Parte.1 de 2
Leitora/Sam Winchester.
***- Ei, rapazes - Chamo, apoiando o queixo encima de uma das minhas mãos enquanto foco a atenção no notebook.- Vocês viram isso?
Dean veio até mim e se posicionou atrás da cadeira, abaixando o rosto para ler a matéria.
- Doze crianças desaparecidas em duas semanas? Uau - O loiro falou, lendo com atenção. - Isso é muito maior que a média.
- Eu também pensei isso - Murmuro. Sam se aproximou.
- Acha que devemos verificar?
Perguntou, prendendo uma mecha do cabelo atrás da orelha. Sam debruçou-se ao meu lado, e eu travei a respiração quando ele chegou tão perto. Ao contrário dele, que por algum motivo respirou fundo.
- A-acho que sim - Afirmo, repentinamente tensa. Sempre fico assim quando Sam está muito próximo.
- Okay, então lá vamos nós para... que cidade é essa?
Dean perguntou.
- Derry em Maine - Respondo.
- Certo, então Derry, lá vamos nós.
~~Derry, Maine.
Dean dirigiu por uns dois dias, com uma pausa em um hotel para dormirmos. Assim que chegamos em Derry, notei de cara que era uma cidade pequena, daquelas que todas as pessoas se conhecem.
Dean estacionou em um hotel pequeno, e nós descemos. Dean foi buscar as chaves de dois quartos, pois eu costumava ficarem um sozinha. Sam e eu conversavamos sobre o caso e ele parecia ter pesquisado bastante durante a viagem.
- Eu encontrei um padrão - Comentou, me entregando seu tablet.- À cada 27 anos, alguma coisa acontece na cidade. Eventos estranhos, crianças que desaparecem sem nenhum vestígio.
- 27? - Repeti.- É bastante tempo.
- Sim. Isso exclui algumas possibilidades - Ele continuou. - Significa que é realmente um caso. Nenhum seqüestrador de crianças vive tanto tempo. Os registros são de muito tempo.
- Você acha que pode ser um espírito? - Indago.
- Talvez. Mas acho que não. Alguma outra coisa que nunca vimos antes. S/n, eu olhei o histórico da cidade, houve um incidente onde todos os moradores desapareceram. Todos. Sem qualquer vestígio.
- Tipo a colonia Roanoke? - Pergunto, lembrando do conto.
- Mais ou menos isso.
Concordou. Dean voltou até onde estávamos balançando duas chaves.
- Temos um problema.
Disse.
- E qual seria?
- Esse muquifo só tem quartos de camas de casal. E sinto muito, não vou dividir a cama com o pé grande alí.Arrumei a correia do bolsa, desconfortável. Eu teria que dividir o quarto com Sam ou com Dean, mas não me sinto apta a ficar sozinha com Sam sem fazer alguma loucura.
- Vamos, Dean - Digo, pegando uma das chaves. Eu sabia que estava fazendo uma escolha ali, escolhendo o caminho mais fácil. Dean é meu melhor amigo, eu sei que ele não vai tentar nada. E Sam... o meu medo não é de que ele faça algo comigo, o meu medo é de que eu acabe fazendo alguma besteira.
Fui na direção do quarto de numero 12 e entrei. Depois de trocada sai do banheiro e comecei a arrumar a cama para me deitar. Eu estava de costas quando a porta abriu e logo avisei:
- O chão parece ótimo, Dean. Você vai adorar.
- Ahn... acho que o Dean preferiu a cama inteira.
Olhei para trás e vi que foi Sam que entrou.
- O que faz aqui? - Pergunto. Só quando vejo Sam encolher os ombros percebo como fui rude.- Quero dizer... eu achei que fosse Dean que viria.
- Ele achou melhor assim, desculpe - Sam murmurou. Ele parecia desapontado com alguma coisa. Eu com certeza o magoei sendo tao grossa. - Eu vou ficar no sofá, não se preocupe.
- Não! - Eu digo, rápido demais. Droga, como eu posso ser tão burra?- Não precisa dormir no sofá, Sam. Você nem cabe alí direito.
Ele riu. Eu amava quando Sam ria. Era o momento em que suas covinhas nas bochechas saltavam, deixando-o com uma aparência fofa e infantil.
- Essa é a parte que eu me sinto ofendido?
- Talvez - Brinco.Houve um breve momento de silencio constrangedor quando Sam o quebrou:
- Então eu... vou ao banheiro me trocar.
- Fique à vontade - Sorrio tímida. Quando ele sai, eu vou até a cama e me deito. Pensei por um momento em colocar uma divisória de travesseiros, mas eu estaria sendo ridícula. Sam é meu amigo, e mesmo que eu queira mais que isso, não vou estragar o que temos agora com atitudes idiotas. O que ele pensaria se chegasse aqui e encontrasse uma muralha separando a cama?
Ouvi a porta do banheiro abrir e fechar. Sam estava de volta. Ele apagou a luz, e senti meu corpo tremer quando senti seu peso na cama.
Ele manteve uma distância entre nós, respeitando meu espaço. Quando ele apagou a luz do abajur, murmurou:
- Boa noite, S/n.
- Boa noite, Sammy - Respondi, no mesmo tom.
~~
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✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||
FanfictionOne-shots que se passam no mundo da série Supernatural, com temas relacionados a romance, ação na maioria das vezes.