✓ 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 - || LIVRO ENCERRADO ||

My first Love (+16, sexo leve)

Leitora/Jack Kline

***

- É brincadeira, né?  - Perguntei para Dean que nem mesmo me dava atenção e continuo a guardar suas coisas no porta malas do Impala.- Dean, não finja que não estou falando com você!
Reclamei, irritada. O loiro parou com o que fazia e me encarou aborrecido.
- S/n, eu prometi a Jody que manteria você em segurança,  portanto é o que vou fazer, está bem? Você não vai com a gente e ponto final!
- Eu pensei que fossemos amigos - Digo totalmente revoltada. Dean sempre me levava as caçadas, nos divertiamos juntos ele era quase como meu irmão mais velho.
- E somos. Mas não significa que eu vá colocar a sua segurança em perigo, muito pelo contrário.
Me encosto no Impala e cruzo os braços totalmente contrariada.
- E por que eu preciso ser babá?
Pergunto.
- Não é ser babá, ele tem a sua idade... ou pelo menos é o que parece.
- Dean!
- Olha, nós não podemos leva-lo e Jack não pode ficar sozinho, resumindo sobrou para você, supera. Agora por favor, não deixa que ele faça nenhuma besteira.
Revirei os olhos me afastei batendo o pé. Enquanto era deixado para trás, Dean gritou:
- Esta agindo como uma adolescente mimada.
- Vá a merda!
Gritei de volta.
Entrei novamente no bunker e encontrei Sam ja pronto para partir.
- Não conseguiu convencê-lo, não foi? - Sam pergunta após ver minha expressão nada satisfeita.
- Ele nem quis me escutar, Sam!
- Não vai ser tão ruim assim, S/n. Jack vai estar aqui.
- Muito melhor - Eu resmunguei.
Sam me encarou.
- Pensei que gostasse dele. Que fossem amigos.
- Eu gosto, Sammy. Mas... ah, é complicado,  deixa para lá.
- Eu questionaria essa resposta evasiva, mas preciso ir logo.
Sam falou e logo se despediu. Eu apenas me larguei em uma das cadeiras que ali tinha e me coloquei a pensar no que fazer daqui em diante.

***

Passaram umas meia hora e eu ja me sentia submersa no mais sufocante e profundo tédio. Me levantei e caminhei na direção do quarto no qual eu estava hospedada e durante o percurso passo em frente a porta entreaberta do quarto de Jack.
Considerei entrar, só para conversar um pouco com ele, afinal não gosto de ficar sozinha e Jack é realmente uma graça, mas decidi que o melhor a ser feito era ir para meu quarto.
Assim que me afasto e estou com a mão na maçaneta de meu quarto, ouço meu nome ser chamado:
- S/n?
Volto-me na direção de Jack, vendo-o me conservar atento.
- Sim, Jack?
- Podemos conversar?
Perguntou. Eu não hesitei em concordar logo indo até ele. Entrei em seu quarto e caminhei até a cama, me sentando na ponta. Jack sentou-se na outra extremidade que era proxima a cabeceira.
- Sobre o que quer falar?
Pergunto interessada. Jack é praticamente um bebe recém-nascido com a diferença de que ele está em um corpo de um garoto de 17 anos. Isso torna tudo mais dificil para mim, pois ele é um gato, e eu me sinto culpada por me atrair por ele.
- Sam me deu isso - Ele vira o notebook que estava sobre a cama e da o play em um video. O mulher que falava parecia muito com ele e reconheci como sendo Kelly Kline, a mae de Jack. - É um video que minha mãe fez para mim.
Não soube bem o que dizer, afinal aquilo era tão... íntimo.
- E como se sente?
Jack desviou o olhar, parecia tão atordoado, um garoto perdido.
- Confuso - Respondeu. - Ela diz que... eu decido quem eu sou, mas eu não tenho idéia de como fazer. Todos me dizem quem sou e como devo agir ou quem devo me tornar, o tempo todo, e eu não sei o que fazer ou quem ouvir.
Eu o escutei com atenção.
- Jack - Comecei me aproximando dele na cama e segurando sua mão. Ele me fitou atencioso e com grande expectativa. Nunca fui boa com conselhos, mas Jack instiga o melhor de mim, eu quero ajuda-lo com sua eterna crise de identidade.- Jack você... é tão doce. Não merece passar por isso, mas precisa. Todos chegamos a um ponto onde decidimos quem vamos querer nos tornar, e agora é a sua vez. É difícil, eu sei, mas confio no seu julgamento,  nas suas escolhas. Sei que vai pelo caminho certo.
- Qual é o caminho certo? - Ele pergunto apertando minha mão de volta com angústia.
- O que o seu coração decidir... confie em mim, você não vai errar.
Ele sorriu e aproximou-se mais de mim me dando um abraço apertado.