Confidence

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Capítulo Único.
Leitora/Dean Winchester.

***

Lebanon, Kansas.

Três da manhã, como muitos estão fazendo à uma hora dessas eu queria estar dormindo, no entanto cá estou eu no trabalho, em um bar de estrada.
O turno da noite não costuma ter muito movimento, e hoje estava totalmente morto, então considerei a ideia de fechar de uma vez e ir para casa, com certeza Tobbey não perceberia.
Já do lado de fora, depois de expulsar os últimos dois bêbado que estavam caídos do lado do balcão, eu trancava a porta dos fundos.
Um som esquisito vindo de trás de mim chamou minha atenção. Quando olhei, não vi nada além do céu escuro coberto por densas nuvens. Porém, depois de olhar mais atentamente, notei que aquelas nuvens estavam se mexendo rápido de mais no céu.

Talvez eu estivesse apenas vendo coisas. Comecei a caminhar na direção do meu carro estacionado não muito longe dali, mas o som de ruídos aumentou, e quando me voltei para trás vi que aquilo não eram nuvens, e sim uma densa fumaça negra que estava me seguindo.No primeiro momento achei que aquilo poderia ser apenas coisas criada através da minha mente exausta, mas não, a fumaça vinha cada vez mais rápido na minha direção, emitindo ruídos cada vez mais altos.
Dei rápidos passos para trás, recuando em direção ao carro o mais depressa possível. Aquela coisa tinha um cheiro horroroso, parecia enxofre, ela se esgueirava velozmente e se aproximava de mim cada vez mais.

Alcancei meu carro e puxei o trinco, estava tão apavorada que esqueci de pegar as chaves. Apalpei meus bolsos atrás do chaveiro, e quando finalmente as encontrei tentei abrir a porta, porem a maldita emperrou na fechadura.
Me virei para a massa negra que já estava colada em mim. Ela se formou em um espiral, e quando menos esperei tive minha boca invadida por ela. Meu mundo foi submerso em uma escuridão tão densa quanto a fumaça depois disso.
***

Três meses depois.
Chicago, Illinois.

Acordei com uma dor de cabeça terrível. Era como se eu tivesse levado uma marretada no alto da cabeça. Tudo parecia uma enorme borrão, pois não sabia onde estava e nem como vim parar alí.
Olhei em volta e constatei estar em um quarto de motel, estava sozinha e tudo estava no lugar. Eu estava deitada ma cama, completamente vestida.
Me sentei e levei uma mão até o alto da cabeça, procurando alguma coisa que justificasse aquela dor, mas não encontrando nada. Me levantei, pelo relógio na comoda vi que são três da tarde, e o dia... 6 de junho!!
Como? Não, não mesmo é impossível. Eu me lembro perfeitamente de ser dia 12 de abril.
Outras memorias invadem minha cabeça, só piorando a dor. Primeiro eu vi a névoa... aquela nevoa maldita invadindo minha garganta e queimando tudo por dentro. Qualquer coisa que vinha depois eram apenas flashes desbotados, como se eu estivesse vendo um filme ou... ou vivendo tudo pelos olhos de outra pessoa enquanto eu era apenas uma mera espectadora.

Caminhei até o banheiro, ao abrir a porta não sabia o que fazer primeiro. Gritar? Vomitar? Chorar ou chamar a polícia? Não, claro que a polícia não. Eu seria presa por aquilo, mesmo não tendo ideia de como aquele corpo veio parar alí.
Me aproximei devagar, olhando o homem caido ao lado da banheira. Ele tinha os braços amarrados assim como as pernas, um enorme corte na lateral do rosto sangrava e sujava tudo em volta. Porem o pior de tudo era o corte na garganta.
- Merda - murmurei. Um som de algo se quebrando me fez gritar, quando voltei para o quarto encontrei a porta arrombada e dois homens parados do lado de dentro. Eles estavam armados, ambos me encaravam com ódio mortal. Hoje não é mesmo o meu dia. Ergui as mãos, imediatamente me rendendo, claro que não iria arrumar confusão com ninguém, muito menos com pessoas armadas.

- Cuidado, Sammy, a vadia é perigosa - O loiro que estava mais para a minha direta falou, apontando a arma para o meu rosto.
- É, eu percebi - O outro, que era moreno, acariciou o queixo que estava meio roxo.
- Q-quem são vocês?
Perguntei, minha voz fraca.
- Ah, agora ela não conhece a gente - Disse o loiro, usando um tom cínico.- Deixa eu refrescar sua memória, gracinha. Somos os caras que vão te mandar de volta para o inferno.
- Olha... eu não sei quem vocês são, e eu não sei que lugar é esse, eu só quero ir para casa.
Falei, respirando rápido e sentindo que iria desmaiar. Não sei o que está acontecendo comigo.
- Cala a boca - Mandou o loiro. Ele olhou para o moreno.- Revista o quarto, eu cuido dela.
Ele veio na minha direção, tentei recuar mas ele agarrou minha cintura e me jogou na cama, prendendo meus pulsos.

✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||Onde histórias criam vida. Descubra agora