✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||

Echo (part.2)

Leitora/Dean Winchester/Damon Salvatore.

***

3 de maio, 2006. Mistic Falls, Virginia.

- São só vampiros, Dean! - Eu falo, revirando meus olhos e afiando o facão. - Qual é, eu caço desde os 9 anos.
- Isso não significa que você não vá precisar de ajuda.
O loiro rebateu.
- Sam, diga ao idiota do seu irmão que eu sei me cuidar.
Sam riu.
- Não vou comprar essa briga, S/n.
Eu o encarei aborrecida.
- Corvarde.
Resmungo.
- Ótimo, então estamos decididos. Até mais tarde, baby.
Dean vem até mim para me beijar mas eu desvio.
- Opa, opa! Nada disso. Eu vou também. Dean, é minha vida, é meu trabalho! Você não pode me privar disto.
Dean me encarou e então soltou um suspiro.
- Não saia de perto de mim, por favor.
Dou um beijo rápido em seus labios.
- Pode deixar, vou ficar bem pertinho.
Digo em seus lábios, o loiro sorri.

***

Decidimos nos "separar" no bar. Sam ficou no balcão, conversando com os garçons enquanto Dean e eu estavamos em uma mesa mais afastada. De acordo com os registros da cidade, havia sido arquivado mais de 17 mortes sendo alegadas ataques de mais, e outros 5 desaparecimentos suspeitos. Isso contabilizava 22 corpos, e para uma cidade do tamanho de Mistic Falls e praticamente um massacre. As autoridades locais afirmam não passar de ursos, leões da montanha ou lobos. Mas, sinceramente, ou são muito burros por não desconfiarem de nada ou muito espertos para tentar esconder a todo custo a verdade.
- Alguem suspeito? - Pergunto para Dean que estava ocupado com uma garrafa de cerveja.
- Só aquele garçom ali - Ele apontou para um cara que nao parava de me encarar.
- Ele não parece ser um vampiro. Só estar muito interessado em mim.
Eu ri.
- Por isso mesmo.
Continuamos mais um pouco ali.
- Preciso de ar - Falei, ficando de pé. - Vou lá fora.
- Eu vou com você.
Fiz com que ele se sentasse novamente.
- Relaxa, loirinho - eu sorri, plantei um beijo em seus labios. - Eu não vou fugir.
Ele fechou a expressão.
- Cuidado, por favor.
- Vou tomar.
Me afasto dele e saio pela porta. O lado de fora do bar não estava muito movimentado. Apenas alguns estudantes bebendo escondidos. Caminhei até o impala na ponta do estacionamento e me encostei na lataria. Tenho certos traumas de lugares fechados, por isso preciso de um ar fresco de vez em quando.

- Sozinha?
Volto-me na direção da voz e encontro um homem no mínimo atraente. Seus olhos eram de um azul intenso e os cabelos negros meio arrepiados. Ele me encarava com um sorriso sedutor.
- Infelizmente, não - Eu sorrio, brincando. Ele se encostou ao meu lado.
- É realmente uma pena, mas sua companhia não vai se importar se eu ficar aqui, não é?
Eu o encarei e abri a boca para responder, eu diria que "sim, ele se importaria muito" pois Dean não gostaria nada disto, mas o homem voltou a falar:
- Ele não se incomodaria e você quer que eu fique.
Sua voz ressoou dentro de minha cabeça, ecoou por alguns segundos e quando dei por mim estava falando:
- Claro, pode ficar.
- Obrigado - O homem sorriu. Ele era mesmo muito bonito.- Eu sou Damon Salvatore, como você se chama?
- S/n/c - Respondi. - E o que faz aqui, Damon?
- Procurando alguem com um papo, e parece que a missão foi concluída com sucesso - Ele piscou para mim.
Eu ri de sua cantada.
- Certo - Falei.- Acho que vou entrar agora. Meu namorado deve estar preocupado.
- Você tem certeza? - Ele pegunta, me fitando com intensidade.
Eu estranhei sua pergunta.
- É, eu tenho - Confirmei. Damon revirou os olhos.
- Tudo bem, não pode dizer que eu não tentei - Ele falou e me deixou ainda mais confusa. Damon me superou pelos ombros.- Você vai vim comigo até a floresta. Você não vai gritar, não vai correr e nem lutar.
Novamente minha mente foi nublada e eu só conseguia concordar com tudo o que ele propôs.
- Sim.
Ele passou por mim e eu o segui em direção a floresta escura.

