For Love

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Leitora/Dean Winchester

***

— Certo, o plano é o seguinte...
Sam começou em tom de voz baixo.
— Chutamos a porta e metemos bala na maldita.
Dean interrompeu o irmão enquanto carregava sua arma com balas mata-bruxa.
— Você é insuportávelmente impulsivo – Falei.– Anda, Sam, conta seu plano.
— Eu vou pelos fundos, enquanto Dean pela da frente. Você consegue ir por cima?
— Claro – Estralei meus dedos e sorri arrogante.– Você conhece o meu talento em escaladas.
— Ótimo – Dean decide.– Podemos ir agora? Ela vai acabar fugindo.
Sam concordou e se afastou, observamos enquanto ele atravessava e dava a volta na casa do outro lado da rua. Estiquei o braço para fechar o porta-malas do Impala, antes que eu fizesse, Dean me chamou.
— Algum problema?
Questionei.
— Só o de costume – Ele se aproximou.– Toma cuidado.
— Vai dar tudo certo, sempre da – Eu sorri e o tranquilizei.
— Não significa que você não tenha que se proteger.
Ele aproximou seu rosto do meu.– Além de quê... hoje é nosso aniversário. 5 anos, lembra?
— Eu não poderia esquecer, você atiraria na minha perna se eu esquecesse.
Eu ri e o beijei rapidamente, em seguida me afastei correndo e peguei impulso pela cerca para escalar a lateral da casa.

Era uma casa de dois andares, não é alta, consegui chegar na janela do quarto com facilidade. Peguei o grampo que segurava a parte da frente do meu cabelo longe dos olhos e consegui destrancar a janela.
Entrei no quarto, olhando em volta e tomando cuidado para não ser pega de surpresa pela bruxa. Tirei a arma do cós da calça e sai para o corredor. Caminhei silenciosamente até a outra extremidade, com cuidado para não ser pega de surpresa... o que aconteceu.
A bruxa abriu a porta do fim do corredor tão subitamente que eu só tive tempo de disparar uma vez antes que ela soprasse as palavras contra meu rosto e eu caísse imediatamente para trás sem nem ao menos ter tempo para ver se o tiro acertou o alvo.

***

Abri os olhos sentindo tanta dor de cabeça que voltei a fecha-los quase que imediatamente. Cobri o rosto com os olhos e gemi baixinho... merda...!
Gemi novamente quando uma porta em algum lugar abriu e fechou fazendo um barulho insuportável para minha cabeça sensível.
— Olha só quem acordou de ressaca.
Tirei o braço de frente dos olhos e encarei Dean e o irmão colocando algumas sacolas de fastfood encima de uma mesa bamba. Franzi as sobrancelhas e olhei em volta, isso... é um quarto de hotel?
Me sentei na cama e esfreguei o rosto.
— Que lugar é esse?
Perguntei com voz rouca.
— Ih, olha só, Sammy – Dean apontou para mim com a cabeça.– Eu queria ter bebido do mesmo uísque pra acordar sem nem saber onde estou.

Passei a mão pelos meus cabelos, tentando me lembrar do que aconteceu nas últimas horas.
— O quê aconteceu com a bruxa?
Perguntei em um rompante... me lembrando de o que estava fazendo antes de apagar totalmente.
— Bruxa?
Sam questionou me olhando com uma sobrancelha erguida.
— A bruxa que estávamos caçando. Onde está ela? Conseguiriam matá-la?
— Nós estamos rastreando um ninho de vampiros, S/n, não tem bruxa nenhuma – Dean falou, ele me olhava como se eu fosse doida.
— O que... não... – Balancei a cabeça, a dor estava de volta. Toquei minha nuca mas não tinha nenhum ferimento, então qual a causa dessa dor toda?
Sam se aproximou de mim.
— Você só está confusa, S/n, não se preocupe – Disse.– Você bebeu muito ontem a noite, deve ser por isso que está confusa.
Fiquei quieta, eu sei que não estou confusa. Me levantei.
— Deve ser isso então – Resmunguei antes de ir até o banheiro e entrar, batendo a porta em seguida.

Não, não é isso.
Vou até o espelho e encaro meu reflexo, bem... eu realmente estou com cara de quem bebeu todas ontem a noite. Passo a mão por meus cabelos que parecem mais claros do que eu me lembro, e mais curtos também. Eles estão cortados?
Jogo um pouco de água no rosto e volto a me olhar no espelho. Tem algo errado, muito errado mesmo. A bruxa com certeza fez alguma coisa comigo antes que eu atirasse. Saio do banheiro e os dois irmãos estão sentados na pequena mesa do quarto, eles estão comendo e discutindo sobre o caso e tudo parece normal. Vou até a cômoda procurando meu celular, mas não parece estar em lugar nenhum.
— Rapazes – Chamo.– Algum de vocês viu o meu celular ou eu o perdi?
Dean indicou o aparelho encima da cômoda, bem na minha frente, mas quando e eu ignorei porque obviamente não era o meu telefone.
— Serve esse ai?
Perguntou. Eu olhei do aparelho para o rosto dele, depois para o aparelho de novo e então o peguei. Era mesmo o meu celular, mas o meu celular de pelo menos 5 anos atrás. Ele havia sido destruído por um lobisomem que pisou encima dele.
— É, serve sim...– Murmurei. Abri o celular e ele era realmente o mesmo aparelho, mas as coisas ficaram muito mais esquisitas quando vi a data.

✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||Onde histórias criam vida. Descubra agora