A relevância [1]

1 0 0
                                    

Ah! A relevância se esvai, escorrendo entre os dedos como areia fina, levando consigo o que um dia foi meu. Desconectado agora do que jamais poderia estar preso, sinto-me como um peregrino perdido em meio a um deserto vasto e implacável. É a solidão que me assombra, uma sombra que se estende sobre minha alma e perturba minhas curtas noites de sono. Em meio ao silêncio sepulcral, meus pensamentos ecoam como sussurros melancólicos, preenchendo o vazio com questionamentos angustiantes.

Nessas horas solitárias, a relevância se torna uma busca desesperada, uma ânsia por encontrar um sentido, uma razão para existir. É uma chama frágil que arde em meu peito, lutando para não se extinguir na escuridão opressiva. Mas, afinal, o que significa ser relevante? O que confere valor e propósito à minha jornada? Essas perguntas pairam no ar, enquanto meu olhar se perde no horizonte distante, em busca de respostas que parecem se esconder nas sombras do desconhecido.

A relevância, tão subjetiva e esquiva, é como uma névoa fugaz que se dissipa quando tento agarrá-la. Procuro significado nas interações efêmeras, nas conquistas transitórias, nas aprovações alheias. Mas à medida que o tempo avança, percebo a fragilidade dessas âncoras ilusórias, que logo se desvanecem diante da passagem implacável dos dias. A verdadeira relevância reside em algo mais profundo, algo que transcende as superficialidades do mundo exterior.

As Vivências Onde histórias criam vida. Descubra agora