***

Eu não sabia onde estava. Também não tinha ideia de como fui parar lá. Em um momento estava em um estacionamento e no segundo seguinte me encontrava em meio a floresta, gritando enquanto Damon mordia meu pescoço.
Após isso eu apaguei e agora estou deitada no tapete da sala de uma casa enorme.
- Você acordou.
Olhei para o lado e la estava Damon, um copo de uísque em mãos.
- Então você é uma caçadora de vampiros....
Ele murmura, pensativo. Eu ponho uma mão em meu pescoço e não encontro qualquer ferimento.
- E você é um vampiro.
Digo de volta. Minha voz rouca e a garganta dolorida.
- Eu iria te matar naquela floresta - Ele começa caminhado em volta de mim, eu fiquei em pé.- Mas os seus amigos viriam atras de mim e... eu estou tentando não chamar a atenção. Tres corpos dão trabalho para esconder.
Damon da de ombros.
- Ja matou 22 pessoas. O que são mais 3.
Resmunguei tonta. Tropecei em uma cadeira e quase cai.
- O que diabos fez comigo?
Pergunto irritada.
- Dei meu sangue para você - Respondeu como se não fosse nada demais.- Você estava morrendo entaõ... é um lançe que fazemos.
- Você... você me fez beber seu sangue?! - Gritei.- Merda, merda, merda! E agora? Eu sou uma de vocês?
- Vamos com calma na hora do drama? - Damon pediu. - Para ser uma vampira não basta só ingerir o sange, você tem que morrer e completar o ciclo.
Eu respirei fundo. Não sabia o que fazer. Eu deveria fugir?  Ataca-lo ali? Minha cabeça doia tanto.
Damon aproximou-se perigosamente de mim.
- O que vai fazer comigo?
Damin colocou um dedo próximo ao labio com uma expressão pensativa.
- Eu posso simplesmente apagar sua memoria e mandar você sumir de Mistic falls com seus amigos caçadores - Ele murmura.- Mas isso não seria divertido.
Ele sorriu ao tocar meu maxilar. Ele desceu sua mão pelo meu pescoço. - Ou eu posso continuar me alimentando de você e hipnotizar seus amigos para esquecerem de você e irem embora.
Trinquei os dentes e o encarei com raiva.
- Eu vou matar você.
Digo. Damon ri.
- Boa sorte.
Ele atacou meu pescoço, quando seus dentes rasgaram minha carne meu grito saiu esganiçado de minha garganta.
De repente, Damon foi arrancado de cima de mim. Meu corpo fraco despencou no chão e pude ver outro homem brigar com Damon. Ele aproximou-se de mim e se abaixou,  segurando minha cabeça.  Sua voz soava abafada em meus ouvidos.
- Você prometeu não caçar aqui, Damon!
- Da um tempo, Stefan, ela é uma caçadora de vampiros.
O homem me fitou, minha visão estava borrada.
- Não posso deixar ela morrer.
Ele mordeu o próprio pulso e colocou em meus labios, o gosto de sangue impregnou toda minha boca e gradativamente comecei a me sentir melhor.

- É um erro, Stefan - A voz de Damon estava mais alta.- Ela é um problema.
- Que você arrumou. Se não tivesse sequestrado ela, ja teria hipnotizado os três e os mandado para longe. Agora aqueles caçadores estão na nossa cola. Por culpa sua!
Eu me sentei. Eram tantas coisas acontecendo que eu me sentia perdida.
- Vou resolver isso agora, do meu jeito.
- Damon, para...
Foi tudo muito rápido. Damon saltou encima de mim, jogando Stefan para longe, em um segundo eu senti meu pescoço ser quebrado.

***

Abri meus olhos e desejei nunca ter recuperado os sentidos. Eu sentia tudo doer. Soltei um gemido baixo.
- Vai doer por algum tempo. A transformação costuma ser bem complicada.
Ergui os olhos e encarei o mesmo homem que me fez beber seu sangue.
- Eu entendo que está confusa, eu vou explicar tudo. Eu me chamo Stefan Salvatore, sou irmão do Damon.
- O que fizeram comigo?
- Meu irmão tem um jeito torto de resolver as coisas. Sinto muito pelo que ele fez com você... Damon transformou você em vampira.
Eu o encarei estática,  sem saber o que responder, todo meu corpo doia, minha garganta queimava.
Eu só comseguia pensar em como seria minha vida dali em diante.

***

Agosto de 2008, NY City.

Adentrei ao bar e me aproximei do balcão onde o barman fazia malabarismos com garrafas de vodka. Me inclinei sobre o balcão e pisquei para o garoto que logo veio até mim.
- Boa noite, o que vai querer?
- Além do seu telefone - Digo mordendo levemente meu lábio inferior. - Uma marguerita, por favor.
Ele piscou para mim e sorriu.
- É para já!
Eu dou as costas e me encosto no balcão. Observo os rostos de cada um no bar até que meus olhos param no homem que acabou de entrar:
Damon Salvatore.

Continua...