Esse imagine é uma sequência de "One Last Time".
***
O ar entrou e saiu dos meus pulmões como uma lufada. Me sentei na grama, pondo um braço em frente aos olhos para bloquear a luz forte do sol.
Onde eu estava?Fiquei de pé, olhando em volta e procurando um sinal, uma pista, qualquer coisa que me ajudasse a entender o que estava acontecendo.
— S/n.
Olhei para trás, focando na pessoa que havia pronunciado meu nome. Era um homem, ele parecia comum, sem nada de extraordinário, porem algo mais chamou minha atenção; foram seus olhos. Era como se eu já o conhecesse.
— Onde eu estou? – Perguntei. Caminhando até me aproximar do homem.
— Está na Terra, você tem uma missão.
Falou, eu definitivamente o conhecia, mas quem ele era?
— Na Terra? Não... eu estou morta. Eu sei que estou morta.
A última coisa que me lembrava era a lamina de Zacharias atravessando meu estomago.O homem sorriu levemente, seus traços suaves. Ele se aproximou de mim e se prostrou ao meu lado.
— Vamos caminhas um pouco? – Perguntou, olhando hora para mim, hora para o horizonte. Meu olhar seguiu o dele, encontrando um lindo por do sol. Quando me dei conta do lugar onde eu estava, vi como tudo era lindo. Parecia minha casa... bem, antes da guerra.
— Isso soou como uma pergunta... mas por que sinto que não posso recusar? – Indago, por algum motivo minha mente acalmou-se devido a presença dele, ainda me sentia perdida e confusa, porém agora conseguia pensar com mais clareza.
— Isso foi uma pergunta, S/n. E você esta livre caso não queira.
— Eu quero – Aceito. O homem sorriu mais uma vez antes de iniciar uma caminhada pelo campo aberto. Eu o seguia em silencio, a lingua coçando para fazer perguntas e a mente fervilhando por respostas, mas me mantive em silêncio.
— Tudo sera esclarecido, S/n, você não precisa se preocupar. Responderei a todas as suas questões – Ele diz, como se pudesse ler minha mente.
Talvez ele possa.— Quem é você? – Pergunto.
— Você não me reconhece? – Perguntou, seus lábios repuxaram-se em um sorriso de canto.
— Desculpe, não.
Respondo, ansiosa.
— É aceitável. Sabe, tem muito tempo que eu parti. Você, igual a muitos outros de seus irmãos e irmas eram muito jovens, ate mesmo os imortais um dia foram recém criados – Ele ri. – Eu tenho muitas formas, muitos nomes... mas você me conhece por apenas um.
De repente, uma forte luz invadiu meu campo de visão, eu com certeza ficaria cega se fosse mortal, invés disso pude ver una figura altiva e de pura energia. Soube imediatamente de quem se tratava:
— Pai? – Murmuro. Eu não acreditava, eu não conseguia acreditar. Seria ele? O próprio Deus todo poderoso que resolveu abandonar as sandálias de praia e voltar para casa?
— Eu não estava na praia, se é o que você acha – Ele comentou, voltando a forma comum.– Não gosto muito de areia. Entra em lugares horríveis de serem tiradas mais tarde.
— P-pode ler minha mente? – Pergunto.
— Sim.
Responde sem rodeios.
— Mas eu prefiro não fazer. Eu respeito as escolhas, S/n. Por isso criei o livre arbítrio. Eu acredito que cada um é responsável por suas próprias vontades. Sem minha interferência. Prefiro que você me conte.— Nem todos pensam assim – Digo, sentindo um bolo se formar em minha garganta. – Eu fui morta por fazer uma escolha. Fui morta por seguir meu instinto e tentar salvar um humano de um destino cruel e manipulado por meus próprios irmãos.
— Eu sei – Meu pai falou, o olhar perdido.– Eu estava vendo, o tempo todo.
— Permitiu que tudo aquilo acontecesse? – Perguntei, a indignação tomando meu corpo.
— Livre-arbítrio, S/n. Todos fizeram uma escolha.
— Estavam seguindo ordens. Ordens suas!
— Eu não mandei que fizessem aquilo.
— Então por que não evitou? – Explodi.– Pessoas morreram. Vidas foram destruídas. Tudo em seu nome. Tudo por você. Por que não deu as caras e disse que estavam errados? Por que não nos salvou?
Meu corpo tremeu, senti algo molhado escorrer por meu rosto. O que era isso? Eu esta a chorando? Como? Eu nunca chorei, anjos não podem chorar. Podem?
— Acha que nunca ouvi perguntas assim? –Perguntou. Seu tom ainda era leve, eu não entendia porquê tanta calma.– S/n, eu interferi. Mesmo sabendo que não deveria, mesmo sabendo que as coisas estavam daquela maneira por vocês próprios, eu interferi. Trouxe Castiel de volta, mais de uma vez. Salvei Dean e Sam, mais de uma vez. Trouxe você de volta.
— Eu? – Pergunto, debilmente.
— Sim. Eu à trouxe de volta.
— Por que? – Pergunto, confusa. Se eramos responsáveis por nossas escolhas e por suas consequências, por que me trazer de volta? Minha morte foi uma consequência de uma escolha minha.
— Porque precisamos de você, S/n. Dean, Sam, a humanidade. Seu trabalho não acabou ainda.

VOCÊ ESTÁ LENDO
✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||
FanfictionOne-shots que se passam no mundo da série Supernatural, com temas relacionados a romance, ação na maioria das vezes.