✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||

Imprevisível

Capítulo Único.
Leitora/Chuck ( God )
~~

Meus olhos ainda tontos focalizaram o teto por alguns instantes. Eu podia ver tudo girar acima de mim e a tontura apenas piorar cada vez mais, até que fui obrigada a correr para o banheiro e vomitar por quase cinco minutos. Baixei a tampa do vazo e me sento encima dele, apoiando minha cabeça em minhas mãos. Não era só o enjôo que me fez vomitar, foi... foi tudo. Toda a situação em que me me encontro agora me deixa tão apavorada e chocada que minha única reação è vomitar.
Descobri a pouco menos de três horas que estou gravida, e como se isso não fosse assustador o bastante, estou gravida de Chuck Shurley, ninguém menos que o próprio Deus. E se isso não for o suficiente para explodir a cabeça de qualquer pobre mortal, experimente pensar que o seu filho é um Arcanjo!

Ouço batidas na porta do quarto e não sei se tenho forças para me levantar de onde estou, ou até mesmo para mandar que a pessoa entrasse. Meu estado catatônico é tão extremo que nem mesmo pisco, permaneci alí, quieta da mesma forma que estava no quarto a tanto tempo.
Nem mesmo o som da porta sendo aberta e dos passos até o banheiro me despertaram, apenas quando vi meus dois irmãos se ajoelharem ao meu lado no frio piso do banheiro, consegui qualquer reação. Pisquei algumas vezes e me fiquei nos lábios de Dean que de moviam rapidamente, ele estava falando comigo, mas não conseguia ouvi-lo, me esforcei mais e foi como se um tampão tampão fosse removido de meus ouvidos, suas palavras me alcançaram:
-... você não abriu então nós entramos.
- S/n, você está bem? - Sam perguntou, segurando meu queixo para que eu olhasse para ele. Meus irmãos não podia estar mais preocupados.
- Não... - Respondi, fraco, sem conseguir articular melhor as palavras. Estiquei meu braço e apanhei o teste de gravidez que eu havia feito mais cedo e deixado ali. Entreguei para Sam.

- S/n, você está... gravida? - Perguntou, sua expressão chocada.
- Você... c-como? Não... quero dizer quando...? Com q-quem... Ah, droga! - Dean começou a balbuciar ficando de pé imediatamente.
- Faça isso por mais duas horas e então vai chegar aonde eu estou agora - Falei, finalmente libertando minha língua. Sam parecia menos surtado.
- S/n... quem é o pai? - Sam perguntou.
Eu engoli em seco, estava tão envergonhada, mas não podia esconder isso dos meus próprios irmãos.
— Chuck...
Murmure, quase inaudível. Dean ergueu uma sobrancelha.
— Que? –  Perguntou.
— É o Chuck! – Falei novamente, dessa vez em voz alta.
Eu vi a expressão de Dean se contorcer, ele estava nervoso, muito nervoso, eu não sabia bem o motivo já que haviam tantos... me levantei rápido.
—  Dean... calma, por favor. As coisas já são difíceis o bastante e eu preciso que...
— Difíceis? Não. Isso é simplesmente impossível! Eu nunca pensei que você pudesse ser tão inconsequente. E ainda mais com ele... droga, S/n! Ele é Deus!
—  Obrigada pelo esclarecimento, mister óbvio! Eu nem me toquei disso –  Gritei de volta. Dean realmente achou que eu não tinha pensado nisso?
— Então o mister óbvio vai dar outra notícia bem óbvia –  Falou.– Você não vai ter esse filho. Você pode morrer!
Meus olhos se arregalaram e dei um passo atrás. Tudo bem que eu estava desesperada, mas essa ideia nem se quer passou pela minha cabeça. Dean só poderia ter ficado louco se acha mesmo que eu faria uma coisa dessas.

— Não – Falei, firme, voltando a recuar.– Isso nunca vai acontecer, Dean. Eu vou tê-lo.
Houve um momento de silêncio que foi quebrado quando Castiel surgiu na porta, eu nem mesmo me lembrava de que ele estava no bunker.
— O que está acontecendo? –  Ele perguntou, olhando para cada um nós.
— Você vai ganhar um irmão – Dean soltou em tom acido e passou por nós, indo embora do cômodo. Castiel não havia entendido absolutamente, voltou-se para mim e depois para Sam.
— O que Dean quis dizer com isso? –  Perguntou.
—  S/n está grávida –  Sam deu a noticia. – Do Chuck.
A expressão de Castiel foi tão chocada quanto a de todos nós.
— S/n...– Começou vindo até mim.–  Isso... isso é inconcebível.
— Cass, eu não vou matar meu filho.
— Não é seu filho... S/n, não temos ideia do que pode ser. Uma mortal e... Deus... você nunca sobreviveria ao parto, talvez não sobreviva nem mesmo a gestação.
— Ele está certo, S/n  – Sam  apoiou uma mão em meu ombro.– Os riscos são muito altos.