Na profundeza insondável do meu ser, ergue-se um palácio sombrio, onde a sede de vingança encontra seu santuário. Um intricado labirinto de caminhos tortuosos se entrelaça no epicentro deste espetáculo trágico. Como pude ser tão cego, tão negligente perante a inevitabilidade do tudo ou nada? Minha arrogância superestimou a astúcia do meu adversário, e a verdadeira tolice sempre residiu em meu âmago.
No âmago do meu ser, nutro um abismo de repugnância pelo insolente que se atreve a manifestar sua insignificância diante de minha presença. Não temo adentrar os recônditos mais obscuros, porém meu maior temor reside na possibilidade de não concretizar minha vingança. É chegada a hora do "öga för öga", e todos os espaços são tomados por esse único propósito.
Se alguma exceção existe, ela se limita ao plano físico, mas compartilhar o mesmo ar com alguém tão desprezível me causa náuseas. Não há espaço para o perdão. Exibo minhas garras com a acidez de quem não recua, pois agora, mais poderoso e implacável do que nunca, estou aqui, pronto para enfrentá-la.
Ela merece a pior punição, o castigo mais vil. Seus olhos estampam surpresa diante de minhas palavras, mas ela sempre foi uma serpente sorrateira, habilidosa em ocultar suas intenções. No futuro, haverá sangue, um líquido pútrido envenenado pelo ódio, extraído por mãos sedentas que alimentam a chama ainda mais intensamente do fogo do inferno.
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As Vivências
Non-FictionUm conjunto de prosas que eu escrevia quando enfrentava algum problema na vida ou quando eu pretendia praticar a escrita erudita. Legenda Temática: Drama [1] Reflexão [2] Imaginação [3] Romance [4] Relato [5] Sátira [6] Indicações do autor: "A inocê...