Capítulo 36

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Nota: 

Oi, gente!

Primeiramente quero me desculpar pelo atraso - não estou em casa há umas semanas, então não tive como postar antes. Segundamente, quero me desculpar pelo capítulo, talvez. Como não estou em casa, foi uma revisão muito por cima e esse capítulo é de extrema importância, então não sei se atendeu a expectativa (em minha defesa, quando eu escrevi ele, achei muito bom hahahaha).
Bem, aqui está a cena que todos esperavam, então. Boa leitura!


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Capítulo 36


Naruto entrou lentamente no quarto. Sasuke sentiu um forte cheiro de álcool quando o homem passou e foi até a cama, tirando a chave do bolso e colocando na mesa de cabeceira. A porta se fechou com um baque seco e Sasuke se virou para ver Naruto, que tinha se deitado.

Ele se aproximou da cama a passos lentos. "Você bebeu o resto daquilo?", indagou calmamente.

O homem assentiu, os olhos azuis indo de um lado para o outro em seu rosto. "Sim, só mais um pouco. Você estava dormindo?", ele perguntou com a língua meio enrolada.

"Não.", murmurou enquanto se deitava ao lado dele. Naruto o fitou meio receoso, mas Sasuke deu um suspiro resignado e o fez abraçá-lo. Incerto, o homem o envolveu com seu calor e seus braços fortes. Ele cheirava a sabonete genérico, álcool e camomila, porque sempre carregava seu shampoo quando viajava.

"Você tá tremendo.", Naruto observou baixinho, e isso o fez tremer ainda mais.

"Eu sei.", Sasuke respondeu simplesmente. Não conseguia entender porque se sentia tão completamente apavorado. Na verdade, já não conseguia entender mais nada.

Naruto se afastou e olhou para ele preocupado. "Você tá bem?", perguntou gentilmente.

"Sim.", mentiu.

Naruto se contentou com a resposta e tornou a abraçá-lo com suavidade. Aquilo doía. Enquanto ficavam em silêncio, tudo em Sasuke doía.

A verdade é que a única coisa em que conseguia pensar, era no que aconteceria em dois dias, do que estava abdicando. Era um preço alto demais e estava realmente cansado de fingir não sentir nada, de fingir que não estava sentindo falta de Naruto naquele momento, por mais que ele já estivesse ali.

Queria se desculpar, admitir a derrota e entregar tudo nas mãos daquele homem. Sasuke sabia que não ia fazer isso, mas seu desejo era esse. Em raros momentos, essa parte de seu "eu" aparecia, e ele deixava esse outro Sasuke respirar para não enlouquecer de vez. Então no dia seguinte, podia voltar ao normal e ser sensato novamente. Poderia voltar a ignorar Naruto e a não se deixar levar por ele.

Mas, neste momento, se permitiu ignorar tudo que tinha acontecido até então e receber tudo que Naruto lhe oferecia — seus abraços, seus toques tranquilizadores, sua presença sólida, e Sasuke não sabia dizer mais como sobreviveria sem isso no futuro.

"Seu cheiro está errado.", soprou o homem em sua garganta. Uma das mãos de Naruto escovava parte de suas costas devagar.

"Eu não sei nem como responder isso.", Sasuke disse enquanto enfiava o nariz nos cabelos dele discretamente e sentia o corpo relaxar com o cheiro rico que entrou e se concentrou em seus pulmões.

Naruto riu baixinho com a voz rouca. "Você devia estar cheirando mato.", explicou. Sasuke se afastou para encará-lo com as sobrancelhas levantadas em incredulidade, e isso o fez rir tristemente antes de voltar para o lugar. "Quando éramos um time e tinha alguma missão, você sempre acordava antes de mim e saia para procurar frutinhas. Quando você voltava e ia me acordar, sempre estava cheirando mato. Bem, não mato, orvalho. Sabe, quando é bem cedo e aí saímos de casa e tudo está cheirando grama com água? Meio como..."

Faded Winter SunOnde histórias criam vida. Descubra agora