✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||

Talvez amanhã

Leitora/Dean Winchester

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Bati a porta do carro e caminhei em direção ao bar de estrada. Melanie, minha parceira de caçada, me acompanhou até o interior do bar e logo que entramos ela se dirigiu até o balcão para fazer o pedido das nossas bebidas. Eu fui até uma mesa e me sentei, dei uma olhada em volta e não vi nada de novidade: É um bar de estrada em Dallas. Tudo o que tem aqui, eu já vi em outros 100 bares.
Estava bem animado, era perto da meia-noite e quem já estava bêbado fazia a festa, principalmente no touro mecânico.

Melanie voltou trazendo a bebida. Ela estava animada e orgulhosa devido a última caçada bem sucedida.
- Qual das duas fica com o quarto essa noite?
Perguntou, seus olhos rodavam o salão como os de um gavião procurando sua presa. Eu ri.
- Boa sorte em encontrar algo bom por aqui - Falei indicando os caras a nossa volta, nenhum que realmente fizesse nosso tipo.
Ouvimos uns barulhos estranhos no palco, um eco de microfone... imediatamente eu revirei meus olhos, já sabendo de que se tratava. Eu estava de costas para o palco do bar, mas tenho certeza de que essa confusão se trata de algum bêbado que decidiu inaugurar o karaokê. Melanie está sorrindo enquanto encara fixamente algo atrás de mim.
- O que foi?
Perguntei. Ela indicou com o queixo:
- Acabei de encontrar.
Revirei os olhos, mas antes que me virasse em direção ao palco, ouvi algo que não ouvia há algum tempo.

A música começou tão rápido, e a voz dele me atingiu como um soco. Imediatamente eu me virei em direção ao palco e o vi.
- E você achando que ninguém aqui valia a pena.
Melanie riu ao meu lado. Eu não respondi, não consegui, estava engasgada.
- E ainda canta bem... que musica é essa? Acho que nunca ouvi antes.
Me voltei para a mesa e bebi todo o líquido do copo a minha frente de uma vez só.
- Você está bem?
Ela pergunta.
- Claro.
Afirmo, meio engasgada aínda. Me virei novamente para o palco, o loiro ainda cantava encima dele. Ele estava tão bêbado, afinal, eu tenho certeza que ele jamais faria algo assim estando sóbrio. Ainda assim sua voz é a mesma, tão rouca e forte, faz subir arrepios por minha espinha.

- Acho que ele já ta terminando... vou falar com ele.
Eu segurei sua mão.
- Espera... - Eu a impedi.- Você... não é legal. Ele parece estar muito bêbado mesmo, eu não acho que você queira...
- Olha para ele, S/n - Ela ri e morde o lábio inferior observando-o de longe.- Definitivamente vale o esforço.
Dean parou de cantar e tropeçou para fora do palco. Melanie se levantou e foi em sua direção, eu também me levantei, nem sei exatamente o motivo. Ela se aproximou dele e falou com ele, Dean inicialmente sorriu, ah sim... esse sorriso eu conheço muito bem. Então ela tocou o braço dele em sinal de flerte, Dean chegou mais perto...
Então ele parou.
Ele parou e seus olhos grudaram em mim. Dean se afastou de Melanie e começou a caminhar em minha direção.
- S/n?
Perguntou, como se quisesse ter certeza de que eu não era só um delírio que o álcool criou em sua mente.
- Dean - Respondi. Minha boca repentinamente seca.
Ele deu outro passo em minha direção e então caiu de cara no chão, bem na minha frente.
- Droga.
Praguejei enquanto ia até ele.- Me ajuda!
Melanie se aproximou e me ajudou a levantar ele do chão.
- O que foi isso, S/n?
- Tivemos um rolo, é isso - Resmunguei.- Agora me ajuda a tirar ele daqui.

Deixamos o bar, no estacionamento eu olhei em volta mas não achei o Impala preto 67 dele. Sam também não estava por perto. Isso é tão estranho, esses dois nunca se separam.
Nós o carregamos até o meu carro e o colocámos no banco do carona.
— Eu não percebi que ele estava tão mal.
Ela diz.
— Ele costuma ser bem forte pra bebida - murmuro.- Deve ter bebido muito. Você consegue ver um Chevy Impala preto por aqui?
Ela olhou em volta.
— Não.
Eu bufei. Provavelmente o idiota mandou o irmão pro hotel, dizendo que não voltaria, que se daria bem. Olha no que deu.
— Pode voltar para o bar. Eu vou ligar para o irmão dele e rebocar.
— Tem certeza?
— Claro.
— Tudo bem, mas quero saber melhor sobre esse rolo depois.
Concordei com a cabeça e a observei voltar para dentro do bar. Entrei no carro e peguei meu celular, mesmo que tenha quase dois anos que eu não os vejo, os números dos Winchester ainda estão aqui salvos.