quando eu estava prestes a dizer alguma coisa sinto um pingo cair sobre meu braço.
- Theo, vai chover! - Falo, sentindo o garoa começar
- Puts bem agora. - Diz ele, a chuva começa a engrossar.
- Theo deixa eu descer! Vou andando, você não pode me carregar na chuva! - Falo
- Que nada! - Diz ele me mantendo firme em suas costas, deixando impossível de sair então acabo cedendo. Porém quando estamos perto da casa dele resolvo fazer uma brincadeira.
- Theo! - Falo alto para que ele escute
- Oi? - Pergunta ele
- Me solta! - Falo
- Porque? - Pergunta de novo
- Só me solta! - Digo e ele obedece, vou no meio da rua e começo a dançar.
- Sua louca! Sai da rua! - Diz ele rindo
- Eu não! Vem dançar. - Falo puxando ele pelos braços
- Só você mesmo para me fazer dançar na chuva! - Afirma ele
- Lógico! - Falo, sendo puxada por ele para uma valsa
- Você sabe dançar valsa né?! - Pergunta ele
- Lógico que sei! - Afirmo, começando a pegar o ritmo.
Mas em algum momento acabamos nos perdendo e estávamos perto demais, até que ele solta um:
- Eu estou com muita vontade de te beijar agora!
- E mesmo te odiando, eu quero a mesma coisa! - Afirmo

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